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Antígona
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Peça levada à cena, em 18 de fevereiro de 1954, pelo Teatro Experimental do Porto, sob a direção do próprio António Pedro. «Glosa Nova da tragédia de Sófocles», a versão de António Pedro, precedida por três antecedentes - a Antígona de Anouilh, representada em Lisboa, no Teatro da Trindade, em 1946; a de António Sérgio, de 1930; e a de Júlio Dantas, levada à cena também em 1946, pelo Teatro Nacional -, mas próxima sobretudo da lição de Anouilh (cf. REBELLO, Luís Francisco, prefácio a Teatro Completo, Lisboa, 1981, p. 23), apresenta como traço mais saliente, na linha do teatro pós-pirandelliano, a rejeição da convenção teatral, por uma desmistificação da ilusão cénica anunciada num «prólogo», ao longo do qual, enquanto o encenador explica o significado da peça, os atores preparam-se diante do público para tomar posse das suas personagens, e os técnicos (o eletricista, o chefe maquinista) ultimam a preparação do espetáculo; e confirmada no decorrer do texto por personagens que interrompem a "história" para se interrogarem sobre a sua funcionalidade ou das outras personagens. Na voz de Antígona, que, contrariando a interdição do tirano Creonte, cumpre, sem temer a morte, as exéquias fúnebres devidas ao seu irmão Polinices, ecoa uma condenação da tirania e um anseio de justiça, que adensam, relativamente ao texto de Sófocles, o seu carácter de "tragédia da liberdade", que é a "a tragédia de quem se recusa a obedecer à lei em nome duma lei que é superior aos homens" e "às circunstâncias em que os homens fazem certas leis".
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Como referenciar
Porto Editora – Antígona na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-19 06:31:59]. Disponível em

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