1 min
Alfred Kantor
Artista plástico checoslovaco nascido a 7 de novembro de 1923, em Praga, e faleceu a 16 de janeiro de 2003, em Yarmouth, nos Estados Unidos da América.
Aos 18 anos, devido à sua condição de judeu, foi colocado pelos nazis no gueto de Terezin, deixando a meio os estudos de arte numa escola de publicidade.
Em 1944 foi enviado para o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau e, posteriormente, para o campo de trabalho de Schwarzheide. Antes de ser libertado participou na marcha da morte entre Schwarzheide e Theresenstadt, tendo sido um dos 175 sobreviventes dos cerca de mil que participaram.
Enquanto esteve preso fez 127 desenhos, entre aguarelas e esboços, às escondidas, descrevendo a rotina diária e o ambiente entre os judeus durante o Holocausto. Kantor pintou principalmente durante a noite. A sua obra, que incidiu nas estadias no gueto e em Auschwitz, Schwarzheide e Theresenstadt, acabou por ser um dos poucos registos visuais do que se passou nos campos de concentração nazis. Kantor desenhou tudo o que presenciou: sorteio das mulheres que seriam mortas, prisioneiros a tirar corpos das câmaras de gás ou à procura de comida, as chamas das chaminés dos crematórios e o próprio Josef Mengele, médico nazi responsável por uma série de atrocidades.
Para fazer os seus desenhos, de estilo impressionista, Kantor arranjava material de pintura junto dos oficiais alemães quando estava em Theresenstadt. Já em Auschwitz quem o ajudou a arranjar material de desenho foi um médico.
O último desenho que fez chamava-se "Final Feliz" e mostrava um companheiro libertado do campo de concentração a conversar com amigos em Praga ainda com as roupas de prisioneiro.
O conjunto dos seus 127 desenhos, contudo, só foi publicado pela primeira vez em 1971, por iniciativa da editora McGraw-Hill sob o título de The Book of Alfred Kantor. Ainda nos campos de concentração, Kantor destruiu grande parte dos seus desenhos por temer que os alemães os encontrassem e o matassem. Quando foi liberto no final da Segunda Guerra Mundial recriou os desenhos socorrendo-se da memória.
Após o final da guerra, Kantor mudou-se para os Estados Unidos da América, onde se alistou no exército.
Posteriormente, dedicou-se às artes tornando-se pintor profissional em Nova Iorque até ao fim dos seus dias.
Aos 18 anos, devido à sua condição de judeu, foi colocado pelos nazis no gueto de Terezin, deixando a meio os estudos de arte numa escola de publicidade.
Em 1944 foi enviado para o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau e, posteriormente, para o campo de trabalho de Schwarzheide. Antes de ser libertado participou na marcha da morte entre Schwarzheide e Theresenstadt, tendo sido um dos 175 sobreviventes dos cerca de mil que participaram.
Enquanto esteve preso fez 127 desenhos, entre aguarelas e esboços, às escondidas, descrevendo a rotina diária e o ambiente entre os judeus durante o Holocausto. Kantor pintou principalmente durante a noite. A sua obra, que incidiu nas estadias no gueto e em Auschwitz, Schwarzheide e Theresenstadt, acabou por ser um dos poucos registos visuais do que se passou nos campos de concentração nazis. Kantor desenhou tudo o que presenciou: sorteio das mulheres que seriam mortas, prisioneiros a tirar corpos das câmaras de gás ou à procura de comida, as chamas das chaminés dos crematórios e o próprio Josef Mengele, médico nazi responsável por uma série de atrocidades.
Para fazer os seus desenhos, de estilo impressionista, Kantor arranjava material de pintura junto dos oficiais alemães quando estava em Theresenstadt. Já em Auschwitz quem o ajudou a arranjar material de desenho foi um médico.
O último desenho que fez chamava-se "Final Feliz" e mostrava um companheiro libertado do campo de concentração a conversar com amigos em Praga ainda com as roupas de prisioneiro.
O conjunto dos seus 127 desenhos, contudo, só foi publicado pela primeira vez em 1971, por iniciativa da editora McGraw-Hill sob o título de The Book of Alfred Kantor. Ainda nos campos de concentração, Kantor destruiu grande parte dos seus desenhos por temer que os alemães os encontrassem e o matassem. Quando foi liberto no final da Segunda Guerra Mundial recriou os desenhos socorrendo-se da memória.
Após o final da guerra, Kantor mudou-se para os Estados Unidos da América, onde se alistou no exército.
Posteriormente, dedicou-se às artes tornando-se pintor profissional em Nova Iorque até ao fim dos seus dias.
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – Alfred Kantor na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-16 00:00:17]. Disponível em
Outros artigos
-
Nova IorqueAspetos Geográficos A cidade de Nova Iorque fica situada no sudeste do estado com o mesmo nome, na f...
-
Estados Unidos da AméricaGeografia País da América do Norte. É constituído por um distrito federal - Colúmbia - e 50 estados:...
-
Segunda Guerra MundialA Segunda Guerra Mundial foi gerada a partir dos erros e imperfeições do Tratado de Versalhes, pelos...
-
PragaAspetos Geográficos A cidade de Praga é a capital da República Checa. Encontra-se situada na área ce...
-
AuschwitzDesignação em alemão da localidade polaca Oswiecim, na província de Katowice, a cerca de 60 quilómet...
-
HolocaustoA palavra holocausto deriva da combinação de dois termos gregos, holo (todo) e caustos (queimado). O...
-
Mario MerzArtista italiano, Mario Merz nasceu a 1 de janeiro de 1925, em Milão, e faleceu a 8 de novembro de 2
-
Luigi VanvitelliArtista italiano, nascido em 1700 e morreu em 1773, distinguiu-se na pintura e na arquitetura, absor
-
Vieira LusitanoPintor português, de seu verdadeiro nome Francisco Vieira de Matos, nascido em 1699 e falecido em 17
-
Mark TobeyPintor norte-americano, nasceu em 1890 e morreu em 1976. É particularmente conhecido pelo seu uso de
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – Alfred Kantor na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-16 00:00:17]. Disponível em