António Silva
Popular ator português de teatro e cinema, António Maria da Silva nasceu a 5 de agosto de 1886, em Lisboa, e morreu a 3 de março de 1971, também na capital.
Filho duma família extremamente humilde, começou a trabalhar bastante cedo como empregado de comércio. Com o seu salário, conseguiu sustentar o seu curso comercial e, a partir de 1909, começou a frequentar grupos cénicos amadores. Em 1910, integrou o elenco da Companhia Alves da Silva, estreando-se num pequeno papel na peça O Novo Cristo de Leon Tolstoi.
Em 1913, foi contratado pela Companhia António de Sousa, onde protagonizou diversas peças e fez amiudamente longas digressões pelo Brasil. A sua estreia cinematográfica foi feita em Terras de Vera Cruz com três filmes considerados perdidos: Ubirajara (1919), Convém Martelar (1920) e Coração de Gaúcho (1920). Foi ainda no Brasil que se casou com a atriz Josefina Silva, que integrava o elenco da mesma Companhia. De regresso a Portugal, António Silva foi abordado pelo ator Estevão Amarante que o convidou a ingressar nos quadros da Companhia Satanella-Amarante.
Durante a década de 20, tornou-se numa das principais figuras do teatro ligeiro e de revista, fazendo rir multidões no Parque Mayer, devido à sua capacidade de improviso e presença em palco. Cottinelli Telmo apostou nele para protagonizar, ao lado de Vasco Santana e Beatriz Costa, o filme A Canção de Lisboa (1933), onde desempenhou o temperamental alfaiate Caetano. A popularidade desta personagem tornou-se tal que Silva se viu obrigado a repeti-la em inúmeros espetáculos de revista.
As seguintes prestações cinematográficas foram em películas de cunho mais dramático, como Gado Bravo (1934), As Pupilas do Senhor Reitor (1935), onde foi um inesquecível João da Esquina, e no castelhano Las Tres Gracias (1936).
Voltou aos registos cómicos em O Pátio das Cantigas (1942), onde desempenhou magistralmente o papel do «dessincronizado» Evaristo, dono duma mercearia. Era, aliás, na comédia que se sentia mais à vontade, como o provou em O Costa do Castelo (1943), onde fez um inusitado par romântico com Maria Matos, e O Leão da Estrela (1947), no papel do aferroado sportinguista Anastácio.
Pelo meio, protagonizara A Menina da Rádio (1945) que lhe proporcionou o prémio S.N.P. para melhor ator. O Grande Elias (1950), Os Três da Vida Airada (1952) e Perdeu-se um Marido (1957) foram as últimas grandes comédias de sucesso em que participou.
A partir da década de 50, associou-se a Vasco Morgado para interpretar alguns dos espetáculos mais célebres do teatro de revista nacional: Viva o Luxo (1953), Abaixo as Saias (1958) e Lisboa à Noite (1963). Foi também um dos pioneiros da RTP, com diversas aparições em peças de teleteatro em direto.
Na década de 60, continuava a trabalhar ativamente, mas o teatro de revista iniciara o seu processo de declínio e os filmes eram pautados por uma comicidade duvidosa. Teve ainda pequenas participações em Aqui Há Fantasmas (1964) e Sarilhos de Fraldas (1967).
Filho duma família extremamente humilde, começou a trabalhar bastante cedo como empregado de comércio. Com o seu salário, conseguiu sustentar o seu curso comercial e, a partir de 1909, começou a frequentar grupos cénicos amadores. Em 1910, integrou o elenco da Companhia Alves da Silva, estreando-se num pequeno papel na peça O Novo Cristo de Leon Tolstoi.
Em 1913, foi contratado pela Companhia António de Sousa, onde protagonizou diversas peças e fez amiudamente longas digressões pelo Brasil. A sua estreia cinematográfica foi feita em Terras de Vera Cruz com três filmes considerados perdidos: Ubirajara (1919), Convém Martelar (1920) e Coração de Gaúcho (1920). Foi ainda no Brasil que se casou com a atriz Josefina Silva, que integrava o elenco da mesma Companhia. De regresso a Portugal, António Silva foi abordado pelo ator Estevão Amarante que o convidou a ingressar nos quadros da Companhia Satanella-Amarante.
Durante a década de 20, tornou-se numa das principais figuras do teatro ligeiro e de revista, fazendo rir multidões no Parque Mayer, devido à sua capacidade de improviso e presença em palco. Cottinelli Telmo apostou nele para protagonizar, ao lado de Vasco Santana e Beatriz Costa, o filme A Canção de Lisboa (1933), onde desempenhou o temperamental alfaiate Caetano. A popularidade desta personagem tornou-se tal que Silva se viu obrigado a repeti-la em inúmeros espetáculos de revista.
As seguintes prestações cinematográficas foram em películas de cunho mais dramático, como Gado Bravo (1934), As Pupilas do Senhor Reitor (1935), onde foi um inesquecível João da Esquina, e no castelhano Las Tres Gracias (1936).
Voltou aos registos cómicos em O Pátio das Cantigas (1942), onde desempenhou magistralmente o papel do «dessincronizado» Evaristo, dono duma mercearia. Era, aliás, na comédia que se sentia mais à vontade, como o provou em O Costa do Castelo (1943), onde fez um inusitado par romântico com Maria Matos, e O Leão da Estrela (1947), no papel do aferroado sportinguista Anastácio.
Pelo meio, protagonizara A Menina da Rádio (1945) que lhe proporcionou o prémio S.N.P. para melhor ator. O Grande Elias (1950), Os Três da Vida Airada (1952) e Perdeu-se um Marido (1957) foram as últimas grandes comédias de sucesso em que participou.
A partir da década de 50, associou-se a Vasco Morgado para interpretar alguns dos espetáculos mais célebres do teatro de revista nacional: Viva o Luxo (1953), Abaixo as Saias (1958) e Lisboa à Noite (1963). Foi também um dos pioneiros da RTP, com diversas aparições em peças de teleteatro em direto.
Na década de 60, continuava a trabalhar ativamente, mas o teatro de revista iniciara o seu processo de declínio e os filmes eram pautados por uma comicidade duvidosa. Teve ainda pequenas participações em Aqui Há Fantasmas (1964) e Sarilhos de Fraldas (1967).
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Como referenciar
Porto Editora – António Silva na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-22 03:09:12]. Disponível em
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