anjos
Representados com asas de cisnes, os anjos são os entes protetores, mediadores entre o Céu e a Terra, que trazem a felicidade e que antecipam a visão do paraíso e das recompensas que este encerra. Quer nas tradições pagãs, como no universo mais sóbrio da mitologia cristã, os anjos são os mensageiros, os guardas, os guerreiros e os protetores dos escolhidos e abençoados por Deus.
Uma das tradicionais questões insolúveis quando se fala de anjos tem a ver com o seu sexo. Há quem diga que originariamente são femininos, e assim são representados em algumas culturas. Os guerreiros persas morriam convencidos que iriam viver para um céu cheio de "mulheres-anjos" que os fariam felizes. Na tradição cristã, são muitas vezes masculinos, como de resto o são na maior parte das tradições das sociedades patriarcais. Os anjos que habitam na Bíblia são masculinos e estavam sujeitos à tentação das mulheres mortais. Alguns sucumbiam ao amor terreno, passando a ser chamados de anjos-caídos, como é mencionado no Livro de Enoch. Justino dizia que os anjos tinham um corpo semelhante ao dos humanos e quando eram seduzidos pelas mulheres, desta união nasciam demónios. Na Igreja cristã, os anjos já foram descritos com proporções monstruosas. A tradição dos anjos é pré-cristã, existindo a tradição de sacerdotisas com asas e querubins femininos e masculinos no templo de Jerusalém. Nos egípcios, aos querubins correspondia a deusa dos céus, com o seu corpo coberto de olhos e asas, uma divindade que tinha sete manifestações, que mais tarde foram encontradas na tradição cristã dos sete arcanjos liderados por Miguel, o vencedor de dragões, e de onde faziam parte o mensageiro e iniciador Gabriel e Rafael, o guia dos médicos e dos viajantes. Na obra Hierarquias Celestes, atribuída a Dionísio, estão descritos nove tipos de anjos: os Arcanjos, os Anjos da Guarda, Principados, Virtudes, Domínios, Poderes, Tronos, Serafins e Querubins. Os Serafins teriam seis asas, duas para esconder o rosto, outras duas para esconderem o sexo e as restantes para voarem. A Igreja manteve este rol de anjos como oficial durante muitos anos, proibindo e punindo quem os invocasse sem a sua autorização, já que, de forma incómoda, a sua invocação era utilizada nos rituais de magia e feitiçaria. Acreditava-se então que a simples invocação dos anjos era suficiente para estes acederem a realizar os pedidos das pessoas que os mencionassem, desde que estas fossem feiticeiros. Mateus refere que Jesus disse que tinha o poder de chamar setenta e dois mil anjos da guarda, um poder também atribuído pela tradição a muitos mágicos. Os anjos seriam ainda os responsáveis pela condução dos astros e das estrelas no firmamento, transmitindo as ordens divinas aos mortais e velando pelo sono dos inocentes. Foi um anjo que anunciou a Maria a vinda de Jesus Cristo e teria sido também um anjo a libertar os apóstolos Pedro e João. Nas lendas portuguesas dos tempos medievais é usual o aparecimento de anjos aos heróis e reis para os avisarem de perigos, para os protegerem ou transmitirem mensagens divinas.
Uma das tradicionais questões insolúveis quando se fala de anjos tem a ver com o seu sexo. Há quem diga que originariamente são femininos, e assim são representados em algumas culturas. Os guerreiros persas morriam convencidos que iriam viver para um céu cheio de "mulheres-anjos" que os fariam felizes. Na tradição cristã, são muitas vezes masculinos, como de resto o são na maior parte das tradições das sociedades patriarcais. Os anjos que habitam na Bíblia são masculinos e estavam sujeitos à tentação das mulheres mortais. Alguns sucumbiam ao amor terreno, passando a ser chamados de anjos-caídos, como é mencionado no Livro de Enoch. Justino dizia que os anjos tinham um corpo semelhante ao dos humanos e quando eram seduzidos pelas mulheres, desta união nasciam demónios. Na Igreja cristã, os anjos já foram descritos com proporções monstruosas. A tradição dos anjos é pré-cristã, existindo a tradição de sacerdotisas com asas e querubins femininos e masculinos no templo de Jerusalém. Nos egípcios, aos querubins correspondia a deusa dos céus, com o seu corpo coberto de olhos e asas, uma divindade que tinha sete manifestações, que mais tarde foram encontradas na tradição cristã dos sete arcanjos liderados por Miguel, o vencedor de dragões, e de onde faziam parte o mensageiro e iniciador Gabriel e Rafael, o guia dos médicos e dos viajantes. Na obra Hierarquias Celestes, atribuída a Dionísio, estão descritos nove tipos de anjos: os Arcanjos, os Anjos da Guarda, Principados, Virtudes, Domínios, Poderes, Tronos, Serafins e Querubins. Os Serafins teriam seis asas, duas para esconder o rosto, outras duas para esconderem o sexo e as restantes para voarem. A Igreja manteve este rol de anjos como oficial durante muitos anos, proibindo e punindo quem os invocasse sem a sua autorização, já que, de forma incómoda, a sua invocação era utilizada nos rituais de magia e feitiçaria. Acreditava-se então que a simples invocação dos anjos era suficiente para estes acederem a realizar os pedidos das pessoas que os mencionassem, desde que estas fossem feiticeiros. Mateus refere que Jesus disse que tinha o poder de chamar setenta e dois mil anjos da guarda, um poder também atribuído pela tradição a muitos mágicos. Os anjos seriam ainda os responsáveis pela condução dos astros e das estrelas no firmamento, transmitindo as ordens divinas aos mortais e velando pelo sono dos inocentes. Foi um anjo que anunciou a Maria a vinda de Jesus Cristo e teria sido também um anjo a libertar os apóstolos Pedro e João. Nas lendas portuguesas dos tempos medievais é usual o aparecimento de anjos aos heróis e reis para os avisarem de perigos, para os protegerem ou transmitirem mensagens divinas.
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Como referenciar
Porto Editora – anjos na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-22 01:00:15]. Disponível em
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