Atriz norte-americana, e um dos grandes símbolos sexuais do cinema, nascida a 1 de junho de 1926, em
Los Angeles, na
Califórnia, e falecida a 5 de agosto de 1962, também na
Califórnia. De seu nome verdadeiro Norma Jean Mortensen, viveu uma infância atribulada, com o pai a abandonar o lar e a mãe a sofrer problemas mentais. Educada num orfanato, casou-se aos 16 anos com um homem que lhe infligia maus tratos. Torna-se operária fabril e mais tarde modelo de
pin-ups. Em 1946, é contratada pela 20th Century Fox como figurante, participando nessa condição em filmes como
The Shocking Miss Pilgrim (1947),
The Asphalt Jungle (
Quando a Cidade Dorme, 1950),
All About Eve (
Eva, 1950) e
Monkey Business (
A Culpa Foi do Macaco, 1952). Foi Howard Hawks quem reparou no seu potencial, colocando-a como protagonista ao lado de
Jane Russell na comédia
Gentlemen Prefer Blondes (
Os Homens Preferem as Louras, 1953). O filme é um sucesso retumbante, elevando Monroe à categoria de «diva loura» e de símbolo sexual. Depois de filmar o
western River of No Return (
Rio Sem Regresso, 1954), teve um casamento mediático com a estrela do basebol Joe Di Maggio, ligação que durou 18 meses. Filmou pela primeira vez sob a orientação de
Billy Wilder em
The Seven Year Itch (
O Pecado Mora ao Lado, 1956), um grande êxito a nível internacional. Apostada em consagrar-se como atriz dramática, decide matricular-se no Actors Studio, tornando-se colega de
Montgomery Clift, de quem se torna grande amiga. Em Nova Iorque, conhecerá o dramaturgo
Arthur Miller com quem se casará em finais de 1956. Com o seu contrato reforçado, protagoniza a comédia
Bus Stop (
Paragem de Autocarro, 1956) e
The Prince and the Showgirl (
O Príncipe e a Corista, 1957), mas o último falharia nas bilheteiras. Quase simultaneamente, a sua vida pessoal torna-se muito instável: o seu casamento com Miller estava a passar por uma crise, obrigando a atriz a refugiar-se no álcool e nas drogas. Será Billy Wilder quem a convencerá a interpretar aquele que seria o papel mais célebre da sua carreira: o de Sugar Kane, uma intérprete musical que sonha em casar com um milionário na comédia
Some Like It Hot (
Quanto Mais Quente Melhor, 1959). Em seguida, contracenou com
Yves Montand em
Let's Make Love (
Vamo-nos Amar, 1960). Vítima de sucessivas depressões nervosas, a fragilidade da atriz começou a causar-lhe numerosos dissabores profissionais: durante as rodagens de
The Misfits (
Os Inadaptados, 1961), foram constantes as suas discussões com o realizador
John Huston e
Clark Gable, para além de numerosos atrasos. Paralelamente, circulavam boatos das suas ligações afetivas clandestinas com o presidente John Kennedy e com
Robert Kennedy. No dia 5 de agosto de 1962, um mês depois de ter sido despedida por
George Cukor das filmagens de
Something's Got to Give (1962), a atriz foi encontrada inanimada na cama do seu apartamento. A autópsia revelou suicídio por ingestão de barbitúricos, mas a hipótese de crime ainda hoje é ventilada.