Adamastor
É um dos gigantes mitológicos filhos da Terra, que se rebelaram contra Júpiter e foram vencidos.
N'Os Lusíadas (Canto V, 37-60), Camões apresenta-o metamorfoseado no Cabo das Tormentas, chamado depois da Boa Esperança, ameaçando os Portugueses com "naufrágios, perdições de toda a sorte/Que o menor mal de todos seja a morte ". Espera suma vingança de quem o descobriu (Bartolomeu Dias), de D. Francisco de Almeida, primeiro vice-rei da Índia e de Manuel de Sousa Sepúlveda, sua mulher e companheiros. Todos encontraram naquele local a morte, sendo tristemente famoso o naufrágio de Manuel de Sousa Sepúlveda. Todas as profecias já faziam parte da nossa História Trágico-Marítima.
O episódio estrutura-se, basicamente, em dois momentos: a narrativa das ameaças e profecias da desgraça (V, 37-49) e a narrativa compungida da infelicidade amorosa do gigante (V, 50-60). Situado no momento central do Poema e no meio do Canto a que pertence, funciona como centro onde confluem as grandes linhas da epopeia: o real-maravilhoso (dificuldades e perigos da navegação do mar, sobretudo na passagem do Cabo), o lirismo amoroso (história de Amor fracassado) e a existência de profecias (histórias de Portugal).
A partir destas linhas, podemos descortinar o simbolismo do Adamastor. Em primeiro lugar, é o símbolo das forças cósmicas que o homem terá de vencer para alcançar a meta desejada; em segundo lugar, a sua destruição completa simboliza o domínio total dos mares pelos portugueses; em terceiro lugar, é o símbolo do anti-herói que desaparece para dar lugar aos verdadeiros heróis; finalmente, o seu drama amoroso simboliza e evidencia que o amor possessivo, o erotismo forçado, só pode levar à destruição.
N'Os Lusíadas (Canto V, 37-60), Camões apresenta-o metamorfoseado no Cabo das Tormentas, chamado depois da Boa Esperança, ameaçando os Portugueses com "naufrágios, perdições de toda a sorte/Que o menor mal de todos seja a morte ". Espera suma vingança de quem o descobriu (Bartolomeu Dias), de D. Francisco de Almeida, primeiro vice-rei da Índia e de Manuel de Sousa Sepúlveda, sua mulher e companheiros. Todos encontraram naquele local a morte, sendo tristemente famoso o naufrágio de Manuel de Sousa Sepúlveda. Todas as profecias já faziam parte da nossa História Trágico-Marítima.
O episódio estrutura-se, basicamente, em dois momentos: a narrativa das ameaças e profecias da desgraça (V, 37-49) e a narrativa compungida da infelicidade amorosa do gigante (V, 50-60). Situado no momento central do Poema e no meio do Canto a que pertence, funciona como centro onde confluem as grandes linhas da epopeia: o real-maravilhoso (dificuldades e perigos da navegação do mar, sobretudo na passagem do Cabo), o lirismo amoroso (história de Amor fracassado) e a existência de profecias (histórias de Portugal).
A partir destas linhas, podemos descortinar o simbolismo do Adamastor. Em primeiro lugar, é o símbolo das forças cósmicas que o homem terá de vencer para alcançar a meta desejada; em segundo lugar, a sua destruição completa simboliza o domínio total dos mares pelos portugueses; em terceiro lugar, é o símbolo do anti-herói que desaparece para dar lugar aos verdadeiros heróis; finalmente, o seu drama amoroso simboliza e evidencia que o amor possessivo, o erotismo forçado, só pode levar à destruição.
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Como referenciar
Porto Editora – Adamastor na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-22 00:37:30]. Disponível em
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