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Geografia
País da Europa Central. Estendendo-se dos Alpes, a sul, até ao litoral do mar do Norte e do mar Báltico, possui uma superfície de 357 021 km2. Está limitado pelo mar do Norte, Dinamarca e mar Báltico, a norte, pela Polónia e República Checa, a leste, pela Áustria e Suíça, a sul, e pela França, Luxemburgo, Bélgica e Holanda, a oeste. As cidades mais importantes são Berlim, a capital, com 3 396 300 habitantes (2004), Hamburgo (1731 200 hab.), Munique (1 241 100 hab.), Colónia (969 500 hab.), Frankfurt (646 000 hab.), Essen (581 600 hab.), Dortmund (592 200 hab.), Estugarda (590 500 hab.), Düsseldorf (572 900 hab.), Bremen (545 000 hab.), Duisburgo (506 700 hab.), Hanôver (516 300 hab.) e Nuremberga (495 600 hab.).
Clima
O clima da Alemanha apresenta uma diversidade apreciável. A influência marítima, moderadora das temperaturas, é mais evidente no Noroeste, ao passo que no Sul e Leste se registam invernos mais rigorosos e verões mais quentes. Nas áreas montanhosas do Sul, a queda de neve é muito frequente durante o inverno.
Economia
A Alemanha tem uma economia desenvolvida que se baseia na indústria e nos serviços. O Produto Interno Bruto (PIB) encontra-se entre os mais elevados do mundo. Embora o setor agrícola represente apenas 2% do PIB, encontra-se extremamente bem organizado e desenvolvido. As culturas dominantes são a cevada, o trigo, a aveia, o centeio, a couve, a cenoura, a couve-flor, a beterraba, a batata a maçã, a pera, a groselha, o morango, a ameixa, a cereja e a framboesa. É o maior produtor mundial de lúpulo, que é utilizado no fabrico da famosa cerveja alemã. A produção da uva suporta a indústria vinícola das regiões do Reno e do Mosela. O país tem grandes depósitos de carvão e de lignite. Existem também algumas reservas de estanho, de cobre e de chumbo. A indústria mineira abrange ainda o ferro, a antracite, a potassa, o quartzo e o caulino. A existência de poucas reservas de petróleo e de gás natural leva o país a importar grande parte da energia que consome. A indústria representa uma grande percentagem do PIB e abrange a produção de aço, produtos petrolíferos, produtos químicos, produtos farmacêuticos, produtos alimentares, bebidas, resinas, plásticos, cimento, fertilizantes, têxteis, veículos automóveis, maquinaria agrícola e têxtil, equipamento para a construção, equipamento para os transportes, máquinas fotográficas, relógios e artigos elétricos e eletrónicos.
As exportações são constituídas por veículos automóveis, por maquinaria, por equipamento industrial, por produtos elétricos e eletrónicos, por produtos químicos, por ferro e por aço e destinam-se, sobretudo, à França, Holanda, Itália, Estados Unidos da América e Reino Unido. Os produtos importados são a maquinaria, o equipamento para os transportes, os produtos alimentares, as bebidas, os combustíveis e o vestuário. Os maiores exportadores para a Alemanha são a França, a Holanda, os Estados Unidos, a Itália e o Reino Unido.
Indicador ambiental: o valor das emissões de dióxido de carbono, per capita, (toneladas métricas,1999) é de 9,7.
População
A Alemanha regista uma população de 82 422 299 habitantes (est. 2006), o que corresponde a uma densidade de aproximadamente 230,89 hab./km2. O país regista um crescimento natural negativo, com a taxa de mortalidade (10,62%o) a apresentar um valor superior ao da taxa de natalidade (8,25%o). Apesar disso, prevê-se que a população residente continue a crescer como resultado dos fluxos migratórios de Leste e do Sul da Europa. A esperança média de vida é de 78,8 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,921 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) é de 0,924 (2001). Estima-se que, em 2025, a população seja de 85 415 000 habitantes. A maioria dos habitantes é de origem alemã, mas também existem importantes comunidades de turcos, jugoslavos, italianos, gregos, polacos e espanhóis. As religiões com maior expressão são a protestante e a católica. A língua oficial é o alemão.
