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Alain Peyrefitte
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Político francês, nasceu a 26 de agosto de 1925, na localidade de Najac (Aveyron).
Seu pai era professor. A. Peyrefitte estudou na École Normal Superieure e na École Nationale d´Administration, licenciando-se em Direito, doutorando-se mais tarde em Letras. Casou-se em 4 de dezembro de 1948 com Monique Luton (a escritora Claude Orcival), sendo pai de cinco filhos.

Começou a sua carreira profissional no Quay d´Orsay. Entre 1949 e 1952 foi secretário da embaixada francesa em Bona (Alemanha), rumando dois anos depois (até 1956) à Polónia, onde foi cônsul em Cracóvia. Em 1958 foi nomeado Conselheiro dos Negócios Estrangeiros, iniciando nesse ano a sua vida política. Nesse ano de 1958 foi instaurada em França a V República. Alain Peyrefitte foi também nesse ano eleito deputado pela UNR (Union pour la Nouvelle République) de Provins (Seine-et-Marne), representando no Parlamento francês esse departamento até 1981. Foi reeleito para esse cargo em 17 de janeiro de 1982 (depois da anulação da eleição de 21 de junho de 1981, em que foi derrotado). No âmbito da diplomacia francesa, foi também delegado à Assembleia Geral da ONU em 1959-61, 1969-71 e 1993-95.

Entretanto, ainda em abril de 1962 foi designado Secretário de Estado da Informação (até setembro desse ano), iniciando assim as suas funções ministeriais, passando depois a Ministro da Informação (até 1966), sendo da sua autoria o Estatuto da ORTF (Office de la Radiodifusion et Télévision Française). Também entre setembro e dezembro de 1962 desempenhou funções de Ministro delegado para os Repatriados (entre setembro e dezembro). Em 1964 tornou-se conselheiro geral de Bray-sur-Seine (cargo em que se manteve até 1988) e no ano seguinte era eleito Presidente da Câmara (maire) de Provins. Em 1966, passou da pasta ministerial da Informação para a da Investigação Científica e das Questões atómicas e Espaciais, mantendo-se no cargo até 1967, quando assume as funções de Ministro da Educação Nacional, enfrentando, durante o seu mandato, aquilo que nenhum titular desse cargo em qualquer país do mundo jamais quereria: o maio de 68. De facto, no final desse mês que tudo mudou em França e no resto da Europa, a 28, Peyrefitte mais não pôde fazer senão apresentar a demissão do cargo, fustigado que foi por toda a agitação estudantil.

Depois de uma hibernação pública e política, Peyrefitte torna-se secretário-geral da UDR (Union des Democrates pour la Ve République), ocupando o cargo entre setembro de 1972 e outubro de 1973, ano em que retoma a carreira ministerial. É então Ministro das Reformas Administrativas (1973-74), passando depois aos Assuntos Culturais e do Ambiente (1974). Foi depois Ministro Plenipotenciário em 1975. Veio, entretanto, a ocupar a pasta da Justiça entre março de 1977 e maio de 1981. Nesta pasta, destacou-se como autor da lei "Sécurité et Liberté" (2 de fevereiro de 1981). Em outros quadrantes da carreira política, Alain Peyrefitte não deixou também de ocupar cargos de nomeada, como o de deputado europeu (1959-62). Foi Senador por Seine-et-Marne a partir de 1995, pelo partido "gaullista" RPR (Rassemblement Pour la Republique).

Foi eleito como membro da Academia Francesa em 1977 e para a congénere das Ciências Morais e Políticas em 1987. Desde 1983 era presidente do comité editorial do jornal Figaro. Em 15 de dezembro de 1986 escapou com vida a um atentado contra si, quando seguia numa viatura armadilhada (de que resultou um morto).
Faleceu em Paris em 27 de novembro de 1999.

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Como referenciar
Porto Editora – Alain Peyrefitte na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-20 07:25:02]. Disponível em

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