Mário de Carvalho
Escritor e advogado português, Mário Costa Martins de Carvalho nasceu na cidade de Lisboa, em setembro de 1944. Enquanto estudante universitário acompanhou de perto a movimentação académica de 1962, participando de forma ativa em vários movimentos estudantis. Em 1969, concluiu a licenciatura em Direito na Universidade de Lisboa e, durante o serviço militar, foi preso pela polícia política tendo sido sujeito a 11 dias de privação do sono. Em 1973, quando saiu em liberdade condicional, decidiu exilar-se. Viveu temporariamente, de forma clandestina, em Paris e acabou por viajar para a Suécia onde tinha família. Após a revolução de 25 de abril de 1974, regressou a Portugal.
Revelou-se como ficcionista no início da década de oitenta com Contos da Sétima Esfera (1981), a que se seguiram, entre outras obras, Os Casos do Beco da Sardinheiras (1981) e O Livro Grande de Tebas, Navio e Mariana (1982), que recebeu o Prémio Município de Lisboa.
Nos anos seguintes, dedicou-se à advocacia tendo conseguido conciliar este exercício com o da escrita (teatro, cinema e crónica). Ocupando um lugar original nas opções da narrativa contemporânea, a sua ficção combina frequentemente a inspiração histórica com o insólito.
Das suas publicações destacam-se: A Paixão do Conde de Fróis (1986), que recebeu o prémio Dom Dinis nesse mesmo ano, Os Alferes (1989), laureado com o Prémio Internazionalle Città di Cassino (Itália), Quatrocentos Mil Sestércios seguido de O Conde Jano (1991), que recebeu o Grande Prémio do Conto da Associação Portuguesa de Escritores, Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde (1994), galardoado com o Grande Prémio do Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, o prémio Fernando Namora, o prémio Pégaso Internacional de Literatura e o prémio literário italiano Giuseppe Acerbi, em 2007. Antes do final da década escreveu ainda Era Bom que Trocássemos Umas Ideias sobre o Assunto (1995) e Se Perguntarem por Mim, não Estou seguido de Haja Harmonia (1999), obra distinguida com o Grande Prémio APE (Teatro). Quatro anos depois lança Fantasia para Dois Coronéis e uma Piscina (2003), vencedor do Prémio PEN Clube Português de Ficção e do Grande Prémio de Literatura ITF/DST. A obra A Sala Magenta (2008) venceu o prémio Fernando Namora e o prémio Vergílio Ferreira e, mais recentemente, o livro "O eu que ouvi na barrica de maçãs" (2019) foi distinguido com o Grande Prémio de Literatura Crónica e Dispersos Literários, da Associação Portuguesa de Escritores (APE).
Bibliografia:
- Contos da Sétima Esfera (1981)
- Casos do Beco das Sardinheiras (1982)
- O Livro Grande de Tebas, Navio e Mariana (1982)
- A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho (1983)
- Fabulário (1984)
- Contos Soltos (1986)
- E se Tivesse a Bondade de Me Dizer Porquê? (1986)
- O Capitão Passanha (1987)
- Os Alferes (1989)
- Água em Pena de Pato (1991)
- Quatrocentos Mil Sestércios seguido de O Conde Jano (1991)
- Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde (1994)
- Era Bom que Trocássemos Umas Ideias Sobre o Assunto (1995)
- A Paixão do Conde de Fróis (1996)
- Se Perguntarem por Mim, não estou seguido de Haja Harmonia (1999)
- Apuros de um Pessimista em Fuga (1999)
- Contos Vagabundos (2000)
- Fantasia para Dois Coronéis e uma Piscina (2003)
- O Homem que Engoliu a Lua (2003)
- A Sala Magenta (2008)
- A Arte de Morrer Longe (2010)
- Quando o Diabo Reza (2011)
- O Homem do Turbante Verde (2011)
- Não Há Vozes, não Há Prantos (2012)
- O Varandim seguido de Ocaso em Carvangel (2012)
- A Liberdade De Pátio (2013)
- Quem disser o contrário é porque tem razão (2014)
- Novelas Extravagantes (2015)
- Ronda das Mil Belas em Frol (2016)
- Cronovelemas (2017)
- Burgueses somos nós todos ou ainda menos (2018)
- O que Eu Ouvi na Barrica das Maçãs (2019)
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