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1 min

Aires Teles
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Poeta presente no Cancioneiro Geral, talvez Aires Teles da Silva, filho segundo de Fernão Teles de Meneses, 4.º senhor de Unhão e mordomo-mor de D. Leonor. A poesia de Aires Teles integra-se no quadro de uma poesia palaciana, circunstancial e amorosa, fruto de um virtuosismo versificatório de cariz mais lúdico do que existencial. Participa com o conde de Vimioso numa tenção, que reedita, em escala mais reduzida, o debate do "Cuidar e Suspirar", a questão de querer ou desejar, onde, como advogado do querer, esgrime argumentos que são um exemplo da agudeza e sofisticação lógica da linguagem poética do amor no Cancioneiro. Intervém em conjuntos coletivos de iniciativa própria, como é o caso do louvor a Dona Joana de Mendonça ou da sátira a Jorge d'Oliveira, rendeiro da chancelaria; ou de propósito alheio, de tema amoroso ou, mais frequentemente, de chacota coletiva à indumentária de algum cortesão, de parceria com o conde de Vimioso, com Simão de Sousa, com Garcia de Resende ou com Luís da Silveira. As trovas individuais são, na sua grande maioria, perpassadas pela mesma veia satírica, mesmo quando desenvolvem temas e fórmulas inspirados no amor cortês, como a "Cantiga sua a ûa molher / com que andava, que / mandou dizer que / estava mal sen- / tida e nam sa- / bia de quê" ou a cantiga "que fez a ûa / molher com que andava, / porque lhe disse û dia / que lhe nam queria / mal nem bem."
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Como referenciar
Porto Editora – Aires Teles na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-18 14:58:24]. Disponível em

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