Aljustrel
Aspetos Geográficos
O concelho de Aljustrel, do distrito de Beja, localiza-se na região do Alentejo (NUT II) e Baixo Alentejo (NUT III), ocupa uma área de 458,4 km2 e abrange cinco freguesias: Aljustrel, Ervidel, Messejana, São João de Negrilhos e Rio de Moinhos.
O concelho encontra-se limitado a norte pelo concelho de Ferreira do Alentejo, a este por Beja, a sul por Castro Verde e Ourique e a oeste por Santiago de Cacém, no distrito de Setúbal.
Este concelho apresentava, em 2021, um total de 8 879 habitantes.
O natural ou habitante de Aljustrel denomina-se aljustrelense.
Possui um clima mediterrânico, com um período seco de cerca de 80 a 100 dias, durante o verão, em que a temperatura média varia entre os 28 °C e os 30 °C. No inverno, as temperaturas são relativamente baixas.
Da sua morfologia, destacam-se como áreas de maior altitude a de Bailique (207 m), monte do Cerro (187 m) e Fonte Coberta (242 m). O casario estende-se numa área de vale, com tendência a ocupar as encostas adjacentes.
Dos recursos hídricos, salientam-se a ribeira do Vale de Água, a ribeira de Água Azeda, a ribeira do Roxo e a albufeira do Roxo, de função hidroagrícola, inaugurada em 1968 e que mede cerca de 34 m de altura.
A área é conhecida pela exploração mineira de pirite cúprica, útil para o fabrico de ácido sulfúrico, pela extração de ferro.
História e Monumentos
As terras deste concelho, como o comprovam os dados arqueológicos, já conhecem ocupação desde a Pré-História.
Inserida na denominada "Faixa Piritosa Ibérica", Aljustrel foi, desde os tempos romanos, uma área de exploração de pirites atingindo o seu auge nos séculos I a. C. até IV d. C., tendo-se designado estas terras de Vipasca. Foram depois ocupadas pelos Árabes, cuja principal contribuição foi a toponímia "Aljustrel".
Estas terras foram reconquistadas por D. Sancho II aos mouros e doadas à Ordem de Sant'Iago em 1225.
Foi-lhe outorgado foral em 1252 por D. Afonso III e D. Manuel I concedeu-lhe novo foral, no ano de 1510.
A nível do património arquitetónico, destaca-se o santuário de Nossa Senhora do Castelo, a padroeira da vila. A ermida foi mandada construir por D. Paio Peres Correia, após a conquista do castelo, no reinado de D. Sancho II. Em 1510, este templo foi restaurado com traça manuelina e, mais tarde, foi revestido a azulejos moçárabes. Raramente se efetuam cerimónias religiosas, no entanto, o templo é muito visitado, realizando-se várias procissões, mas sem data fixa.
Destacam-se ainda a Igreja da Misericórdia, renascentista, a Igreja de Nossa Senhora da Assunção, que apresenta características das igrejas brasileiras da Baía e de Ouro Preto, e a Igreja de S. Salvador, a Igreja Matriz e um dos maiores templos portugueses de uma só nave construída no século XV.
Tradições, Lendas e Curiosidades
As manifestações populares e culturais do concelho são numerosas, sendo de destacar as festas dos Santos Populares, realizadas em junho, as festas do verão, em julho e agosto, a festa do Baile da Pinha, na Páscoa, a Feira de Santo António, que decorre no segundo fim de semana de junho, e a Feira Nova, no quarto fim de semana de outubro.
No artesanato realce para as miniaturas de alfaias agrícolas e mineiras, objetos em madeira e cortiça, olaria ornamental, pintura em porcelana, azulejos, tapetes de Arraiolos, rendas de bilros e trabalhos em estanho e latão.
No aspeto cultural, referência para o Museu da Mina, que possui um valioso espólio arqueológico.
Conta uma lenda que a pedra de construção original que ainda existe na Ermida de Nossa Senhora do Castelo transmite o som do mar e, que se ela dali for retirada o oceano alagará a vila.
Economia
No concelho predominam as atividades relacionadas com o setor primário, seguidas do setor secundário com a indústria ligada à exploração mineira, à indústria de alumínios, à serralharia, à carpintaria, à construção civil, à indústria tipográfica e à serigrafia. O setor menos significativo na economia concelhia é o setor terciário.
A agricultura regista ainda um grande peso na economia, facto comprovado pela significativa percentagem de área agrícola, cerca de 64,1% da área do concelho, destacando-se os cultivos de cereais para grão, prados temporários e culturas forrageiras, culturas industriais, pousio, olival, prados e pastagens permanentes.
A pecuária tem também alguma importância, nomeadamente na criação de ovinos, bovinos e suínos.
Cerca de 2023 ha do seu território correspondem a área coberta de floresta.
