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Frei Luís de Sousa (obra)
Drama, da autoria de Almeida Garrett, escrito em 1843 e publicado em 1844, é considerado a obra-prima do teatro romântico e uma das obras-primas da literatura portuguesa. Estreou publicamente em 1847, no Teatro do Salitre, mas num formato censurado - a versão integral só seria levada à cena no Teatro Nacional, posteriormente Teatro Nacional de D. Maria II, em 1850.
O enredo, inspirado na vida do escritor seiscentista Frei Luís de Sousa, de seu nome secular D. Manuel de Sousa Coutinho, tem como pano de fundo a resistência à dominação filipina.
Sete anos depois de o seu marido, D. João de Portugal, ter sido dado como morto na batalha de Alcácer Quibir, D. Madalena de Vilhena desposa D. Manuel de Sousa Coutinho, de quem tem uma filha, Maria, com quem forma um lar virtuoso e feliz. A sua existência só é perturbada pelos tristes pressentimentos da frágil e sensível Maria e de Telmo, o velho aio, que continua à espera do regresso de D. João.
Este aparece, disfarçado de romeiro, e dá a conhecer a sua verdadeira identidade. O desfecho é trágico: Maria morre na igreja, no preciso momento em que os seus pais professam. O crescendo dramático que envolve a ação culmina, assim, numa catástrofe, que é, todavia, de índole essencialmente psicológica e ideológica, conduzida com extrema sobriedade.
Na célebre memória "Ao Conservatório Real" que acompanha a peça, Garrett define o drama como "a mais verdadeira expressão literária e artística da civilização do século", sobre a qual exerce, ao mesmo tempo, uma "poderosa influência". Ressalvando que a "índole" da sua composição pertence ainda ao "género clássico", critica o modo como na sua época se pretende fazer o drama, com um excesso de violência e de imoralidade, e alega ter desejado "excitar fortemente o terror e a piedade", usando de contenção e simplicidade.
O enredo, inspirado na vida do escritor seiscentista Frei Luís de Sousa, de seu nome secular D. Manuel de Sousa Coutinho, tem como pano de fundo a resistência à dominação filipina.
Sete anos depois de o seu marido, D. João de Portugal, ter sido dado como morto na batalha de Alcácer Quibir, D. Madalena de Vilhena desposa D. Manuel de Sousa Coutinho, de quem tem uma filha, Maria, com quem forma um lar virtuoso e feliz. A sua existência só é perturbada pelos tristes pressentimentos da frágil e sensível Maria e de Telmo, o velho aio, que continua à espera do regresso de D. João.
Este aparece, disfarçado de romeiro, e dá a conhecer a sua verdadeira identidade. O desfecho é trágico: Maria morre na igreja, no preciso momento em que os seus pais professam. O crescendo dramático que envolve a ação culmina, assim, numa catástrofe, que é, todavia, de índole essencialmente psicológica e ideológica, conduzida com extrema sobriedade.
Na célebre memória "Ao Conservatório Real" que acompanha a peça, Garrett define o drama como "a mais verdadeira expressão literária e artística da civilização do século", sobre a qual exerce, ao mesmo tempo, uma "poderosa influência". Ressalvando que a "índole" da sua composição pertence ainda ao "género clássico", critica o modo como na sua época se pretende fazer o drama, com um excesso de violência e de imoralidade, e alega ter desejado "excitar fortemente o terror e a piedade", usando de contenção e simplicidade.
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Como referenciar
Porto Editora – Frei Luís de Sousa (obra) na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-09-29 18:58:40]. Disponível em
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