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Língua Portuguesa
self (psicologia)
Este termo foi utilizado inicialmente por vários psicanalistas ingleses, entre eles Donald Winnicott, para designar a pessoa enquanto lugar de atividade psíquica, ou seja, o self seria o produto de processos dinâmicos que asseguram a unidade e a totalidade do sujeito.
Para alguns psicanalistas norte-americanos o self ou o "si" é assimilado ao objeto do investimento narcísico, assim, a representação do self seria uma construção do ego. Isto porque self e ego não são a mesma coisa, sendo o ego uma das três instâncias do aparelho mental, ou seja, uma das substruturas da personalidade. Nesta base, muitos dos analistas preferem referir-se à ideia de "representação de si" em vez de simplesmente falar num "si" autónomo.
Para Hartmann, o termo self foi conceptualizado como a "imagem de si-mesmo" sendo composto de estruturas, entre as quais consta não somente o ego mas também o id, o superego e, inclusive, a imagem do corpo, ou seja, a personalidade total.
Para Winnicott, o self não é o ego, mas sim a pessoa que é "eu", que possui uma totalidade baseada no funcionamento do processo de maturação. Ao mesmo tempo, o self é constituído por várias partes. Estas partes unem-se desde uma direção interior para uma exterior no curso do funcionamento do processo de desenvolvimento e maturação, ajudado pelo meio ambiente que apoia e facilita.
Kohut, que esteve na origem da Escola de Psicanálise do Self, e criou uma psicologia do self, baseou-se no tratamento psicanalítico das personalidades narcísicas e dos estados-limite, para definir o self como um conteúdo do aparelho mental. O self exprime-se como um conjunto de representações investidas num modo narcísico, sob a forma de uma transferência em espelho, no qual o psicanalista é idealizado como um reflexo do self grandioso que caracteriza este tipo de personalidade. O self-grandioso ou o eu-grandioso é uma forma patológica do self, caracterizada por uma imagem grandiosa e exibicionista de si, própria dos narcisistas.
O bebé nasce com um self que é um fenómeno biológico, não psicológico. O ego, em contrapartida, é uma organização mental que se desenvolve à medida que a criança cresce. A consciência do self nasce quando o ego passa a estar definido através da autoconsciência, da auto-expressão e do autocontrolo. Mas estes termos referem-se à sensibilidade, à consciência, lugar de expressão e domínio das sensações. O self, portanto, pode ser definido como um aspeto sensível do corpo. Na realidade, o ego representa a autoconsciência ou consciência do self.
A identidade dual do sujeito assenta na capacidade para formar uma imagem do self na sua perceção consciente do self corporal. Numa pessoa saudável, as duas identidades são congruentes. A imagem ajusta-se à realidade do corpo, mas quando existe falta de congruência entre a imagem do self e o self, ocorre então um distúrbio de personalidade.