O concelho de Aljustrel, do distrito de Beja, localiza-se na região do Alentejo (NUT II) e Baixo Alentejo (NUT III), ocupa uma área de 458,4 km2 e abrange cinco freguesias: Aljustrel, Ervidel, Messejana, São João de Negrilhos e Rio de Moinhos.
O concelho encontra-se limitado a norte pelo concelho de Ferreira do Alentejo, a este por Beja, a sul por Castro Verde e Ourique e a oeste por Santiago de Cacém, no distrito de Setúbal.
Este concelho apresentava, em 2021, um total de 8 879 habitantes.
O natural ou habitante de Aljustrel denomina-se aljustrelense.
Possui um clima mediterrânico, com um período seco de cerca de 80 a 100 dias, durante o verão, em que a temperatura média varia entre os 28 °C e os 30 °C. No inverno, as temperaturas são relativamente baixas.
Da sua morfologia, destacam-se como áreas de maior altitude a de Bailique (207 m), monte do Cerro (187 m) e Fonte Coberta (242 m). O casario estende-se numa área de vale, com tendência a ocupar as encostas adjacentes.
Dos recursos hídricos, salientam-se a ribeira do Vale de Água, a ribeira de Água Azeda, a ribeira do Roxo e a albufeira do Roxo, de função hidroagrícola, inaugurada em 1968 e que mede cerca de 34 m de altura.
A área é conhecida pela exploração mineira de pirite cúprica, útil para o fabrico de ácido sulfúrico, pela extração de ferro.
História e Monumentos
As terras deste concelho, como o comprovam os dados arqueológicos, já conhecem ocupação desde a Pré-História.
Inserida na denominada "Faixa Piritosa Ibérica", Aljustrel foi, desde os tempos romanos, uma área de exploração de pirites atingindo o seu auge nos séculos I a. C. até IV d. C., tendo-se designado estas terras de Vipasca. Foram depois ocupadas pelos Árabes, cuja principal contribuição foi a toponímia "Aljustrel".
Estas terras foram reconquistadas por D. Sancho II aos mouros e doadas à Ordem de Sant'Iago em 1225.
Foi-lhe outorgado foral em 1252 por D. Afonso III e D. Manuel I concedeu-lhe novo foral, no ano de 1510.
A nível do património arquitetónico, destaca-se o santuário de Nossa Senhora do Castelo, a padroeira da vila. A ermida foi mandada construir por D. Paio Peres Correia, após a conquista do castelo, no reinado de D. Sancho II. Em 1510, este templo foi restaurado com traça manuelina e, mais tarde, foi revestido a azulejos moçárabes. Raramente se efetuam cerimónias religiosas, no entanto, o templo é muito visitado, realizando-se várias procissões, mas sem data fixa.
Destacam-se ainda a Igreja da Misericórdia, renascentista, a Igreja de Nossa Senhora da Assunção, que apresenta características das igrejas brasileiras da Baía e de Ouro Preto, e a Igreja de S. Salvador, a Igreja Matriz e um dos maiores templos portugueses de uma só nave construída no século XV.
As manifestações populares e culturais do concelho são numerosas, sendo de destacar as festas dos Santos Populares, realizadas em junho, as festas do verão, em julho e agosto, a festa do Baile da Pinha, na Páscoa, a Feira de Santo António, que decorre no segundo fim de semana de junho, e a Feira Nova, no quarto fim de semana de outubro.
No artesanato realce para as miniaturas de alfaias agrícolas e mineiras, objetos em madeira e cortiça, olaria ornamental, pintura em porcelana, azulejos, tapetes de Arraiolos, rendas de bilros e trabalhos em estanho e latão.
No aspeto cultural, referência para o Museu da Mina, que possui um valioso espólio arqueológico.
Conta uma lenda que a pedra de construção original que ainda existe na Ermida de Nossa Senhora do Castelo transmite o som do mar e, que se ela dali for retirada o oceano alagará a vila.
Economia
No concelho predominam as atividades relacionadas com o setor primário, seguidas do setor secundário com a indústria ligada à exploração mineira, à indústria de alumínios, à serralharia, à carpintaria, à construção civil, à indústria tipográfica e à serigrafia. O setor menos significativo na economia concelhia é o setor terciário.
A agricultura regista ainda um grande peso na economia, facto comprovado pela significativa percentagem de área agrícola, cerca de 64,1% da área do concelho, destacando-se os cultivos de cereais para grão, prados temporários e culturas forrageiras, culturas industriais, pousio, olival, prados e pastagens permanentes.
A pecuária tem também alguma importância, nomeadamente na criação de ovinos, bovinos e suínos.
Cerca de 2023 ha do seu território correspondem a área coberta de floresta.
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Como referenciar
Porto Editora – Aljustrel na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-26 04:19:52]. Disponível em
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