Alcindo Guanabara
Jornalista e político brasileiro, Alcindo Guanabara nasceu a 19 de julho de 1865, em Magé, no Estado do Rio de Janeiro (Brasil).
Filho de professores, concluiu os estudos primários, aos 13 anos, em Mangaratiba. Depois, foi com a família para Petrópolis, onde frequentou o Colégio Ferreira da Paixão. Nesse período, exerceu também a função de bedel. Após terminar os estudos secundários, inscreveu-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1884. Para sustentar-se economicamente, conseguiu o lugar de inspetor no Asilo dos Menores Desvalidos do Dr. Daniel de Almeida.
Em 1886, fundou o jornal académico Fanfarra, tendo como um dos seus colaboradores Olavo Bilac e, nesse ano, escreveu o seu primeiro livro, o romance Amor. Abandonou, no 3.º ano, o curso de Medicina e foi aceite na Gazeta da Tarde, onde contactou com Raul Pompéia e Luís Murat. Certa vez, na ausência do diretor José do Patrocínio, os redatores fizeram greve, impedindo que a edição da gazeta saísse. Guanabara preparou então sozinho a edição do dia. Impressionado pela capacidade de trabalho do jovem, Patrocínio atribuiu a Guanabara a crónica política que assinava sob o pseudónimo Aranha Minor. A partir de então, colaborou também para a Semana e Vida Moderna
Em janeiro de 1887, fundou o jornal Novidades, onde comentava problemáticas do quotidiano, nas secções "Teias de Aranha" (assinada por Aranha Minor, tal como na Gazeta da Tarde) e "Notas Políticas" (assinadas sob o pseudónimo Nestor). Para além destes trabalhos, escreveu crónicas sob o pseudónimo Marcelo, críticas humorísticas assinadas por Diabo Coxo e contos e fantasias sob o pseudónimo Mefisto.
Depois da abolição da escravatura, trabalhou no Diário do Comércio e no Correio do Povo, onde defendeu a implantação da República.
Com o regime republicano, o jornalista foi nomeado para a Constituinte. Depois do golpe de estado de 1891, foi restabelecida a legalidade do seu cargo, permanecendo na Câmara dos Deputados até 1893. Nesse ano, partiu para a Europa, como superintendente geral de imigração e, um ano depois, retomou o lugar de deputado na 2.ª legislatura republicana (1894-1896). Em 1897, foi preso em consequência do atentado de 5 de novembro e levado para a ilha de Fernando de Noronha. Pouco depois, o Supremo Tribunal concedeu-lhe o habeas corpus por impetração em favor do réu.
Regressou ao Rio de Janeiro e fundou a Tribuna e, mais tarde a Nação, no qual difundiu o programa socialista. Colaborou para o jornal O Dia com o pseudónimo Pangloss e foi designado redator-chefe de O Paiz, cargo que ocupou até 1905. Em seguida, fundou o jornal Imprensa, fazendo campanha para o candidato Pinheiro Machado. Em 1918, foi eleito para o Senado, como representante do Estado do Rio, e para a Comissão dos Poderes.
Alcindo Guanabara, membro fundador da Academia Brasileira de Letras, faleceu a 20 de agosto de 1918, no Rio de Janeiro, vítima de uma embolia cerebral.
Filho de professores, concluiu os estudos primários, aos 13 anos, em Mangaratiba. Depois, foi com a família para Petrópolis, onde frequentou o Colégio Ferreira da Paixão. Nesse período, exerceu também a função de bedel. Após terminar os estudos secundários, inscreveu-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1884. Para sustentar-se economicamente, conseguiu o lugar de inspetor no Asilo dos Menores Desvalidos do Dr. Daniel de Almeida.
Em 1886, fundou o jornal académico Fanfarra, tendo como um dos seus colaboradores Olavo Bilac e, nesse ano, escreveu o seu primeiro livro, o romance Amor. Abandonou, no 3.º ano, o curso de Medicina e foi aceite na Gazeta da Tarde, onde contactou com Raul Pompéia e Luís Murat. Certa vez, na ausência do diretor José do Patrocínio, os redatores fizeram greve, impedindo que a edição da gazeta saísse. Guanabara preparou então sozinho a edição do dia. Impressionado pela capacidade de trabalho do jovem, Patrocínio atribuiu a Guanabara a crónica política que assinava sob o pseudónimo Aranha Minor. A partir de então, colaborou também para a Semana e Vida Moderna
Em janeiro de 1887, fundou o jornal Novidades, onde comentava problemáticas do quotidiano, nas secções "Teias de Aranha" (assinada por Aranha Minor, tal como na Gazeta da Tarde) e "Notas Políticas" (assinadas sob o pseudónimo Nestor). Para além destes trabalhos, escreveu crónicas sob o pseudónimo Marcelo, críticas humorísticas assinadas por Diabo Coxo e contos e fantasias sob o pseudónimo Mefisto.
Depois da abolição da escravatura, trabalhou no Diário do Comércio e no Correio do Povo, onde defendeu a implantação da República.
Com o regime republicano, o jornalista foi nomeado para a Constituinte. Depois do golpe de estado de 1891, foi restabelecida a legalidade do seu cargo, permanecendo na Câmara dos Deputados até 1893. Nesse ano, partiu para a Europa, como superintendente geral de imigração e, um ano depois, retomou o lugar de deputado na 2.ª legislatura republicana (1894-1896). Em 1897, foi preso em consequência do atentado de 5 de novembro e levado para a ilha de Fernando de Noronha. Pouco depois, o Supremo Tribunal concedeu-lhe o habeas corpus por impetração em favor do réu.
Regressou ao Rio de Janeiro e fundou a Tribuna e, mais tarde a Nação, no qual difundiu o programa socialista. Colaborou para o jornal O Dia com o pseudónimo Pangloss e foi designado redator-chefe de O Paiz, cargo que ocupou até 1905. Em seguida, fundou o jornal Imprensa, fazendo campanha para o candidato Pinheiro Machado. Em 1918, foi eleito para o Senado, como representante do Estado do Rio, e para a Comissão dos Poderes.
Alcindo Guanabara, membro fundador da Academia Brasileira de Letras, faleceu a 20 de agosto de 1918, no Rio de Janeiro, vítima de uma embolia cerebral.
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Como referenciar
Porto Editora – Alcindo Guanabara na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-14 18:16:31]. Disponível em
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