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Arraiolos
Aspetos Geográficos
O concelho de Arraiolos, do distrito de Évora, ocupa uma área de 682,8 km2 e abrange sete freguesias: Arraiolos, Igrejinha, Santa Justa, São Gregório, Gafalhoeira (São Pedro), Vimieiro e Sabugueiro.
O concelho apresentava, em 2021, um total de 6 606 habitantes.
O natural ou habitante de Arraiolos denomina-se arraiolense.
O concelho situa-se no Alentejo (NUT II) e no Alentejo Central (NUT III) e é limitado a norte por Sousel, do distrito de Portalegre, a noroeste pelo concelho de Moura, a oeste por Montemor-o-Novo, a sul por Évora e a este por Estremoz.
Possui um clima de influência marcadamente mediterrânica, caracterizado por uma estação seca bem acentuada no verão. A precipitação ronda os 500 mm entre os meses de outubro e março e os 170 mm no semestre mais seco, sendo bastante irregular.
A sua morfologia é marcada por um relevo relativamente suave, destacando-se, contudo, várias serras, que não ultrapassam, porém, os 400 metros: a do Castelo Picão (305 m), a da Laranjeira (353 m), a Copinha (318 m), a do Montinho (378 m), a do Silval (297 m) e a de São Pedro (295 m).
Como recursos hídricos, existem a ribeira dos Minutos, a ribeira do Cabido, a ribeira de Arraiolos, a ribeira do Matoso e a ribeira do Divor.
História e Monumentos
Pensa-se que esta vila já existia aquando da ocupação grega, no século II a. C., de modo que o seu topónimo terá derivado do nome de um governador grego que foi senhor doutras terras, de nome Rayeo ou Rayo, dando posteriormente origem a Arraiolos.
Em 1217, o rei D. Afonso II doou estas terras ao bispo de Évora e em 1290 foi-lhes atribuído foral por D. Dinis. Em 1305, o rei D. Dinis mandou construir um paço dentro do castelo-fortaleza.
Em 1511, Arraiolos recebe novo foral atribuído por D. Manuel.
No que se refere ao património histórico e monumental, destaca-se o Castelo de Arraiolos, ao qual um monte cónico serve de pedestal. É um recinto retangular, com torres nos ângulos e torre de menagem; a torre do relógio é manuelina e no centro do recinto amuralhado possui uma antiga igreja paroquial, edifício quinhentista que se encontra contudo bastante danificado. São ainda de destacar a Igreja da Misericórdia, datada do século XVI, e o Solar da Sempre-Noiva, do século XVII, que constitui uma peça importante da arquitetura civil da época, apresentando janelas de estilo manuelino com influências mouriscas.
Tradições, Lendas e Curiosidades
São muitas as manifestações populares e culturais no concelho, sendo de destacar a festa do Senhor dos Passos, realizada no segundo domingo depois do Carnaval; a feira de Arraiolos, no último domingo de abril; a feira anual de S. Boaventura, no segundo fim de semana de julho; a festa de Nossa Senhora da Consolação, no primeiro fim de semana de setembro; e, no primeiro fim de semana de agosto, a festa anual no Vimieiro.
No artesanato registam-se: a arte pastoril, a cestaria e os tapetes de Arraiolos, cuja arte remonta, no mínimo, ao século XVII e que ainda mantêm o seu aspeto tradicional, sendo bordados com fios coloridos de lã sobre tela de linho ou estopa com um ponto designado de arraiolos ou grego ou, como também é conhecido, ponto entrançado eslavo.
Economia
No concelho predominam as atividades ligadas aos setores primário e secundário, este último na área de oficinas de tapetes, de metalomecânica, do fabrico de produtos alimentares e de descasque de arroz.
No que se refere à agricultura, destacam-se os cultivos de cereais para grão, prados temporários e culturas forrageiras, culturas industriais, pousio, olival, prados e pastagens permanentes. A pecuária assume também relativa importância, nomeadamente na criação de aves, ovinos e suínos.
Quase 26% (4095 ha) do seu território encontra-se coberto de floresta - grandes extensões de montados de sobreiro e azinheira. Outra espécie arbórea de relevo é a oliveira. Os olivais são a principal cultura permanente desta região.
