As Modernas Ideias na Literatura Portuguesa
Obra em dois volumes de Teófilo Braga, anunciada com um estudo de Teixeira Bastos acerca de Teófilo Braga e a sua Obra, que acabaria por ser editado em separado (Porto, 1892), com a qual o autor pretende completar a História do Romantismo em Portugal, ocupando-se agora das fases da degenerescência do Romantismo e da sua dissolução crítica. Depois da "Introdução" geral, intitulada "A dissolução do Romantismo e a depressão do espírito nacional", o primeiro volume inclui, no livro I, "Os ultraRromânticos", estudos sobre Rebelo da Silva, Mendes Leal, Soares de Passos e Camilo Castelo Branco, e, na primeira parte do livro II, "Dissolução do Ultrarromantismo", um capítulo sobre as origens doutrinárias da Escola de Coimbra. O segundo volume contém o segundo e terceiro capítulos do livro II, consagrados a João de Deus e Antero de Quental, bem como o livro III, "Programa dos trabalhos para a Geração Moderna", com capítulos sobre a "renovação estética", a "renovação científica" e a "renovação filosófica e política" operadas pela Geração de 70, seguindo-se uma conclusão.
Para traçar o panorama literário da segunda metade do século XIX, Teófilo parte do pressuposto de que o movimento intelectual português procurou sempre acompanhar o movimento intelectual europeu: "De 1824 a 1847, acompanhámos com a imitação das Cartas Outorgadas o sentimentalismo dos românticos; de 1847 a 1865, entrámos francamente na falsificação do parlamentarismo e a enfática reforma política serviu-se com o estilo dos literatos que encobriam a falta de sentimento ou aspiração com o exagero de uma emoção fictícia e violenta com que se caracteriza uma fase do Ultrarromantismo: porém, desde 1865 refletiu-se na literatura portuguesa a aspiração de um novo ideal político e filosófico, acentuando-se, na Escola de Coimbra, a tentativa para uma relação natural entre a literatura e as profundas modificações do meio social."
Para além das teses possivelmente controversas, As Modernas Ideias na Literatura Portuguesa, juntamente com a História do Romantismo em Portugal, permanecem um documento imprescindível para a compreensão do século XIX português.
Para traçar o panorama literário da segunda metade do século XIX, Teófilo parte do pressuposto de que o movimento intelectual português procurou sempre acompanhar o movimento intelectual europeu: "De 1824 a 1847, acompanhámos com a imitação das Cartas Outorgadas o sentimentalismo dos românticos; de 1847 a 1865, entrámos francamente na falsificação do parlamentarismo e a enfática reforma política serviu-se com o estilo dos literatos que encobriam a falta de sentimento ou aspiração com o exagero de uma emoção fictícia e violenta com que se caracteriza uma fase do Ultrarromantismo: porém, desde 1865 refletiu-se na literatura portuguesa a aspiração de um novo ideal político e filosófico, acentuando-se, na Escola de Coimbra, a tentativa para uma relação natural entre a literatura e as profundas modificações do meio social."
Para além das teses possivelmente controversas, As Modernas Ideias na Literatura Portuguesa, juntamente com a História do Romantismo em Portugal, permanecem um documento imprescindível para a compreensão do século XIX português.
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Porto Editora – As Modernas Ideias na Literatura Portuguesa na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-22 03:24:49]. Disponível em
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