Arte e Cultura
A arte alemã tem uma herança extremamente rica, especialmente a nível arquitetónico. O gótico alemão caracteriza-se pela torre única, pelo uso do tijolo e pelo tipo de igreja-salão. No séc. XVIII (1656-1723), o barroco foi imposto por Fisher von Erlach. A arquitetura do século XX fica a dever-se a Mies von der Rohe, a W. Gropius e a P. Behrens. O expressionismo encontra-se representado nas obras de E. Barlach, de W. Lehmbruck e de E. Mataré.
Nos sécs. XV e XVI a pintura ficou marcada por Estêvão Lochner, por A. Dürer, por M. Grünenwald, por H. Holbein e por L. Cranach. Durante o período expressionista, a pintura alemã ficou célebre na Europa pelos grupos Der Blaue Reiter (Wassily Kandinsky) e Die Brücke (El. Kirchner).
No domínio filosófico, de destacar o período iluminista, que foi dominado por G. W. Leibniz; a filosofia transcendental de Kant; o idealismo alemão de Fichte, de Schelling e de Hegel, que, através de Feuerbach, se uniu ao materialismo histórico de Marx e de Engels; a vontade do mundo de Schopenhauer; e a vontade de poder de Nietzsche. No século XX, E. Husserl inaugurou a fenomenologia, enquanto K. Jaspers e M. Heidegger se dedicaram à filosofia da existência.
Na literatura alemã, até ao século XIX, sobressaem H. Sachs, M. Opitz, E. von Kleist e F. G. Klopstock. A partir do século XIX, surgem Goethe, Schiller, Hörderlin, H. von Kleist e R. C. Eucken. No século XX avultam os nomes de G. Hauptmann, Thomas Mann, E. M. Remarque, B. Brecht, H. Böll e G. Grass.
No campo musical os primeiros grandes compositores, H. Schütz e D. Buxtehude, surgiram no século XVII. O século XVIII ficou marcado por G. Telemann, por J. S. Bach, por G. F. Haendel e por C. W. Gluck. No século XIX surgiram L. van Beethoven, C. M. Weber, R. Schumann, F. Mendelssohn, J. Brahms, A. Bruckner, R. Wagner, R. Strauss e G. Mahler. Por fim, no século XX de destacar P. Hindemith, C. Orff, H. Stockhausen e M. Kagel. Nos três últimos séculos, a Alemanha tornou-se no país que mais contribuiu para a história da música.
História
Em 1438, Alberto de Habsburgo tornou-se imperador do Sacro Império Romano-Germânico e, até 1806, os Habsburgos permaneceram no poder. Nesse ano Napoleão aboliu o império e reordenou o mapa da Alemanha. Os trinta e nove Estados estabelecidos foram unidos na Confederação Germânica, que passou a ser dominada pela Áustria. Todos os Estados foram obrigados a implementar reformas sociais, políticas e administrativas. Em 1862, Otto von Bismarck tornou-se primeiro-ministro da Prússia. Bismarck acreditou sempre que a unificação política dos Estados alemães era necessária para preservar a afirmação da Prússia como uma grande potência. Em 1866 derrotou a Áustria na Guerra das Sete Semanas, anexou dezassete Estados alemães e formou a Confederação do Norte da Alemanha. A vitória da Prússia sobre a França, na Guerra Franco-Alemã, entre 1870 e 1871, contribuiu para a realização das ambições de Bismarck, ou seja, a união política da Alemanha. Algum tempo depois, os governos dos Estados do Sul da Alemanha uniram-se à confederação e formaram o Império Alemão.
A Primeira Guerra Mundial, entre 1914 e 1918, trouxe a ruína para o Império Alemão. A Alemanha e os seus aliados, a Áustria-Hungria e a Turquia, envolveram-se na guerra contra a Grã-Bretanha, a França, a Rússia, a Itália e os Estados Unidos da América (EUA). Em 1918 a Alemanha perdeu a guerra e foi obrigada a aceitar os termos de paz impostos pelos Aliados. Seguindo as disposições do Tratado de Versailles, a Alemanha perdeu todas as suas colónias ultramarinas e algum território europeu. A região do Reno foi desmilitarizada e ocupada pelos Aliados até 1930.
