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Alexandre Severo
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Imperador romano (c.209 d. C.-235 d. C.), Marco Júlio Géssio Alexiano Bassiano, ou Marco Aurélio Severo Alexandre, imperador em 222-235. Ganhou prestígio de bom governante, apanágio da sua dinastia, os Severos, de que foi o último imperador. Nascido à volta de 209, era filho de Júlia Maméia e de Géssio Marciano, sendo sobrinho de Júlia Mesa (irmã de Júlia Domna, imperatriz, mulher de Sétimo Severo). As intrigas de Júlia Mesa fizeram com que o primo Heliogábalo, imperador, o adotasse oficialmente como seu filho, herdando assim o seu patronímico e passando a chamar-se desde então Marco Aurélio Severo Alexandre. Dele se dizia em Roma, tal como sucedia com Heliogábalo, que era filho bastardo de Caracala.
Em 222, Alexandre tornou-se Imperador, depois da soldadesca enraivecida ter assassinado brutalmente Heliogábalo, que tinha tentado assassinar o primo. O reinado de Alexandre foi bastante diferente do antecessor, Heliogábalo, dissoluto e extravagante, tendo tido um começo auspicioso e com grande disciplina. Não deixaram, todavia, de ocorrer casos, como o assassinato em 223 ou 224 de Ulpiano, nomeado por Alexandre para o importante mas perigoso cargo de Prefeito do Pretório. Em 225, Alexandre Severo desposou Bárbia Orbiana, que acabou, porém, por ser exilada dois anos depois sob a acusação de uma pretensa tentativa de rebelião congeminada pelo seu pai.
Na sequência da derrocada do império Parto, a fronteira oriental do império Romano começou a sofrer a ameaça dos Persas Sassânidas, guiados por Artaxerxes I. Este acabou mesmo por invadir a Mesopotâmia romana em 230 e começou a pressionar a Síria. Alexandre não deixou, no entanto, de enveredar por negociações de paz com os belicosos Sassânidas, mas não foram bem sucedidas, motivando da parte dos Romanos uma campanha militar na Mesopotâmia, que ainda que não tenha conhecido um êxito retumbante ou definitivo, não deixou de forçar Artaxerxes a retirar-se para outras paragens.
Em 233 Alexandre está em Roma, onde celebra o seu triunfo e é aclamado pelo povo. Mas esta glória não durou muito, pois em 234 chegavam notícias de problemas e de desordem na tradicionalmente difícil fronteira do Reno, o que forçou o Imperador a demandar a Germânia. Como antes do Médio Oriente, também então Alexandre Severo decidiu entabular conversações de paz em vez de dirimir razões pelas armas. Mas estas intenções pacifistas não foram bem entendidas e recebidas pelas legiões, que viram nessa decisão um sinal de fraqueza e até de medo. Esta desconfiança da soldadesca acabou por custar a vida ao Imperador, um mais assassinado pelos seus próprios soldados, que não havia muito tempo o tinham aclamado e glorificado. Com a morte de Alexandre Severo em 235 acabava não só um reinado marcado por uma boa governação mas também a dinastia dos Severos.
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Como referenciar
Porto Editora – Alexandre Severo na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-25 01:58:43]. Disponível em
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