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Língua Portuguesa
partido político
Os partidos políticos são instituições recentes, resultado da conjunção do aparecimento do sufrágio universal, do acesso à independência dos Estados-Nações, da intervenção na vida quotidiana do Estado, e, sobretudo, do interesse das massas pelo poder.
Na sua obra De la démocratie en Amérique (1835), Alexis de Tocqueville consagra um capítulo aos partidos políticos americanos. Os partidos políticos, a que Tocqueville se refere como "mal inerente aos governos livres", são fações sem carácter durável. É na Grã-Bretanha que os clubes parlamentares se transformaram, nos anos 30 do século XIX, em grandes partidos, à medida que se alarga o direito de voto, com as reformas eleitorais de 1832, 1867 e 1884.
Nos países desenvolvidos, os partidos políticos dependem da generalização do sufrágio universal. Nos países em desenvolvimento, o papel do Estado, a influência de alguns líderes, e sobretudo os fatores étnicos, são mais relevantes que o parlamentarismo e as eleições para a criação e o desenvolvimento dos partidos políticos.
Segundo uma tipologia clássica, nos países industrializados, os partidos políticos podem ser divididos em partidos de quadros e partidos de massas (Duverger, Les partis politiques,1958). Os partidos de quadros ou de notáveis foram criados no início do século XIX, a partir de redes de pessoas influentes; os partidos de massas ou de militantes foram criados no fim do século XIX, com o intuito de atuar através dos militantes sobre os processos não eleitorais e sobre as estruturas extraparlamentares.
Outras tipologias referem-se aos partidos de eleitores e aos partidos de contestação (Marcelo Rebelo de Sousa, "Partidos políticos", in Polis, vol. IV, 1986). Os partidos de eleitores foram criados nos anos 60 do século XX, baseados numa clientela eleitoral diversificada com vista a alcançar a maioria eleitoral; os partidos de contestação, aparecidos nos anos 70, são virados para novas questões políticas e/ou sociais, como a ecologia.