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A Paixão de Shakespeare
A ação do filme realizada por John Madden, em 1998, desenrola-se em Londres, capital de uma Inglaterra governada energicamente pela rainha Isabel I (Judi Dench). Aqui, o teatro tinha até honras de exibições palacianas e o seu vulto maior era William Shakespeare (Joseph Fiennes), dramaturgo irreverente e mulherengo, que busca a inspiração para escrever a sua obra-prima intitulada provisoriamente Romeu e Ethel, a Filha do Pirata. Shakespeare trabalha para Philip Henslowe (Geoffrey Rush), dono do teatro Rose, que consegue reunir os meios financeiros necessários para a peça graças a uma sociedade que faz com o agiota Hugh Fennyman (Tom Wilkinson). O problema é que Shakespeare tarda em acabar a peça e desespera em encontrar um ator capaz de interpretar um papel feminino (no século XVI, estava totalmente interdita à mulher a carreira de atriz). Conhece então lady Viola de Lesseps (Gwyneth Paltrow), uma aristocrata sonhadora e romântica apaixonada pelo teatro. Viola decide então vestir-se de homem e assumir a identidade de Master Thomas Kent, para poder participar nas audições da peça de Shakespeare. Este descobre a sua verdadeira identidade e declara o seu amor, condicionado pelo facto de Viola estar já prometida a um nobre arruinado (Colin Firth). A paixão proibida que se estabelece entre os dois é transposta para a peça agora renominada Romeu e Julieta. O filme procura fazer um retrato da Londres quinhentista, utilizando para o efeito uma história fictícia de amor entre Shakespeare e uma aristocrata, inserida num contexto de rivalidade entre os dois maiores teatros de Londres da altura: o Rose e o Curtain. A Paixão de Shakespeare vive sobretudo do excelente desempenho dos seus atores, tendo sido galardoado com os seguintes Óscares: Melhor Guarda-roupa, Melhor Banda Sonora para filme dramático, Melhor Direção Artística, Melhor Argumento Original, Melhor Atriz Secundária (uma irrepreensível Judi Dench), Melhor Atriz (Gwyneth Paltrow) e Melhor Filme (suplantando o favorito O Resgate do Soldado Ryan, 1998). Aliás, só o grande esforço de propaganda desenvolvido pela produtora Miramax conseguiu catapultar este filme para os píncaros do sucesso. De salientar também algumas cenas que fizeram história, tais como as condições da criação da célebre frase The Show Must Go On e a batalha campal entre os dois grupos teatrais rivais durante um ensaio, bem secundado pela sóbria partitura musical de Stephen Warbeck.
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Como referenciar
Porto Editora – A Paixão de Shakespeare na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-15 15:28:57]. Disponível em
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