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Língua Portuguesa
lúpus
Devido a alterações desencadeadas no sistema imunológico, o sujeito desenvolve anticorpos contra as suas próprias células, como se estas fossem corpos estranhos, podendo ser afetados vários órgãos, como a pele, pulmões, rins, articulações e outras estruturas internas.
Atualmente, não existe cura para a doença, mas, no entanto, a sua evolução pode não requerer tratamento contínuo durante toda a vida. O quadro e a gravidade desta enfermidade variam enormemente, desde casos simples, que necessitam de tratamento mínimo, a outros com complicações severas, afetando seriamente órgãos vitais, em resultado de o indivíduo desenvolver uma reação de tipo alérgico em relação a si próprio.
O lúpus pode surgir em qualquer pessoa, afetando, no entanto, sobretudo mulheres em idade reprodutiva. Pensa-se que a génese da sua etiologia poderá encontrar-se em fatores ambientais e genéticos.
A descrição desta doença foi realizada, pela primeira vez, em 1851, pelo médico francês Pierre Lazenave, que comparou as feridas que surgiam na pele com pequenas mordidelas de lobo (Canis lupus), resultando daqui o nome de lúpus.
Segundo o American College of Rheumatology, um paciente apresenta lúpus se estiverem presentes quatro critérios, de entre uma lista dividida em critérios de pele, sistémicos e laboratoriais. Dentro dos critérios de pele, incluem-se as manchas de tipo "asa de borboleta" (vermelhidão com um formato típico na face e no nariz), lesões na epiderme em áreas expostas ao sol (sensibilidade aos ultravioleta) e úlceras orais. Como critérios sistémicos, temos artrite, serosite (inflamação da pleura e do pulmão), alterações renais (presença de proteínas e sedimentos na urina) e alterações neurológicas.
No grupo dos critérios laboratoriais, podem surgir anormalidades hematológicas diversas (leucopenia e anemia, por exemplo), imunológicos (reação de anticorpos SM positiva, entre outros) e fator antinúcleo também positivo.
Em termos médicos, consideram-se três tipos principais de lúpus: lúpus vulgar, lúpus eritematoso agudo diseminado e lúpus eritematoso discoide.
O lupús vulgar, ou tuberculose cutânea, caracteriza-se pelo surgimento de lupomas - lesões típicas na pele, principalmente no rosto, que se agrupam em placas.
A variante eritematosa aguda disseminada, forma grave, caracteriza-se por lesões no tecido conjuntivo, afetando órgãos, mucosas e a pele (placas vermelhas), acompanhadas de problemas articulares, como poliartrite reumatoide.
O lúpus eritematoso discoide é uma forma apenas cutânea, crónica, do tipo anterior, surgindo placas papuloeritematosas nas zonas da pele expostas ao sol.