O Governo alemão do após-guerra, conhecido como a República de Weimar, não teve qualquer popularidade ou suporte político. Por outro lado, os problemas económicos provocados pela guerra e pelo Tratado de Versalhes colocaram o país numa situação desesperada. O início da Grande Depressão, o desemprego maciço e o descontentamento social levaram Adolf Hitler, líder do Partido Nazi, a tornar-se chanceler e, um ano depois, presidente daquilo a que ele chamou Terceiro Reich. As ambições fanáticas pró-germânicas e a política expansionista de Hitler levaram o mundo a uma outra guerra devastadora, em 1939, a Segunda Guerra Mundial. A Alemanha aliou-se à Itália e ao Japão contra a Grã-Bretanha, a União Soviética e os EUA. Depois do sucesso alemão, entre 1939 e 1942, o país foi invadido, em 1945, pelas forças norte-americanas, britânicas e francesas que atacaram e ocuparam a parte ocidental da Alemanha, enquanto o exército soviético avançou pelo leste e ocupou a parte oriental do país. A Alemanha foi derrotada e o seu território ficou na posse dos vencedores, os EUA, a França, o Reino Unido e a URSS, que dividiram o país em quatro zonas.
Em 1949 o desacordo da União Soviética em reunificar novamente o território levou os EUA, o Reino Unido e a França a firmar as zonas que tinham ocupado na República Federal da Alemanha (RFA). No mesmo ano, a zona que tinha sido ocupada pela União Soviética tornou-se na República Democrática Alemã e adotou um regime comunista. A cidade de Berlim foi administrativamente dividida na zona soviética e na zona ocidental. A partir de 1948, os EUA promoveram a recuperação económica da Alemanha ocidental, com o objetivo de evitar o avanço do comunismo de leste. A RFA criou as suas instituições nos moldes democráticos ocidentais e, em poucos anos, a sua economia estava já ao lado da dos países mais prósperos, não só a nível europeu mas também mundial. A República Federal da Alemanha passou a ser um Estado soberano e aderiu à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em 1955. Nesse ano, a República Democrática Alemã tornou-se membro da Organização do Tratado de Varsóvia (conhecida por Pacto de Varsóvia).
Em 1952 a Alemanha de Leste deu os primeiros passos para isolar o território da Alemanha Ocidental, criando um cordão de terra, ao longo da fronteira, guardado por forças militares. Entre 1945 e 1961, esta ação fez com que Berlim se transformasse na saída mais acessível para 3,5 milhões de pessoas, do lado comunista, para o lado democrático. Em 1961 os soviéticos autorizaram a construção do muro de Berlim, com o objetivo de separar ambos os lados e, assim, evitar mais êxodos populacionais. Alguns anos depois, o chanceler da Alemanha Ocidental, Willy Brandt, conseguiu restabelecer relações diplomáticas com os países comunistas de leste, assinando tratados com a Polónia e com a União Soviética. Depois de vários esforços, em 1972 as duas Alemanhas assinaram um pacto que tornou possível o estabelecimento de relações e de cooperação. Nessa altura, também outros países ocidentais estabeleceram relações diplomáticas com a RDA, que acabaram por ser reconhecidas pela ONU, em 1973, e que se prolongaram durante a década de 1980.
Com as profundas transformações levadas a cabo por Mikhail Gorbachev, depois da sua chegada ao poder na União Soviética, a influência do comunismo na Alemanha de Leste diminuiu e, em 1989, depois de uma revolução pacífica, a população derrubou o Governo comunista. A partir desse momento, o caminho para um sistema pluralista ficou aberto. Entretanto, começou a crescer um sentimento generalizado de reunificação das duas Alemanhas por parte dos habitantes do lado leste. Seguiram-se uma série de negociações entre as duas partes, acompanhadas pelas potências aliadas do passado. Em outubro de 1990 os dois Estados foram oficialmente reunificados, dando origem a uma única República Federal da Alemanha. As eleições desse ano deram a vitória ao chanceler Helmut Kohl, que formou um Governo de coligação com três partidos do leste alemão.
Embora a queda do muro de Berlim tenha trazido a democratização, nos anos a seguir à unificação do país, as diferenças, sobretudo económicas, entre as duas zonas da Alemanha continuaram a crescer. Enquanto a economia da zona ocidental do país cresceu cada vez mais, a da zona leste começou a entrar em colapso - quer com o desemprego a aumentar rapidamente quer com os habitantes do leste a sentirem-se cidadãos de segunda classe e aqueles que trabalham a auferir remunerações extremamente baixas quando comparadas com as praticadas na zona ocidental. Para além desses problemas, o aumento da violência contra cidadãos estrangeiros por parte de grupos neonazis, e de outros grupos de extrema direita, começou a preocupar efetivamente as autoridades nacionais.
