Ana Maria Brito

Linguista portuguesa e Professora Associada do 2.º Grupo (Línguas e Literaturas Românicas) da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, desde março de 1996, Ana Maria Barros de Brito nasceu a 1 de janeiro de 1951, em S. Pedro do Sul.
Licenciada em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1974, veio lecionar para a Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) em 1976, como Assistente. Em 1988 passa à categoria de Professora Auxiliar, data em que também se doutorou em Letras, na especialidade de Linguística Portuguesa, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, com uma dissertação em Sintaxe subordinada ao tema: "A sintaxe das orações relativas em português" (editada em 1991 pelo INIC, Lisboa). Em junho de 2003 fez provas de Agregação na mesma Faculdade.
Como docente, lecionou as disciplinas de Introdução aos Estudos Linguísticos, Linguística Portuguesa II (Sintaxe e Semântica), Linguística Francesa e Correntes Modernas da Linguística nas licenciaturas de Línguas e Literaturas Modernas da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e foi responsável pela coordenação pedagógica de História da Língua Portuguesa.
Orientou seminários de Linguística Portuguesa em várias universidades estrangeiras, de onde se destacam o Instituto Superior Pedagógico de Maputo (Moçambique) em 1993, a Universidade de Mainz (Alemanha), em 1994, e a Universidade de Salvador – Baía (Brasil), também em 1994.
A sua atividade docente estendeu-se à lecionação de seminários de Sintaxe em cursos de Mestrados em Linguística Portuguesa na FLUP. De 1998 a 2000, participou na parte curricular do Mestrado de Linguística Portuguesa em Maputo, uma colaboração da Universidade do Porto com a Universidade Pedagógica de Moçambique.
Deu conferências de Linguística em diversas universidades estrangeiras.
A sua atividade académica passou também pela orientação de inúmeras dissertações de Mestrado e de Doutoramento em Linguística, desde o ano de 1994.
É membro, desde 1976, do Centro de Linguística da Universidade do Porto (CLUP), convertido em Unidade de Investigação e Desenvolvimento (I&D) em 1994.
Desenvolve atividade de investigação essencialmente no domínio da sintaxe generativa e na sua aplicação ao português. É autora de mais de quarenta artigos e capítulos de livros em Linguística Geral e Portuguesa. É autora de vários capítulos de sintaxe na Gramática da Língua Portuguesa, (5ª ed. Caminho, Lisboa), elaborada juntamente com M. Helena Mateus, Inês Duarte, Isabel Faria, Gabriela Matos, Fátima Oliveira, Alina Villava, Sónia Frota e Marina Vigário.
Dos inúmeros trabalhos publicados em livros, revistas e atas de conferências, destacam-se os seguintes títulos:
1984, "Sobre as noções de Sujeito e Argumento Externo: Semelhanças entre a Estrutura de F e a Estrutura de SN em Português", Boletim de Filologia, XXIX (1-4): 421-478.
1990, "«Próprio» as a local and long distance anaphoric expression in Portuguese". In, Atas do Workshop sobre Anáfora, Lisboa, APL., 116-138.
1991, A sintaxe das orações relativas em Português, INIC, Lisboa.
1991, Homenagem a Óscar Lopes (org. e elaboração dos "Dados bio-bibliográficos de Óscar Lopes"), APL, Lisboa.
1993, "Aspects de la Syntaxe du SN en Portugais et en Français", Revista da Faculdade de Letras do Porto, Série Línguas e Literaturas, Tomo X : 25-53.
1996, (com Inês Duarte) "Sintaxe", Capítulo 6 de Introdução à Linguística Geral e Portuguesa (Caminho. Lisboa), org. por Isabel Faria, Inês Duarte, Emília Ribeiro Pedro e Carlos Gouveia.
1999, Os Estudos de Sintaxe Generativa em Portugal nos Últimos Trinta Anos, Associação Portuguesa de Linguística, Braga.
1997, Brito, A.M., Oliveira, F., Pires de Lima, I. & Martelo, R. (orgs.) Sentido que a vida faz. Estudos para Óscar Lopes, Porto, Ed. Campo das Letras.
2001 "Clause Structure, Subject Positions and Verb Movement. About the position of sempre in European Portuguese and Brazilian Portuguese" in D'Hulst, Y., Rooryck, J. & Schroten, J. (eds.) 2001 Romance Languages and Linguistic Theory, Amsterdam, John Benjamins, Current Issues in Linguistic Theory, pp. 63-85.