Adolf Meyer

Psiquiatra suíço-americano nascido a 13 de setembro de 1866, em Niederwenigen, perto de Zurique, na Suíça, e falecido a 17 de março de 1950, em Baltimore, Maryland, nos Estados Unidos da América.
Em 1892, formou-se em Medicina pela Universidade de Zurique, tendo tido uma forte formação em neurologia. Um ano depois, emigrou para os Estados Unidos da América e, entre 1893 e 1895, trabalhou como patologista no hospital psiquiátrico em Kankakee, no estado de Ilinois, e posteriormente no Hospital Estatal de Worcester, no estado de Massachusetts. Em 1902, foi Diretor do Instituto Patológico (designado depois Instituto Psiquiátrico) do Hospital Estatal de Nova Iorque, onde conseguiu recolher fundamentos importantes para a psiquiatria americana, ao valorizar a necessidade de manter registos detalhados dos doentes e ao dar a conhecer o sistema de classificação de perturbações mentais de Emil Kraepelin e as ideias de Freud. Entre 1904 e 1909, Adolf Meyer exerceu as funções de docente de Psiquiatria, na Faculdade de Medicina da Universidade de Cornell (Nova Iorque), e, entre 1910 e 1941, na Clínica Psiquiátrica Henry Phipps da Universidade John Hopkins (Baltimore), da qual se tornou Diretor, a partir de 1913.
Adolf Meyer foi um pioneiro na área da psicobiologia, encorajando investigações sobre doentes mentais. Baseou-se em fundamentos biológicos, psicológicos e fatores sociais. Meyer treinou duas gerações de psiquiatras, melhorou métodos de diagnóstico e de tratamento e conduziu diversas investigações em neuroanatomia, neuropatologia e psiquiatria. O seu maior contributo para a medicina consistiu na co-fundação do movimento de higiene mental, nas reformas dos cuidados médicos, em hospícios estatais, e na uniformização de estudos de caso. Adolf Meyer não escreveu qualquer livro, no entanto, publicou diversos artigos, e as suas ideias prevaleceram, posteriormente, pelo trabalho dos seus alunos.