Respeitamos a sua privacidade
Este site utiliza cookies (próprios e de terceiros) com o objetivo de melhorar a experiência de utilização durante a sua visita. Conseguimos, deste modo, melhorar o nosso site apresentando-lhe conteúdos e anúncios relevantes, permitindo a integração de funcionalidades de redes sociais e promovendo a análise de trafego no site. Tendo em consideração as suas preferências na utilização de cookies, poderemos partilhar informações com os nossos parceiros de redes sociais, de análise publicitária e de navegação. Ao selecionar o botão “Aceitar” está a consentir a utilização de todos os cookies. Para mais esclarecimentos sobre o tratamento dos seus dados pessoais, consulte a nossa Política de Cookies. Através da opção configuração de cookies poderá definir as suas preferências, bem como obter mais informações sobre os cookies utilizados.
Língua Portuguesa
Vila-Francada
O regime instaurado em Portugal após a Revolução de 1820, liderada pelos coronéis Sepúlveda e Cabreira, não ia ao encontro da vontade política dos mais conservadores - como a rainha D. Carlota Joaquina, que teve um papel fundamental na preparação deste golpe - que reclamavam pelo Absolutismo.
Alguns dos fatores que facilitaram esta viragem prendem-se, em primeiro lugar, com o facto de esta ação ocorrer em simultâneo com os acontecimentos que tinham lugar em Espanha, cuja tentativa da implantação do liberalismo fracassava já pela segunda vez (1823). Em segundo lugar foi também fundamental o sentimento de desilusão decorrente da perda do Brasil, que se tornara independente (1822) graças, em boa parte, ao incentivo dos liberais. As classes sociais que se viram implicadas no processo e experiência liberais variavam as suas opiniões, com maior destaque para a nobreza e burguesia, mas o panorama geral era o de uma vontade de regresso ao regime anterior porém ao mesmo tempo salvaguardando as conquistas que a burguesia alcançara.
Os acontecimentos, cujo desfecho seria o golpe de Estado, começaram no Norte, em fevereiro, através do incitamento do conde de Amarante a favor eliminação das forças liberais. O Governo liberal aceitou o desafio enviando um exército para pôr fim à revolta. As tropas do conde de Amarante foram vencidas e retiraram-se para Espanha, procurando apoio nas forças do exército francês que a invadia com o propósito de destronar o Governo liberal. Aproveitando a situação espanhola favorável às pretensões absolutistas, dá-se início à Vila-Francada a 27 de maio, com o envio de tropas para Vila Franca, às quais se reúne D. Miguel. Foi enviado um corpo militar de Lisboa, cujo general, nomeado para o seu comando, compactuou com o infante. Reuniram-se as Cortes extraordinárias na tentativa de resolução da situação.
As Cortes cedem à pressão dos revolucionários e o rei declarou ser necessário modificar a Constituição. Nomeou D. Miguel comandante-chefe do Exército e constituiu um novo Ministério. As Cortes liberais foram dissolvidas no dia 3 de junho.