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Aegir
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Era um gigante e semideus da mitologia nórdica, também conhecido como Gymir ou Hler. Pertencia à casta divina dos Vanir e era filho de Mistarblindi e irmão de Kari, o Ar, e Loki, o Fogo.
Aegir era um dos deuses que existiam antes do panteão ser formado, havendo inclusive a lenda de que ele devastou tudo o que viu exceto o deus do fogo Surtr. Veio provavelmente de Ginnungagap, o Vazio universal que originou a terra dos gigantes do fogo, Muspelheim, e Nifleheim, uma terra gelada e enevoada. Casado com Ran, sua irmã, tinha nove filhas muito perversas e combativas. Estas filhas, sempre vestidas de branco, tinham nomes sinónimos de onda: Kolga, Himingaleva, Hefring, Hunn, Hron, Bilgia, Bara, Duffa e Blodughadda.
O gelo derretido por Surtr tinha formado o oceano de onde nasceram os primeiros seres, a vaca Auduhmla e o gigante Ymir. Aegir foi então designado para reinar sobre o oceano e morava debaixo da ilha Hlesey.

Os deuses faziam festins com cerveja todos os invernos no seu palácio, uma vez que Aegir era o fornecedor desta bebida para todo o panteão divino. As taças nunca ficavam vazias enchendo-se por magia.
No entanto, um dia disse que nunca mais servia cerveja enquanto não lhe trouxessem um recipiente suficientemente grande para fermentar toda a cerveja, o que levou Thor a passar por inúmeras peripécias para o conseguir.

Aegir ao receber os deuses colocava ouro no chão para providenciar luz em vez de acender uma fogueira; por esta razão o ouro era também conhecido como "o fogo de Aegir".
O palácio de Aegir era um local sagrado, como se pode verificar pelo episódio em que os deuses se reuniram para lamentar a morte de Balder. Aparece entretanto Loki, incitador da morte de Balder, que insulta inadmissivelmente todos os presentes; mas, como não podia ser cometida nenhuma violência em casa de Aegir, nenhum mal lhe foi feito. Loki, enraivecido, ao sair mata Fimafeng, que juntamente com Eldir era um dos ajudantes de Aegir.

Os Saxões primitivos ofereciam sacrifícios a um deus do mar, possivelmente Aegir. As tempestades causadas pela ira frequente deste deus provocavam o afundamento dos navios e os marinheiros acreditavam que Aegir podia aparecer de repente para arrastar navios e tripulantes em direção aos seus domínios submarinos.
Em algumas partes dos Edda, compilações de contos do século XIII, Aegir aparece não como um semideus, mas como um homem conhecedor das artes mágicas que morava na ilha de Hlesey. Tinha ido visitar os deuses ao Asgard, sítio onde morava a raça divina dos Aesir, e nesta visita ouviu Bragi a contar as aventuras dos deuses.
É também mencionado na Saga de Egil, a propósito do afogamento de Bothvar, filho de Egil.

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Como referenciar
Porto Editora – Aegir na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-28 23:00:52]. Disponível em

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