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Alberto Giacometti
Escultor suíço, Alberto Giacometti nasceu em 1901, em Borgonovo, e morreu em 1965, em Chur. Inicia a sua formação em Genebra, deslocando-se em 1923 para Paris, onde estuda com Antoine Bourdelle. Nessa época conheceu alguns dos principais pintores dadaístas, cubistas e surrealistas que influenciaram o seu início de carreira. Adere ao movimento surrealista entre 1930 e 1934, período em que produziu algumas obras fundamentais para a caracterização da escultura surrealista, como L'Heure des Traces (1930), O Palácio às Quatro da Manhã (1932) e Mãos Sustentando o Vazio (1934). Esta última escultura valeu-lhe a admiração de André Breton, o autor do Manifesto Surrealista.
Nos trabalhos realizados depois da Segunda Guerra Mundial, onde a figura humana protagoniza as suas pesquisas plásticas, Giacometti recupera a capacidade expressiva da imagem e do objeto, acompanhando a tendência neo-figurativa que, nestes anos, marca o percurso criativo de vários artistas plásticos. Esta representação do corpo humano marca o período mais original de Giacometti.
A recorrência dos temas e das soluções plásticas adotadas resulta de um posicionamento teórico identificado com a filosofia existencialista, como o testemunha a amizade entre Giacometti e Jean-Paul Sartre. O existencialismo na obra de Giacometti traduz-se numa essencialidade e numa repetitição dos meios expressivos e dos gestos formais, que imprimem à figura humana uma significação fundamental: uma linha vertical confrontando com a horizontalidade do mundo. A deformação dramática das proporções, o alongamento das formas e a manipulação da superfície e da textura acentuam a materialidade dos objetos e a capacidade expressiva e poética da obra de arte. As personagens, isoladas ou em grupos, exprimem um sentido de individualismo e de descontextualização, acentuado pela própria escala das esculturas. Destacam-se, entre as inúmeras obras executadas durante o final da década de 40 e da década seguinte, as esculturas L'Homme Qui Marche (1949) e La Femme au Chariot (1950).
A obsessão pela representação da figura humana revela-se também na sua produção pictórica e nos seus desenhos, onde a linha assume uma grande expressividade e liberdade na caracterização das formas e dos volumes.
Embora seja possível enquadrar as primeiras produções artísticas em correntes como o impressionismo, o cubismo e o surrealismo, torna-se difícil a classificação ou a inserção da obra tardia de Giacometti num movimento artístico definido, de onde ressalta o carácter marcadamente pessoal do seu percurso criativo.
Nos trabalhos realizados depois da Segunda Guerra Mundial, onde a figura humana protagoniza as suas pesquisas plásticas, Giacometti recupera a capacidade expressiva da imagem e do objeto, acompanhando a tendência neo-figurativa que, nestes anos, marca o percurso criativo de vários artistas plásticos. Esta representação do corpo humano marca o período mais original de Giacometti.
A recorrência dos temas e das soluções plásticas adotadas resulta de um posicionamento teórico identificado com a filosofia existencialista, como o testemunha a amizade entre Giacometti e Jean-Paul Sartre. O existencialismo na obra de Giacometti traduz-se numa essencialidade e numa repetitição dos meios expressivos e dos gestos formais, que imprimem à figura humana uma significação fundamental: uma linha vertical confrontando com a horizontalidade do mundo. A deformação dramática das proporções, o alongamento das formas e a manipulação da superfície e da textura acentuam a materialidade dos objetos e a capacidade expressiva e poética da obra de arte. As personagens, isoladas ou em grupos, exprimem um sentido de individualismo e de descontextualização, acentuado pela própria escala das esculturas. Destacam-se, entre as inúmeras obras executadas durante o final da década de 40 e da década seguinte, as esculturas L'Homme Qui Marche (1949) e La Femme au Chariot (1950).
Embora seja possível enquadrar as primeiras produções artísticas em correntes como o impressionismo, o cubismo e o surrealismo, torna-se difícil a classificação ou a inserção da obra tardia de Giacometti num movimento artístico definido, de onde ressalta o carácter marcadamente pessoal do seu percurso criativo.
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Como referenciar
Porto Editora – Alberto Giacometti na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-11 10:36:31]. Disponível em
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