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Angra
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Banda heavy metal brasileira, os Angra juntaram-se em 1991 em São Paulo, no Brasil.
Algumas discordâncias estéticas do vocalista André Matos, do coletivo de metal progressivo Viper, com o resto da banda, levá-lo-iam, juntamente com o guitarrista Kiko Loureiro, a fundar outro agrupamento. A eles, se uniram o guitarrista Rafael Bittencourt, o baixista Luis Mariutti e o baterista Marco Antunes, completando o primeiro alinhamento do coletivo sob o epíteto Angra.

O nome de batismo é tirado da mitologia dos indígenas tupis e significa "deusa do fogo". Depois de um intenso ano de ensaios e pequenas atuações em espaços consagrados ao tipo de sonoridade que subscreviam, os Angra iniciaram gravações para a primeira demo tape. Deram-lhe o nome de Reaching Horizons, corria o ano de 1992.

No ano seguinte, e na sequência da boa recetividade dos públicos às propostas do quinteto, os Angra gravariam o primeiro longa-duração (Angels Cry, 1993), trabalho onde era notória a destreza do grupo em cruzar as sonoridades mais pesadas do metal clássico com os embalos melódicos das matrizes mais sinfónicas. No rescaldo do álbum de estreia, Ricardo Confessori substituiria Marco Antunes na percussão do grupo.

O impacto nacional do primeiro disco foi decisivamente incrementado com as edições seguintes dos Angra e teve como repercussão mais natural a afirmação internacional da banda, com algumas digressões na Europa e na Ásia a permitirem-lhes pisar os principais palcos da cena metal mundial. A série de atuações no Japão, em 1996 - onde viriam a conseguir um disco de ouro nesse ano - era a prova evidente da internacionalização dos Angra. Em 1997, o videoclipe de "Make Believe" foi indicado para os MTV Video Music Awards, acabando por ser um dos mais votados. O ano seguinte, depois da edição de Fireworks, marcaria um período complicado, mormente durante a tournée de promoção do disco. Por essa altura, algumas divisões internas e choque de personalidades no seio da banda levaram à deserção de três membros: André Matos, Luís Mariutti e Ricardo Confessori. Os três viriam a formar o coletivo Shaaman.

Para substituir os três proscritos, chegaram Edu Falaschi (voz), Felipe Andreoli (baixo) e Aquiles Priester (bateria). O sugestivamente intitulado Rebirth, com lançamento mundial em 2001, seria o primeiro disco com o novo alinhamento dos Angra. O disco mereceu amplo destaque na imprensa especializada, justificando uma extensa digressão no Brasil e América Latina, primeiro, e na Europa, depois, com escalas aclamadas em Itália, Alemanha, França, Espanha, Holanda, Bélgica e Suíça. Ficava provado que a fama dos Angra não tinha esmorecido com as convulsões internas do passado.

As presenças nos festivais Wacken Open Air (Alemanha) e Rock Machina (Espanha), no verão de 2002, e Viña Rock (Espanha), Sweden Rock (Suécia) e Gods of Metal (Itália), no ano seguinte, corroboravam a segunda vida do quinteto. Só no final de 2005, após algumas dezenas de atuações por todo o mundo, se repetiram as vozes especuladoras sobre divisões no seio do grupo. Foi sob essa suspeita especulativa que chegou às lojas, em novembro de 2006, Aurora Consurgens, com trabalho gráfico da artista plástica portuguesa Isabel de Amorim, a repetir a colaboração que havia tido em anteriores registos discográficos dos Angra.

Discografia
1992, Reaching Horizons (EP/Demo)
1993, Angels Cry
1994, Evil Warning (EP)
1995, Eyes of Christ (EP/Demo)
1996, Holy Land
1996, Freedom Call (EP)
1998, Fireworks
2001, Rebirth
2002, Hunters and Prey (EP)
2004, Temple of Shadows
2006, Aurora Consurgens

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Como referenciar
Porto Editora – Angra na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-05-25 03:07:47]. Disponível em
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