O concelho de Arraiolos, do distrito de Évora, ocupa uma área de 682,8 km2 e abrange sete freguesias: Arraiolos, Igrejinha, Santa Justa, São Gregório, Gafalhoeira (São Pedro), Vimieiro e Sabugueiro.
O concelho apresentava, em 2021, um total de 6 606 habitantes.
O natural ou habitante de Arraiolos denomina-se arraiolense.
O concelho situa-se no Alentejo (NUT II) e no Alentejo Central (NUT III) e é limitado a norte por Sousel, do distrito de Portalegre, a noroeste pelo concelho de Moura, a oeste por Montemor-o-Novo, a sul por Évora e a este por Estremoz.
Possui um clima de influência marcadamente mediterrânica, caracterizado por uma estação seca bem acentuada no verão. A precipitação ronda os 500 mm entre os meses de outubro e março e os 170 mm no semestre mais seco, sendo bastante irregular.
A sua morfologia é marcada por um relevo relativamente suave, destacando-se, contudo, várias serras, que não ultrapassam, porém, os 400 metros: a do Castelo Picão (305 m), a da Laranjeira (353 m), a Copinha (318 m), a do Montinho (378 m), a do Silval (297 m) e a de São Pedro (295 m).
Como recursos hídricos, existem a ribeira dos Minutos, a ribeira do Cabido, a ribeira de Arraiolos, a ribeira do Matoso e a ribeira do Divor.
História e Monumentos
Pensa-se que esta vila já existia aquando da ocupação grega, no século II a. C., de modo que o seu topónimo terá derivado do nome de um governador grego que foi senhor doutras terras, de nome Rayeo ou Rayo, dando posteriormente origem a Arraiolos.
Em 1217, o rei D. Afonso II doou estas terras ao bispo de Évora e em 1290 foi-lhes atribuído foral por D. Dinis. Em 1305, o rei D. Dinis mandou construir um paço dentro do castelo-fortaleza.
Em 1511, Arraiolos recebe novo foral atribuído por D. Manuel.
No que se refere ao património histórico e monumental, destaca-se o Castelo de Arraiolos, ao qual um monte cónico serve de pedestal. É um recinto retangular, com torres nos ângulos e torre de menagem; a torre do relógio é manuelina e no centro do recinto amuralhado possui uma antiga igreja paroquial, edifício quinhentista que se encontra contudo bastante danificado. São ainda de destacar a Igreja da Misericórdia, datada do século XVI, e o Solar da Sempre-Noiva, do século XVII, que constitui uma peça importante da arquitetura civil da época, apresentando janelas de estilo manuelino com influências mouriscas.
São muitas as manifestações populares e culturais no concelho, sendo de destacar a festa do Senhor dos Passos, realizada no segundo domingo depois do Carnaval; a feira de Arraiolos, no último domingo de abril; a feira anual de S. Boaventura, no segundo fim de semana de julho; a festa de Nossa Senhora da Consolação, no primeiro fim de semana de setembro; e, no primeiro fim de semana de agosto, a festa anual no Vimieiro.
No artesanato registam-se: a arte pastoril, a cestaria e os tapetes de Arraiolos, cuja arte remonta, no mínimo, ao século XVII e que ainda mantêm o seu aspeto tradicional, sendo bordados com fios coloridos de lã sobre tela de linho ou estopa com um ponto designado de arraiolos ou grego ou, como também é conhecido, ponto entrançado eslavo.
Economia
No concelho predominam as atividades ligadas aos setores primário e secundário, este último na área de oficinas de tapetes, de metalomecânica, do fabrico de produtos alimentares e de descasque de arroz.
No que se refere à agricultura, destacam-se os cultivos de cereais para grão, prados temporários e culturas forrageiras, culturas industriais, pousio, olival, prados e pastagens permanentes. A pecuária assume também relativa importância, nomeadamente na criação de aves, ovinos e suínos.
Quase 26% (4095 ha) do seu território encontra-se coberto de floresta - grandes extensões de montados de sobreiro e azinheira. Outra espécie arbórea de relevo é a oliveira. Os olivais são a principal cultura permanente desta região.
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Como referenciar
Porto Editora – Arraiolos na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-18 14:25:53]. Disponível em
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