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A Paixão de Cristo
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Drama norte-americano realizado em 2004 por Mel Gibson. Intitulado originalmente The Passion of the Christ, foi interpretado por James Caviezel, Maia Morgenstern, Monica Bellucci, Hristo Jivkov e Hristo Shopov. Projeto acalentado por Mel Gibson há vários anos, o filme causou enorme controvérsia pela sua violência gráfica e pela acusação que lhe foi feita de antissemitismo, mas tal contribuiu apenas para aguçar a curiosidade dos espectadores e para o tornar um autêntico fenómeno de bilheteira a nível mundial.
O argumento foi escrito por Benedict Fitzgerald e Mel Gibson, baseado em diversas fontes, como os evangelhos do Novo Testamento e os diários de St. Anne Catherine Emmerich, uma freira que tinha visões da vida de Cristo e que escreveu várias profecias.
O filme retrata as últimas 12 horas de vida de Jesus Cristo, personagem interpretada por James Caviezel, na fase que ficou conhecida como a "Paixão" (do latim, sofrimento). O filme inicia-se no monte das Oliveiras onde Jesus é tentado pelo Diabo. Depois de ser traído por Judas, é preso e acusado de blasfémia pelos líderes dos Fariseus. Condenado à morte, é levado até Pôncio Pilatos (Hristo Shopov), o governador da Palestina, que escuta as acusações de que ele é alvo. Pilatos dá o poder de escolha à multidão entre a morte do criminoso Barrabás ou de Jesus. Eles escolhem a morte de Jesus e a libertação de Barrabás. Jesus é então entregue aos soldados romanos que o flagelam intensamente. Depois, recebe uma cruz e é-lhe ordenado que a carregue pelas ruas de Jerusalém até ao monte de Gólgota, onde irá ser crucificado. A tortuosa viagem até ao calvário é acompanhada pela mãe Maria (Maia Morgenstern) e por Maria Madalena (Monica Bellucci), sendo entremeada por alguns breves flashbacks.
A produção do filme iniciou-se em novembro de 2002 em Itália, onde foram encontrados os cenários ideais. Desde logo, o realizador decidiu que o filme iria ser falado em Aramaico (língua morta falada por Jesus na sua época) e Latim, sem permitir a inclusão de legendas. Na estreia, porém, depois de muito criticado, acabou por ceder quanto às legendas.
A Paixão de Cristo corta radicalmente com as imagens anteriores de Cristo no cinema, figurado aqui como um mártir no limite do suportável pelo corpo humano. Algumas sequências apresentadas são particularmente chocantes pela duração e detalhe na dilaceração da carne para obtenção de um efeito realista. Gibson inspirou-se em algumas pinturas famosas para encenar alguns dos momentos do filme, que é uma experiência de elevada intensidade emocional, como "A Crucificação" de Matthias Grunewald. James Caviezel, que obtém uma excelente interpretação num papel de elevadas exigências físicas e psíquicas, chegou mesmo a ficar ferido em algumas cenas.
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Como referenciar
Porto Editora – A Paixão de Cristo na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-29 16:07:01]. Disponível em
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