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Ana de Peñalosa
Personagem feminina da obra O Livro das Comunidades, editada em 1977, de Maria Gabriela Llansol.
"Chamo-me Ana del Mercado y Peñalosa. [...] Gosto perdidamente de escrever (e de desaparacer na escrita). Não gosto de ler. Gosto de ouvir música como se eu mesma a escrevesse. De hoje em diante, já não consigo separar a leitura da escrita. [...] nasci em Segóvia onde possuo grandes bens de fortuna, fiquei viúva de Don João de Guevara. [...] há três anos que não abandono o meu oratório." Mãe daqueles que integram a árvore genealógica dos "irmãos do Vazio Principal", a sua figura aproxima-se da essência da meditação, da mística, do ato de escrita, e a sua voz funde-se indistintamente com a das outras pessoas que formam a "comunidade" (São João da Cruz, Tomás Müntzer, Nietzsche, Eckhart). Ao mesmo tempo, nela ecoa a própria voz da autora: "(O novo ser não era também um livro. Ana de Peñalosa não amava os livros; amava a fonte de energia visível que eles constituem quando descobria imagens e imagens na sucessão das descrições e dos conceitos). // Disse ao novo ser enquanto o acariciava: // - Trabalhei entre os trinta e oito e os quarenta e três anos; mas agora preciso de recriar um novo lugar de repouso destinado somente ao saber, como na adolescência e na infância."
"Chamo-me Ana del Mercado y Peñalosa. [...] Gosto perdidamente de escrever (e de desaparacer na escrita). Não gosto de ler. Gosto de ouvir música como se eu mesma a escrevesse. De hoje em diante, já não consigo separar a leitura da escrita. [...] nasci em Segóvia onde possuo grandes bens de fortuna, fiquei viúva de Don João de Guevara. [...] há três anos que não abandono o meu oratório." Mãe daqueles que integram a árvore genealógica dos "irmãos do Vazio Principal", a sua figura aproxima-se da essência da meditação, da mística, do ato de escrita, e a sua voz funde-se indistintamente com a das outras pessoas que formam a "comunidade" (São João da Cruz, Tomás Müntzer, Nietzsche, Eckhart). Ao mesmo tempo, nela ecoa a própria voz da autora: "(O novo ser não era também um livro. Ana de Peñalosa não amava os livros; amava a fonte de energia visível que eles constituem quando descobria imagens e imagens na sucessão das descrições e dos conceitos). // Disse ao novo ser enquanto o acariciava: // - Trabalhei entre os trinta e oito e os quarenta e três anos; mas agora preciso de recriar um novo lugar de repouso destinado somente ao saber, como na adolescência e na infância."
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Como referenciar
Porto Editora – Ana de Peñalosa na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-05 01:00:48]. Disponível em
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