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A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais
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Datado de dezembro de 1865 e elaborado por Antero de Quental, constitui mais um dos documentos determinantes da Questão Coimbrã, tendo surgido como réplica ao folheto "Bom Senso e Bom Gosto, folhetim a propósito da carta...", de Pinheiro Chagas, que acorreu em defesa de Castilho.

Antero começa por demarcar-se dos que o apoiaram em textos anteriores apenas para a satisfação de ódios pessoais, afirmando não pertencer "a nenhuma escola além da escola do pensamento e da franqueza". Em seguida, proclama novamente a independência artística do poeta, em nome da "liberdade", do "culto da verdade", da "dignidade do pensamento", e repudia uma vez mais "as literaturas oficiais, governamentais, subsidiadas, pensionadas, rendosas, para quem o pensamento é um ínfimo meio e não um fim grande e exclusivo".

Retrato de Antero de Quental, por Columbano Bordalo Pinheiro
Defende, por oposição, a literatura que "se dirige ao coração, à inteligência, à imaginação e até aos sentidos, toma o homem por todos os lados; toca por isso em todos os interesses, todas as ideias, todos os sentimentos; influi no indivíduo como na sociedade, na família como na praça pública; dispõe os espíritos; determina certas correntes de opinião; combate ou abre caminho a certas tendências; e não é muito dizer que é ela quem prepara o berço onde se há de receber esse misterioso filho do tempo - o futuro.
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Como referenciar
Porto Editora – A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-05-22 07:19:26]. Disponível em

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