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Língua Portuguesa
Última Ceia
Carregada de um forte sentido simbólico, é constantemente recriada no sacramento da Eucaristia e pretende reproduzir o sacrifício físico de Cristo (o pão e o vinho são o Seu corpo e sangue) que permitiu que a Humanidade acedesse à salvação e redimisse os seus pecados. Foi celebrada no Cenáculo, em Jerusalém (local onde os discípulos se voltariam a reunir após a Ascensão), e a Eucaristia foi nela instituída. S. Marcos e S. Lucas descrevem o lugar onde decorreu como confortável, uma grande sala no primeiro andar de uma casa, com almofadas, cochins e divãs, o que inspirou os artistas a representarem o Cenáculo como um sítio elegante e luxuoso.
Durante a Última Ceia também ocorreu o episódio do lava-pés, em que Jesus, à semelhança de um servo e para demonstrar que não se encontrava acima dos outros homens, lavou os pés aos apóstolos. Foi nesta refeição ritual que Cristo declarou que sabia que um dos presentes o iria trair, assim como predisse a tripla negação de São Pedro, e fez o Seu discurso de despedida. O ritual da Ceia, caso tenha sido realizada a 14 de Nissan, ter-se-á desenrolado conforme o costume pascal judaico, e no início da mesma deram-se os preparativos, os logia escatológicos (sentenças ou passagens das Escrituras) ditos por Cristo e a prédica que advertia os homens dos perigos de desejar honrarias.
O cordeiro, animal que desde tempos recuados era usado em sacrifícios (veja-se o sacrifício de Isaac, por exemplo) e que o costume pascal ditava ser morto de véspera e comido no dia de Páscoa, passou a simbolizar a pessoa de Cristo, que se sacrificou a Si próprio, em carne e sangue, para alimentar (espiritualmente) a Humanidade.
Há, essencialmente, a partir da exegese dos Evangelhos, três temas fulcrais na Última Ceia: um primeiro, mais dinâmico e dramático, centrado no anúncio da traição e reações dos apóstolos; um segundo, místico e solene, baseado na instituição do sacramento da Eucaristia (pão e vinho, corpo e sangue de Jesus Cristo); um terceiro momento, dir-se-ia, do adeus aos apóstolos, então, devido à traição de Judas Iscariotes, num tema todo ele carregado de melancolia.