Português
Inglês
Francês
Espanhol
Alemão
Italiano
Neerlandês
Chinês
Tétum
Grego
PESQUISAR
Língua Portuguesa
Crónica Geral de Espanha de 1344
Redigida em 1344 por D. Pedro, conde de Barcelos, autor do Livro de Linhagens, e refundida em cerca de 1400, dela conserva-se hoje apenas o manuscrito português da segunda versão e as traduções castelhanas de ambas as versões. Na primeira redação, a Crónica abria com o esquema genealógico da história universal através de um sumário das cinco idades do Mundo; seguiram-se os textos da Crónica do Mouro Rasis, a relação dos reis ibéricos até Afonso XI, a história genealógica dos reis das Astúrias e, finalmente, a narração da história de Espanha a partir do reinado de Ramiro I e possivelmente até à batalha do Salado, no reinado de Afonso XI. Refundindo, em larga medida, a Crónica Geral de Espanha de Alfonso X, a Crónica Geral de Espanha de 1344 apresenta, contudo, alterações significativas "ao transcrever uma fonte totalmente desconhecida das crónicas castelhanas anteriores: a Crónica do Mouro Rasis, ao utilizar versões novas de certos poemas (p. ex. dos Poemas de Fernão Gonçalves e dos Infantes de Lara), ao ampliar, com base em fontes hoje desconhecidas, o relato de alguns reinados (p. ex. o reinado de Afonso VIII de Castela) e ao prolongar a narração, para além do reinado de Fernando III, com que a obra de Afonso XI findava (cf. Cintra, L. F. L. - "Crónica Geral de Espanha de 1344", in Dicionário das Literaturas Portuguesa, Galega e Brasileira, 1966). Estas alterações, se não deixam de entroncar a nação portuguesa numa herança coletiva peninsular, por outro lado, atenuam o primado castelhano na história hispânica do registo alfonsino, exaltando, por consequência, o papel das dinastias portuguesas.
Como referenciar:
Crónica Geral de Espanha de 1344 in Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2021. [consult. 2021-03-03 21:28:15]. Disponível na Internet: