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Andaluzia
Comunidade autónoma espanhola que faz fronteira com as de Extremadura, Castilha-La Mancha e ainda com Portugal. É banhada pelo oceano Atlântico e pelo mar Mediterrâneo. Possui cerca de 87 270 km2 e é a mais populosa de Espanha. Está dividida em oito províncias: Jaén, Granada, Almeria, Málaga, Huelva, Sevilha, Cádiz e Córdova. O relevo é variado, com montanhas pouco elevadas na região de serra Morena. Nas cordilheiras Béticas situa-se o vale encaixado do rio Guadalquivir e os picos mais elevados são os da serra Nevada (acima dos 3000 m). A Depressão Central forma um triângulo e contacta com o oceano Atlântico pelo lado sudoeste. O Guadalquivir, com um total de 657 kilómetros, percorre também uma ampla planície de marismas e áreas pantanosas até desaguar no Atlântico. A região é influenciada por um clima temperado mediterrânico cujas características variam conforme o relevo. Na Costa do Sol é mediterrânico subtropical, com temperaturas amenas no inverno e não muito elevadas no verão. A área de Almeria é a mais árida de toda a Europa e nas montanhas a temperatura é muito baixa no inverno, e é acompanhada de precipitação abundante em forma de neve.
A sua origem remonta à Pré-História e aqui se estabeleceram diversos povos que a colonizaram. Fenícios, Gregos, Cartagineses, Romanos e outros passaram por esta região, deixando o seu testemunho. De entre todas, a ocupação muçulmana foi aquela que deixou mais marcas na população e na cultura andaluzas. A ocupação árabe durou oito séculos, desde que se estabeleceu um emirado dependente de Damasco na cidade de Córdova, que se tornou independente no ano 929. Este período foi de grande prosperidade sociocultural. A agricultura desenvolveu-se muito, tal como as indústrias naval, de papel, do vidro, dos tecidos e da cerâmica. No século XI o califado debilitou-se e a região foi conquistada pelos reis castelhanos. No século XIX as ideologias anarquistas dominaram sobretudo a população rural mais pobre, originando muitos motins. Com o triunfo de Franco após a Guerra Civil espanhola, a reforma agrária não teve lugar.
A Andaluzia é rica em carvão, chumbo, cobre, ferro, quartzo, prata, mármore e também exporta sal a partir de Cádiz e Huelva. Os recursos pesqueiros estão quase esgotados e a indústria está pouco desenvolvida, excetuando a do turismo, que é muito rentável. É sobretudo forte na produção de azeite (70% do total espanhol), arroz, frutas, trigo, plantas industriais e na produção de gado. Os vinhos finos de Jerez são muito famosos e de grande qualidade. O comércio está muito desenvolvido e ocupa mais de 50% da população ativa. A comunicação com o exterior faz-se por via marítima através dos portos de Cádiz, Málaga, Algeciras, Huelva e Sevilha. As autoestradas asseguram a sua acessibilidade ao resto do país. Através da linha ferroviária de alta velocidade - AVE -, a Andaluzia estabelece ligação direta com o centro do território e num futuro breve fa-lo-á com toda a Europa. Os aeroportos de Málaga e de Jerez de La Frontera concentram 70% do tráfego aéreo. Possui muitos centros culturais e várias universidades. Foi da Escola Andaluza que saíram os famosos pintores Velàzquez, Murillo, Zurbarán e Valdés Leal, também conhecidos como os "Sevilhanos". De destacar as Fiestas como forma de manifestação popular da cultura andaluza. A Feira de abril em Sevilha, a Romaria da Virgem do Rossio e o Carnaval de Cádiz, celebrado desde o início do século XIX, são de sublinhar. A gastronomia provém da tradição árabe e os pratos mais característicos são o gaspacho, as frituras de peixe e os doces à base de amêndoas, pinhões e mel.
A sua origem remonta à Pré-História e aqui se estabeleceram diversos povos que a colonizaram. Fenícios, Gregos, Cartagineses, Romanos e outros passaram por esta região, deixando o seu testemunho. De entre todas, a ocupação muçulmana foi aquela que deixou mais marcas na população e na cultura andaluzas. A ocupação árabe durou oito séculos, desde que se estabeleceu um emirado dependente de Damasco na cidade de Córdova, que se tornou independente no ano 929. Este período foi de grande prosperidade sociocultural. A agricultura desenvolveu-se muito, tal como as indústrias naval, de papel, do vidro, dos tecidos e da cerâmica. No século XI o califado debilitou-se e a região foi conquistada pelos reis castelhanos. No século XIX as ideologias anarquistas dominaram sobretudo a população rural mais pobre, originando muitos motins. Com o triunfo de Franco após a Guerra Civil espanhola, a reforma agrária não teve lugar.
A Andaluzia é rica em carvão, chumbo, cobre, ferro, quartzo, prata, mármore e também exporta sal a partir de Cádiz e Huelva. Os recursos pesqueiros estão quase esgotados e a indústria está pouco desenvolvida, excetuando a do turismo, que é muito rentável. É sobretudo forte na produção de azeite (70% do total espanhol), arroz, frutas, trigo, plantas industriais e na produção de gado. Os vinhos finos de Jerez são muito famosos e de grande qualidade. O comércio está muito desenvolvido e ocupa mais de 50% da população ativa. A comunicação com o exterior faz-se por via marítima através dos portos de Cádiz, Málaga, Algeciras, Huelva e Sevilha. As autoestradas asseguram a sua acessibilidade ao resto do país. Através da linha ferroviária de alta velocidade - AVE -, a Andaluzia estabelece ligação direta com o centro do território e num futuro breve fa-lo-á com toda a Europa. Os aeroportos de Málaga e de Jerez de La Frontera concentram 70% do tráfego aéreo. Possui muitos centros culturais e várias universidades. Foi da Escola Andaluza que saíram os famosos pintores Velàzquez, Murillo, Zurbarán e Valdés Leal, também conhecidos como os "Sevilhanos". De destacar as Fiestas como forma de manifestação popular da cultura andaluza. A Feira de abril em Sevilha, a Romaria da Virgem do Rossio e o Carnaval de Cádiz, celebrado desde o início do século XIX, são de sublinhar. A gastronomia provém da tradição árabe e os pratos mais característicos são o gaspacho, as frituras de peixe e os doces à base de amêndoas, pinhões e mel.
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Como referenciar
Porto Editora – Andaluzia na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-14 19:59:39]. Disponível em
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