País da Europa Central. Estendendo-se dos Alpes, a sul, até ao litoral do mar do Norte e do mar Báltico, possui uma superfície de 357 021 km2. Está limitado pelo mar do Norte, Dinamarca e mar Báltico, a norte, pela Polónia e República Checa, a leste, pela Áustria e Suíça, a sul, e pela França, Luxemburgo, Bélgica e Holanda, a oeste. As cidades mais importantes são Berlim, a capital, com 3 396 300 habitantes (2004), Hamburgo (1731 200 hab.), Munique (1 241 100 hab.), Colónia (969 500 hab.), Frankfurt (646 000 hab.), Essen (581 600 hab.), Dortmund (592 200 hab.), Estugarda (590 500 hab.), Düsseldorf (572 900 hab.), Bremen (545 000 hab.), Duisburgo (506 700 hab.), Hanôver (516 300 hab.) e Nuremberga (495 600 hab.).
Clima
O clima da Alemanha apresenta uma diversidade apreciável. A influência marítima, moderadora das temperaturas, é mais evidente no Noroeste, ao passo que no Sul e Leste se registam invernos mais rigorosos e verões mais quentes. Nas áreas montanhosas do Sul, a queda de neve é muito frequente durante o inverno.
A Alemanha tem uma economia desenvolvida que se baseia na indústria e nos serviços. O Produto Interno Bruto (PIB) encontra-se entre os mais elevados do mundo. Embora o setor agrícola represente apenas 2% do PIB, encontra-se extremamente bem organizado e desenvolvido. As culturas dominantes são a cevada, o trigo, a aveia, o centeio, a couve, a cenoura, a couve-flor, a beterraba, a batata a maçã, a pera, a groselha, o morango, a ameixa, a cereja e a framboesa. É o maior produtor mundial de lúpulo, que é utilizado no fabrico da famosa cerveja alemã. A produção da uva suporta a indústria vinícola das regiões do Reno e do Mosela. O país tem grandes depósitos de carvão e de lignite. Existem também algumas reservas de estanho, de cobre e de chumbo. A indústria mineira abrange ainda o ferro, a antracite, a potassa, o quartzo e o caulino. A existência de poucas reservas de petróleo e de gás natural leva o país a importar grande parte da energia que consome. A indústria representa uma grande percentagem do PIB e abrange a produção de aço, produtos petrolíferos, produtos químicos, produtos farmacêuticos, produtos alimentares, bebidas, resinas, plásticos, cimento, fertilizantes, têxteis, veículos automóveis, maquinaria agrícola e têxtil, equipamento para a construção, equipamento para os transportes, máquinas fotográficas, relógios e artigos elétricos e eletrónicos.
As exportações são constituídas por veículos automóveis, por maquinaria, por equipamento industrial, por produtos elétricos e eletrónicos, por produtos químicos, por ferro e por aço e destinam-se, sobretudo, à França, Holanda, Itália, Estados Unidos da América e Reino Unido. Os produtos importados são a maquinaria, o equipamento para os transportes, os produtos alimentares, as bebidas, os combustíveis e o vestuário. Os maiores exportadores para a Alemanha são a França, a Holanda, os Estados Unidos, a Itália e o Reino Unido.
Indicador ambiental: o valor das emissões de dióxido de carbono, per capita, (toneladas métricas,1999) é de 9,7.
População
A Alemanha regista uma população de 82 422 299 habitantes (est. 2006), o que corresponde a uma densidade de aproximadamente 230,89 hab./km2. O país regista um crescimento natural negativo, com a taxa de mortalidade (10,62%o) a apresentar um valor superior ao da taxa de natalidade (8,25%o). Apesar disso, prevê-se que a população residente continue a crescer como resultado dos fluxos migratórios de Leste e do Sul da Europa. A esperança média de vida é de 78,8 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,921 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) é de 0,924 (2001). Estima-se que, em 2025, a população seja de 85 415 000 habitantes. A maioria dos habitantes é de origem alemã, mas também existem importantes comunidades de turcos, jugoslavos, italianos, gregos, polacos e espanhóis. As religiões com maior expressão são a protestante e a católica. A língua oficial é o alemão.
