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Língua Portuguesa
Damião de Góis
Apesar de ter recusado o lugar de tesoureiro da Casa da Índia que o rei D. João III lhe ofereceu, viu-se obrigado, em 1545, perante as insistências do rei, a regressar a Portugal e ocupar o cargo de guarda-mor da Torre do Tombo em 1548. Foi então incumbido, em 1558, de escrever a Crónica do Felicíssimo Rei D. Manuel, que faltava no conjunto dedicado aos reis de Portugal. Anos antes tinha escrito a Crónica do Príncipe D. João.
As críticas que teceu na sua historiografia erudita e ensaística a questões como a expulsão dos judeus, a matança dos cristãos-novos e a expansão portuguesa e as referências desfavoráveis que fez a tantos protagonistas do drama, que foi o reinado do Príncipe Perfeito, acabaram por ferir suscetibilidades e instaurar-lhe um processo inquisitorial pelo Santo Ofício. Acabou por morrer em circunstâncias indefinidas. Além das crónicas já referidas, Damião de Góis escreveu ainda várias obras em latim, compiladas no volume Opuscula, impressos em Lovaina e reimpressos em Coimbra, em 1791, na Coleção das obras de autores clássicos portugueses que escreveram em latim, sobre temas históricos e geográficos, incluindo descrições da vida dos povos da Lapónia ou da Abissínia, por exemplo. Foi ainda músico e tradutor.
Colecionador de espécies greco-romanas, musicólogo, diplomata e historiógrafo, Damião de Góis é uma das figuras mais proeminentes do Humanismo português pelo contacto que proporcionou entre Portugal e os grandes nomes da época.