Respeitamos a sua privacidade
Este site utiliza cookies (próprios e de terceiros) com o objetivo de melhorar a experiência de utilização durante a sua visita. Conseguimos, deste modo, melhorar o nosso site apresentando-lhe conteúdos e anúncios relevantes, permitindo a integração de funcionalidades de redes sociais e promovendo a análise de trafego no site. Tendo em consideração as suas preferências na utilização de cookies, poderemos partilhar informações com os nossos parceiros de redes sociais, de análise publicitária e de navegação. Ao selecionar o botão “Aceitar” está a consentir a utilização de todos os cookies. Para mais esclarecimentos sobre o tratamento dos seus dados pessoais, consulte a nossa Política de Cookies. Através da opção configuração de cookies poderá definir as suas preferências, bem como obter mais informações sobre os cookies utilizados.
Língua Portuguesa
Logos
Na tradição indiana, a deusa Cali, na sua manifestação em Vac, ou seja, "voz", proferiu o som mântrico Om para fazer surgir o Universo, tendo ainda inventado o alfabeto cujas letras eram chamadas de "mães". O dom da palavra primordial criativa como um atributo das deusas pode ter sido associado à ideia da primazia da mãe na transmissão das palavras aos filhos. Esta crença comum do poder criativo da palavra divina era uma forma de conceber vida que podia tornar-se uma característica das divindades masculinas, nomeadamente quando as sociedades patriarcais transmitiram às religiões a sua visão homocêntrica do Mundo. Assim, na mitologia da Antiguidade Clássica e nas religiões do Livro, tanto as divindades pagãs como Adão "davam à luz" mulheres, ideia que não podendo ser biologicamente realizável era traduzível em termos da palavra criativa. Tanto os deuses como as suas manifestações terrenas eram, desde o seu nascimento, possuidores do dom do poder criativo e destrutivo através das palavras. Esta crença inspirou também o pensamento cristão, já que o apóstolo Tiago narra o episódio da infância de Jesus, em que Este, tendo o poder do Logos que lhe permitia tornar ideias em realidade, quando foi ridicularizado pelos seus colegas castigou-os com uma maldição pela simples menção dos seus nomes.