Arte e Cultura
A arte alemã tem uma herança extremamente rica, especialmente a nível arquitetónico. O gótico alemão caracteriza-se pela torre única, pelo uso do tijolo e pelo tipo de igreja-salão. No séc. XVIII (1656-1723), o barroco foi imposto por Fisher von Erlach. A arquitetura do século XX fica a dever-se a Mies von der Rohe, a W. Gropius e a P. Behrens. O expressionismo encontra-se representado nas obras de E. Barlach, de W. Lehmbruck e de E. Mataré.
Nos sécs. XV e XVI a pintura ficou marcada por Estêvão Lochner, por A. Dürer, por M. Grünenwald, por H. Holbein e por L. Cranach. Durante o período expressionista, a pintura alemã ficou célebre na Europa pelos grupos Der Blaue Reiter (Wassily Kandinsky) e Die Brücke (El. Kirchner).
No domínio filosófico, de destacar o período iluminista, que foi dominado por G. W. Leibniz; a filosofia transcendental de Kant; o idealismo alemão de Fichte, de Schelling e de Hegel, que, através de Feuerbach, se uniu ao materialismo histórico de Marx e de Engels; a vontade do mundo de Schopenhauer; e a vontade de poder de Nietzsche. No século XX, E. Husserl inaugurou a fenomenologia, enquanto K. Jaspers e M. Heidegger se dedicaram à filosofia da existência.
Na literatura alemã, até ao século XIX, sobressaem H. Sachs, M. Opitz, E. von Kleist e F. G. Klopstock. A partir do século XIX, surgem Goethe, Schiller, Hörderlin, H. von Kleist e R. C. Eucken. No século XX avultam os nomes de G. Hauptmann, Thomas Mann, E. M. Remarque, B. Brecht, H. Böll e G. Grass.
No campo musical os primeiros grandes compositores, H. Schütz e D. Buxtehude, surgiram no século XVII. O século XVIII ficou marcado por G. Telemann, por J. S. Bach, por G. F. Haendel e por C. W. Gluck. No século XIX surgiram L. van Beethoven, C. M. Weber, R. Schumann, F. Mendelssohn, J. Brahms, A. Bruckner, R. Wagner, R. Strauss e G. Mahler. Por fim, no século XX de destacar P. Hindemith, C. Orff, H. Stockhausen e M. Kagel. Nos três últimos séculos, a Alemanha tornou-se no país que mais contribuiu para a história da música.
História
Em 1438, Alberto de Habsburgo tornou-se imperador do Sacro Império Romano-Germânico e, até 1806, os Habsburgos permaneceram no poder. Nesse ano Napoleão aboliu o império e reordenou o mapa da Alemanha. Os trinta e nove Estados estabelecidos foram unidos na Confederação Germânica, que passou a ser dominada pela Áustria. Todos os Estados foram obrigados a implementar reformas sociais, políticas e administrativas. Em 1862, Otto von Bismarck tornou-se primeiro-ministro da Prússia. Bismarck acreditou sempre que a unificação política dos Estados alemães era necessária para preservar a afirmação da Prússia como uma grande potência. Em 1866 derrotou a Áustria na Guerra das Sete Semanas, anexou dezassete Estados alemães e formou a Confederação do Norte da Alemanha. A vitória da Prússia sobre a França, na Guerra Franco-Alemã, entre 1870 e 1871, contribuiu para a realização das ambições de Bismarck, ou seja, a união política da Alemanha. Algum tempo depois, os governos dos Estados do Sul da Alemanha uniram-se à confederação e formaram o Império Alemão.
A Primeira Guerra Mundial, entre 1914 e 1918, trouxe a ruína para o Império Alemão. A Alemanha e os seus aliados, a Áustria-Hungria e a Turquia, envolveram-se na guerra contra a Grã-Bretanha, a França, a Rússia, a Itália e os Estados Unidos da América (EUA). Em 1918 a Alemanha perdeu a guerra e foi obrigada a aceitar os termos de paz impostos pelos Aliados. Seguindo as disposições do Tratado de Versailles, a Alemanha perdeu todas as suas colónias ultramarinas e algum território europeu. A região do Reno foi desmilitarizada e ocupada pelos Aliados até 1930.
