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Forte de S. João Baptista
Protegendo a barra do rio Douro, na confluência deste com o imenso caudal do Atlântico, impõe-se o Forte de S. João Batista, uma das fortalezas que defendiam a cidade do Porto de eventuais ataques marítimos, para além de procurar impedir o desembarque de tropas hostis nos areais da Foz.
Na margem direita da Foz, na cidade do Porto, local onde se ergue esta robusta edificação militar quinhentista, existiu um primitivo convento fundado no reinado de D. Afonso II pelos monges beneditinos, provenientes do mosteiro de Santo Tirso.
No entanto, D. Catarina, mulher de D. João III e mãe de D. Sebastião, ordenou em 1560 a edificação do Forte de S. João Batista - também conhecido por Forte de S. João da Foz. As obras prosseguiram durante o período da União Dinástica de Espanha com Portugal, sendo aumentadas as suas proporções no reinado de D. João IV, concluindo-se as obras somente na 2.ª metade do século XVII. O arrastar das obras prendeu-se com os seus elevados encargos, com as pesadas contribuições sobrecarregando os portuenses e ainda com a demolição do medieval convento beneditino. Além disso, os governadores militares de S. João Batista cobravam ainda um importante tributo a todos os navios nacionais e estrangeiros que cruzassem a barra do Douro, aumentando a contestação à gestão financeira desta fortaleza.
No seu perímetro defensivo aquartelava-se uma pequena guarnição militar. No entanto, em 1808, S. João da Foz era defendida por um regimento inteiro. No levantamento que se seguiu contra as tropas francesas, e que culminaram com a expulsão destas, o valente sargento-mor Raimundo Pinheiro hasteou a bandeira nacional na fortaleza portuense, como sinal da revolta.
Apesar da demolição do cenóbio beneditino, a praça de armas do Forte de S. João Batista conserva a capela-mor da antiga igreja conventual, transformada em capela da fortaleza. A sua cobertura é visível acima da linha de muralhas, impondo-se a cúpula hexagonal com revestimento cerâmico, repousando num saliente beiral misulado.
Um jardim exterior envolve o perímetro da muralha. A primeira defesa é constituída por saliente e anguloso revelim de alvenaria, rasgado na parte superior por aberturas de fogo rasante. O bastião amuralhado eleva-se numa segunda cortina aparelhada e é protegido por canhoneiras rasgadas nos parapeitos. O sistema defensivo é fortalecido por reforçados baluartes, apresentando curiosa configuração o esporão avançado no lado norte, que se prolonga por terra firme e não já na direção do rio, devido a uma retificação dessa margem e que levou a um afastamento da fortaleza da linha de água.
No interior, as galerias e casamatas subterrâneas serviram, alternadamente, como paióis ou presídio.
Na margem direita da Foz, na cidade do Porto, local onde se ergue esta robusta edificação militar quinhentista, existiu um primitivo convento fundado no reinado de D. Afonso II pelos monges beneditinos, provenientes do mosteiro de Santo Tirso.
No entanto, D. Catarina, mulher de D. João III e mãe de D. Sebastião, ordenou em 1560 a edificação do Forte de S. João Batista - também conhecido por Forte de S. João da Foz. As obras prosseguiram durante o período da União Dinástica de Espanha com Portugal, sendo aumentadas as suas proporções no reinado de D. João IV, concluindo-se as obras somente na 2.ª metade do século XVII. O arrastar das obras prendeu-se com os seus elevados encargos, com as pesadas contribuições sobrecarregando os portuenses e ainda com a demolição do medieval convento beneditino. Além disso, os governadores militares de S. João Batista cobravam ainda um importante tributo a todos os navios nacionais e estrangeiros que cruzassem a barra do Douro, aumentando a contestação à gestão financeira desta fortaleza.
Apesar da demolição do cenóbio beneditino, a praça de armas do Forte de S. João Batista conserva a capela-mor da antiga igreja conventual, transformada em capela da fortaleza. A sua cobertura é visível acima da linha de muralhas, impondo-se a cúpula hexagonal com revestimento cerâmico, repousando num saliente beiral misulado.
Um jardim exterior envolve o perímetro da muralha. A primeira defesa é constituída por saliente e anguloso revelim de alvenaria, rasgado na parte superior por aberturas de fogo rasante. O bastião amuralhado eleva-se numa segunda cortina aparelhada e é protegido por canhoneiras rasgadas nos parapeitos. O sistema defensivo é fortalecido por reforçados baluartes, apresentando curiosa configuração o esporão avançado no lado norte, que se prolonga por terra firme e não já na direção do rio, devido a uma retificação dessa margem e que levou a um afastamento da fortaleza da linha de água.
No interior, as galerias e casamatas subterrâneas serviram, alternadamente, como paióis ou presídio.
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Como referenciar
Porto Editora – Forte de S. João Baptista na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-01-31 09:26:52]. Disponível em
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