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Língua Portuguesa
Hipócrates
Hipócrates procurou basear a Medicina na experiência clínica, introduzindo um tipo de racionalidade lógica e rompendo, deste modo, com a prática da medicina da sua época que se apoiava na magia e na religião. Uma das suas mais célebres contribuições foi a teoria dos humores. Para os antigos gregos existiam quatro tipos fundamentais de fluidos: sangue, linfa, bílis negra e bílis amarela.
Segundo Hipócrates, cada humor estaria intimamente relacionado com um órgão e com o fluido que esse mesmo órgão produzia, e a personalidade de um indivíduo resultaria do tipo de fluído que predominasse no seu organismo.
Teríamos, deste modo, a seguinte classificação: sangue -- coração, personalidade do tipo sanguíneo; linfa -- cérebro, personalidade do tipo linfático; bílis amarela -- fígado, personalidade do tipo bilioso; bílis negra -- baço, personalidade do tipo melancólico.
Ainda que incompleta, esta teoria de classificação das personalidades perdurou durante vários séculos e chegou até nós, popularizando-se através do senso comum, levando muitas pessoas a afirmar, ainda hoje, que determinados indivíduos têm um tipo de personalidade muito sanguíneo ou melancólico. No entanto, importa salientar que Hipócrates rompeu com a visão sobrenatural da época, atribuindo uma génese orgânica a aspetos psíquicos dos indivíduos e inter-relacionando uma causa biológica com um tipo de personalidade. A sua importância na medicina é comparada à importância que Sócrates teve para a filosofia e o facto de ter consagrado uma parte importante do seu trabalho às doenças psíquicas levou diversos autores contemporâneos a considerarem que Hipócrates teve um papel fulcral no aparecimento e desenvolvimento da psicologia.
Atribui-se ainda a Hipócrates a autoria do famoso juramento que os médicos fazem aquando da sua cerimónia de formatura e no qual se comprometem, entre outros aspetos, a defender a prática médica e a exercer a sua arte com dedicação, ética e honestidade.