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Alencar
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Personagem de Os Maias, de Eça de Queirós, Tomás de Alencar aparece como símbolo da oposição ao Realismo/Naturalismo. Companheiro e amigo de Pedro da Maia, era "muito alto, com uma face encaveirada, olhos encovados, e sob o nariz aquilino, longos, espessos, românticos bigodes grisalhos". Na pessoa de Alencar, "havia alguma coisa de antiquado, de artificial e de lúgubre". Poeta do Ultrarromantismo, surge como paladino da moral, embora ele próprio a não tenha seguido no passado. Eça de Queirós, em Notas Contemporâneas, afirma que "Tomás de Alencar, com efeito, representa alguém que viveu. É um retrato. Um retrato desenvolvido, completado com traços surpreendidos aqui e além na velha geração romântica".
Na época, Pinheiro Chagas acusou Eça de ter traçado nesta figura uma caricatura de Bulhão Pato. Embora o romancista replicasse, não desfez a suspeita, como diz Ernesto Guerra da Cal (in Dicionário de Literatura), que considera ser Alencar "talvez um dos tipos queirosianos desenhados com mais eficaz ironia."
Eça de Queirós serve-se da personagem Alencar para caricaturar discussões entre as escolas românticas e naturalistas que animaram a Questão Coimbrã.
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Como referenciar
Porto Editora – Alencar na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-05 23:48:09]. Disponível em

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