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Apogeu de Bizâncio
O advento da dinastia macedónica, na segunda metade do século IX, marca o apogeu da civilização bizantina, a sua segunda idade de ouro após o século de Justiniano. Reduzida à Ásia Menor, à Grécia e aos Balcãs sob efeito das invasões árabes, o império, longe de estar enfraquecido, encontrou uma nova homogeneidade. O impulso de Bizâncio está ligado a toda uma dinastia de imperadores notáveis, geralmente soldados, mas também homens das letras, que encorajam o seu desenvolvimento intelectual e artístico.
Desde os finais do século XI, as Cruzadas inquietam os bizantinos, que veem nestas guerras santas o desejo dos ocidentais em se estenderem para o Oriente. As suas crenças são fundamentadas: em 1204, os latinos sitiam Constantinopla e instalam-se no trono imperial, organizando no Oriente principados franco-vassalos, enquanto que os bizantinos se refugiam em Niceia, de onde preparam a reconquista de Constantinopla em 1261. No entanto, o império sai enfraquecido de um período de fragmentação do qual não se consegue recompor e, mesmo que tenha conhecido um importante renascimento no século XIV, ele não tem nem os meios internos nem o apoio exterior para impedir os assédios dos turcos. Após um século de resistência, é invadido e Constantinopla é tomada em 1453.
Toda a ortodoxia está agrupada em Constantinopla e os seus adeptos sentem-se ligados ao império. Este facto resulta numa nova consciência de identidade realmente bizantina, que está na origem deste renascimento que se exprime ao longo dos séculos IX e X. Mas a expansão de Bizâncio vem também do impulso que lhe foi dado pela dinastia macedónica, que Basílio I fundou em 867.
Esta dinastia, marcada pela forte vontade de legitimar o poder imperial, hereditário e de direito divino, dá à corte um extraordinário fausto.
É no domínio legislativo e cultural que a dinastia macedónica encarna o luxo de Bizâncio. Basílio I (867-886) está na origem de uma nova síntese legislativa, que é consumada por Leão VI, o Sábio (886-912) que publica as Basílicas, ou Leis imperiais. Constantino VII (913-959), escritor, edificador, deixou testemunhos preciosos da época no seu Tratado de Cerimónias.
Associada ao apogeu de Bizâncio, a dinastia macedónica mostra os sinais do seu declínio na primeira metade do século XI. Uma luta cada vez mais cerrada opõe a nobreza civil da capital à nobreza militar das províncias. O general Isaac Comnènos destitui em 1057 Miguel VI, último representante da dinastia macedónica.
Desde os finais do século XI, as Cruzadas inquietam os bizantinos, que veem nestas guerras santas o desejo dos ocidentais em se estenderem para o Oriente. As suas crenças são fundamentadas: em 1204, os latinos sitiam Constantinopla e instalam-se no trono imperial, organizando no Oriente principados franco-vassalos, enquanto que os bizantinos se refugiam em Niceia, de onde preparam a reconquista de Constantinopla em 1261. No entanto, o império sai enfraquecido de um período de fragmentação do qual não se consegue recompor e, mesmo que tenha conhecido um importante renascimento no século XIV, ele não tem nem os meios internos nem o apoio exterior para impedir os assédios dos turcos. Após um século de resistência, é invadido e Constantinopla é tomada em 1453.
Toda a ortodoxia está agrupada em Constantinopla e os seus adeptos sentem-se ligados ao império. Este facto resulta numa nova consciência de identidade realmente bizantina, que está na origem deste renascimento que se exprime ao longo dos séculos IX e X. Mas a expansão de Bizâncio vem também do impulso que lhe foi dado pela dinastia macedónica, que Basílio I fundou em 867.
Esta dinastia, marcada pela forte vontade de legitimar o poder imperial, hereditário e de direito divino, dá à corte um extraordinário fausto.
É no domínio legislativo e cultural que a dinastia macedónica encarna o luxo de Bizâncio. Basílio I (867-886) está na origem de uma nova síntese legislativa, que é consumada por Leão VI, o Sábio (886-912) que publica as Basílicas, ou Leis imperiais. Constantino VII (913-959), escritor, edificador, deixou testemunhos preciosos da época no seu Tratado de Cerimónias.
Associada ao apogeu de Bizâncio, a dinastia macedónica mostra os sinais do seu declínio na primeira metade do século XI. Uma luta cada vez mais cerrada opõe a nobreza civil da capital à nobreza militar das províncias. O general Isaac Comnènos destitui em 1057 Miguel VI, último representante da dinastia macedónica.
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Como referenciar
Porto Editora – Apogeu de Bizâncio na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-05 22:33:59]. Disponível em
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