O Governo alemão do após-guerra, conhecido como a República de Weimar, não teve qualquer popularidade ou suporte político. Por outro lado, os problemas económicos provocados pela guerra e pelo Tratado de Versalhes colocaram o país numa situação desesperada. O início da Grande Depressão, o desemprego maciço e o descontentamento social levaram Adolf Hitler, líder do Partido Nazi, a tornar-se chanceler e, um ano depois, presidente daquilo a que ele chamou Terceiro Reich. As ambições fanáticas pró-germânicas e a política expansionista de Hitler levaram o mundo a uma outra guerra devastadora, em 1939, a Segunda Guerra Mundial. A Alemanha aliou-se à Itália e ao Japão contra a Grã-Bretanha, a União Soviética e os EUA. Depois do sucesso alemão, entre 1939 e 1942, o país foi invadido, em 1945, pelas forças norte-americanas, britânicas e francesas que atacaram e ocuparam a parte ocidental da Alemanha, enquanto o exército soviético avançou pelo leste e ocupou a parte oriental do país. A Alemanha foi derrotada e o seu território ficou na posse dos vencedores, os EUA, a França, o Reino Unido e a URSS, que dividiram o país em quatro zonas.
Em 1949 o desacordo da União Soviética em reunificar novamente o território levou os EUA, o Reino Unido e a França a firmar as zonas que tinham ocupado na República Federal da Alemanha (RFA). No mesmo ano, a zona que tinha sido ocupada pela União Soviética tornou-se na República Democrática Alemã e adotou um regime comunista. A cidade de Berlim foi administrativamente dividida na zona soviética e na zona ocidental. A partir de 1948, os EUA promoveram a recuperação económica da Alemanha ocidental, com o objetivo de evitar o avanço do comunismo de leste. A RFA criou as suas instituições nos moldes democráticos ocidentais e, em poucos anos, a sua economia estava já ao lado da dos países mais prósperos, não só a nível europeu mas também mundial. A República Federal da Alemanha passou a ser um Estado soberano e aderiu à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em 1955. Nesse ano, a República Democrática Alemã tornou-se membro da Organização do Tratado de Varsóvia (conhecida por Pacto de Varsóvia).
Em 1952 a Alemanha de Leste deu os primeiros passos para isolar o território da Alemanha Ocidental, criando um cordão de terra, ao longo da fronteira, guardado por forças militares. Entre 1945 e 1961, esta ação fez com que Berlim se transformasse na saída mais acessível para 3,5 milhões de pessoas, do lado comunista, para o lado democrático. Em 1961 os soviéticos autorizaram a construção do muro de Berlim, com o objetivo de separar ambos os lados e, assim, evitar mais êxodos populacionais. Alguns anos depois, o chanceler da Alemanha Ocidental, Willy Brandt, conseguiu restabelecer relações diplomáticas com os países comunistas de leste, assinando tratados com a Polónia e com a União Soviética. Depois de vários esforços, em 1972 as duas Alemanhas assinaram um pacto que tornou possível o estabelecimento de relações e de cooperação. Nessa altura, também outros países ocidentais estabeleceram relações diplomáticas com a RDA, que acabaram por ser reconhecidas pela ONU, em 1973, e que se prolongaram durante a década de 1980.
Com as profundas transformações levadas a cabo por Mikhail Gorbachev, depois da sua chegada ao poder na União Soviética, a influência do comunismo na Alemanha de Leste diminuiu e, em 1989, depois de uma revolução pacífica, a população derrubou o Governo comunista. A partir desse momento, o caminho para um sistema pluralista ficou aberto. Entretanto, começou a crescer um sentimento generalizado de reunificação das duas Alemanhas por parte dos habitantes do lado leste. Seguiram-se uma série de negociações entre as duas partes, acompanhadas pelas potências aliadas do passado. Em outubro de 1990 os dois Estados foram oficialmente reunificados, dando origem a uma única República Federal da Alemanha. As eleições desse ano deram a vitória ao chanceler Helmut Kohl, que formou um Governo de coligação com três partidos do leste alemão.
Embora a queda do muro de Berlim tenha trazido a democratização, nos anos a seguir à unificação do país, as diferenças, sobretudo económicas, entre as duas zonas da Alemanha continuaram a crescer. Enquanto a economia da zona ocidental do país cresceu cada vez mais, a da zona leste começou a entrar em colapso - quer com o desemprego a aumentar rapidamente quer com os habitantes do leste a sentirem-se cidadãos de segunda classe e aqueles que trabalham a auferir remunerações extremamente baixas quando comparadas com as praticadas na zona ocidental. Para além desses problemas, o aumento da violência contra cidadãos estrangeiros por parte de grupos neonazis, e de outros grupos de extrema direita, começou a preocupar efetivamente as autoridades nacionais.
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