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Igreja Matriz de Vila Viçosa
Caracteriza-se esta igreja por uma arquitetura onde coabitam, por um lado, a severidade do Estilo Chão e, por outro, a túrgida arte barroca.
A fachada é modesta, repartindo-se em três setores por pilastras de mármore e sendo rematada por frontão com janela e coroada por cruz de pedra. A entrada é realizada por três austeros portais (maior o central), sobrepujados por frontões triangulares. No andar superior, grandes janelas molduradas permitem a boa iluminação do interior. A fachada possui ainda uma torre sineira com coruchéu, de secção quadrangular e encimada por pináculo.
O interior do templo, de três naves com seis tramos, é amplo e pleno de silêncio, animado na grande beleza de formas dos seus arcos de volta perfeita, assentes em colunas toscanas de mármore, conjugados com o fundo cromático dos azulejos que forram as paredes e as enjuntas das arcarias. Abóbadas de berço fazem a cobertura das naves, apresentado a central as armas de D. José, pintadas ao gosto rococó e mandadas fazer pelo marquês de Pombal para substituir as da Ordem de Avis, a cujo mestrado pertencia a igreja antes de ter passado para posse da Coroa.
Grande motivo de interesse é-nos dado pela magnífica azulejaria policroma (azul, amarela e branca) de tipo tapete, do século XVII, que ornamenta a nave e algumas capelas, pelo painel historiado do Batismo de Cristo no Jordão e os do século XVIII da Capela do Santo Crucifixo, da autoria de Oliveira Bernardes. Merecedores de atenção são os móveis do coro alto, provenientes das confrarias, alguns de grande qualidade; o varandim do coro alto em mármore e composto de arcaria de volta plena com o central rebaixado; o púlpito do século XVII em balaustrada com cálice circular e a excelente marcenaria barroca da grade em madeira exótica; os mármores do pavimento axadrezado; os retábulos em talha dourada das capelas; os retábulos em mármore - com especial destaque para o da Capela de N. S. do Carmo, onde se harmonizam mármores de cores variadas -, as imagens da Imaculada Conceição e uma escultura barroca em madeira estofada representando S. Pedro.
Um bom testemunho da arte maneirista, criado pelo padre Manuel Pereira, é o retábulo da capela-mor, contendo várias tábuas quinhentistas oriundas do Convento das Chagas e representando a Ressurreição de Cristo e a Aparição de Cristo a Sua Mãe, para além doutras pinturas. O nicho superior destina-se à exposição do Santíssimo Sacramento e o inferior alberga a escultura gótica - um pouco alterada devido a vários restauros - de N. S. da Conceição, coroada, e que, segundo a lenda, terá sido mandada vir de Inglaterra pelo condestável D. Nuno Álvares Pereira. Nossa Senhora da Conceição seria proclamada em 1646, pelo rei D. João IV, como padroeira de Portugal. A partir desta data, as rainhas portuguesas nunca mais usaram a coroa a que tinham direito.