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Língua Portuguesa
Fernanda Baptista
Em criança, costumava cantar à janela de sua casa, na Travessa do Oleiro (junto à Calçada do Combro, em Lisboa) e o seu vizinho, o ator Vasco Santana, metia-se com ela dizendo: «Lá está o papagaio».
Fernanda Batista estreou-se cedo. Logo aos oito anos apresentou-se em público numa récita promovida pela Associação dos Jornalistas e Homens de Letras. Seguiu o ofício de modista, mas nunca deixou de cantar. Aos 25 anos foi distinguida com o segundo prémio de um concurso promovido pela revista Guitarra Portuguesa, o que foi decisivo para a sua profissionalização artística. Começou por fazer parte do elenco de Os Marialvas e, mais tarde, estabeleceu-se no Café Luso.
A estreia no teatro aconteceu no ano seguinte, em 1945 - Fernanda Batista foi selecionada para Satanela na revista Banhos de Sol, no Teatro Maria Vitória. Foi um sucesso estrondoso. E o início de um percurso repleto de êxitos. Foram muitas as peças em que participou. Entre outras, Ena, Já Fala!, O Bairro Alto, As Duas Casas, Tico-Tico ou o filme Sol e Toiros de José Buchs (1949), ao lado de Amália Rodrigues. Já na década de 2000, integrou o elenco de Minha querida Senhora, de Filipe la Féria.
Através do teatro popularizaram-se as suas canções. Um repertório vasto e rico que fez alguns clássicos, como "Tudo isto é fado", "Fado da Carta", "Fado Toureiro", "Fui ao Baile", "Fado das Sombras", "Saudades de Júlia Mendes", "Fado Chinês" ou "O Fado está-lhe nas Veias". Os seus sucessos foram gravados em dezenas de discos. Em 2005, a Movieplay lançou a coletânea A Maior Voz do Teatro de Revista, um CD duplo, com 30 êxitos, selecionados por Ema Pedrosa.
Fernanda Batista foi uma verdadeira artista nacional, tendo percorrido o país em espetáculos. E viajou pelo estrangeiro, onde atuou sobretudo junto de comunidades de emigrantes, com destaque para os Estados Unidos, Argentina e Brasil. Chegou mesmo a residir um ano em São Paulo, atuando regularmente na Adega Lisboa Antiga. Foi distinguida com inúmeros prémios e condecorações, quer em Portugal quer no estrangeiro. O primeiro foi logo em 1946, atribuído pelo SNI, pelo seu desempenho na peça Trapeiras de Lisboa. Já na década de 2000 foi agraciada com a Caravela da Cidade, entregue pela Câmara Municipal de Lisboa, e o Grau de Comendadora da Ordem de Mérito pela Presidência da República.