Arte Déco![favoritos](/images/ico_favoritos.svg)
Movimento artístico desenvolvido nas décadas de vinte e trinta do século XX, a Arte Déco conheceu particular expressão na área do design industrial e de mobiliário assim como na produção de pequenas peças (joias, louça e outros objetos de uso prático ou simbólico) ou nas artes gráficas. Ao nível de arquitetura, a Arte Déco apresentou-se como um estilo eminentemente decorativo, intervindo essencialmente ao nível do desenho de interiores e de espaços comerciais ou no desenho de fachadas sem se traduzir na criação de uma linguagem verdadeira espacial nem na definição de novas tipologias edilícias.
Apesar da especificidade das manifestações que revelou nos diversos contextos culturais e geográficos, alguns denominadores comuns permitem caracterizar este movimento e dotá-lo que um recorte estilístico muito forte. São eles o gosto pelas superfícies brilhantes, polidas ou cromadas, pelas formas curvas e simples, pela construção cuidada e pela utilização de materiais luxuosos.
A designação Arte Déco surgiu como diminutivo da Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais, realizada em Paris em 1925 e na qual participaram alguns dos mais marcantes artistas desta corrente, o que permitiu confirmar a existência de uma escola formal coerente e nitidamente distinta da antecessora Arte Nova.
Em termos estilísticos, a arte deco diferenciou-se da Arte Nova, um movimento estilístico que nessa altura dominava ainda no desenho de pequenas peças utilitárias ou de mobiliário, pelo abandono do excesso formal e ornamental deste último estilo e pela substituição da composição fundamentada na linha curva pela geometrização e rigidez do desenho e das composições de inspiração histórica (nomeadamente na cultura egípcia e grega).
Para além de encontrar expressão ao nível do desenho de pequenos objetos ou de edifícios, durante a fase arte déco foram realizados projeto de jardins, de entre os quais se pode destacar o Jardim de Serralves do Porto, projeto de Jacques Gréber datado de 1932. Responsável pela decoração do interior da Casa de Serralves, a casa Ruhlmann, dirigida por Jacques Émile Ruhlmann, tornou-se um dos expoentes ao nível do desenho de mobiliário e tornou-se famosa pelo projeto do "Le Pavillon d'un Collectioneur" que apresentou na exposição internacional de 1925. Noutros géneros artísticos, como a joalharia, destacaram-se René Lalique, artista fortemente representado nas coleções da Fundação Calouste Gulbenkian de Lisboa.
Numa fase mais avançada, a Arte Deco conheceu notável desenvolvimento nos Estados Unidos da América, país onde foi aplicado em inúmeras expressões e formas e integrado num novo sistema de produção que se demarcava claramente da tendência elitista das criações da fase Arte Nova. De facto, a simplificação formal e a racionalização ornamental destes produtos tornavam-nos indicados para seguirem processos de fabrico em série que recusavam a produção manual de alta qualidade.
Ao nível da arquitetura destacaram-se alguns edifícios como a londrina fábrica Hoover em Perivale, desenhada por Wallis Gilbert em 1932 ou os icónicos arranha-céus de Nova Iorque, de que se pode nomear o Chrysler Building de 1930, William van Alen's, famoso pelo icónico remate com arcos revestidos de alumínio ou o edifício e espaço interior do Radio City Music Hall, construído em 1931 por Donald Deskey.
Apesar da especificidade das manifestações que revelou nos diversos contextos culturais e geográficos, alguns denominadores comuns permitem caracterizar este movimento e dotá-lo que um recorte estilístico muito forte. São eles o gosto pelas superfícies brilhantes, polidas ou cromadas, pelas formas curvas e simples, pela construção cuidada e pela utilização de materiais luxuosos.
A designação Arte Déco surgiu como diminutivo da Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais, realizada em Paris em 1925 e na qual participaram alguns dos mais marcantes artistas desta corrente, o que permitiu confirmar a existência de uma escola formal coerente e nitidamente distinta da antecessora Arte Nova.
Para além de encontrar expressão ao nível do desenho de pequenos objetos ou de edifícios, durante a fase arte déco foram realizados projeto de jardins, de entre os quais se pode destacar o Jardim de Serralves do Porto, projeto de Jacques Gréber datado de 1932. Responsável pela decoração do interior da Casa de Serralves, a casa Ruhlmann, dirigida por Jacques Émile Ruhlmann, tornou-se um dos expoentes ao nível do desenho de mobiliário e tornou-se famosa pelo projeto do "Le Pavillon d'un Collectioneur" que apresentou na exposição internacional de 1925. Noutros géneros artísticos, como a joalharia, destacaram-se René Lalique, artista fortemente representado nas coleções da Fundação Calouste Gulbenkian de Lisboa.
Numa fase mais avançada, a Arte Deco conheceu notável desenvolvimento nos Estados Unidos da América, país onde foi aplicado em inúmeras expressões e formas e integrado num novo sistema de produção que se demarcava claramente da tendência elitista das criações da fase Arte Nova. De facto, a simplificação formal e a racionalização ornamental destes produtos tornavam-nos indicados para seguirem processos de fabrico em série que recusavam a produção manual de alta qualidade.
Ao nível da arquitetura destacaram-se alguns edifícios como a londrina fábrica Hoover em Perivale, desenhada por Wallis Gilbert em 1932 ou os icónicos arranha-céus de Nova Iorque, de que se pode nomear o Chrysler Building de 1930, William van Alen's, famoso pelo icónico remate com arcos revestidos de alumínio ou o edifício e espaço interior do Radio City Music Hall, construído em 1931 por Donald Deskey.
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Como referenciar
Porto Editora – Arte Déco na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-26 03:09:26]. Disponível em
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