As Vinhas da Ira
Drama norte-americano realizado por John Ford em 1940, este verdadeiro clássico da história do cinema, intitulado originalmente The Grapes of Wrath, foi escrito por Nunnally Johnson, adaptando a novela com o mesmo nome da autoria de John Steinbeck, e interpretado por Henry Fonda, Jane Darwell, John Carradine, Charley Grapewin, Dorris Bowdon e Russell Simpson.
O filme inicia-se com a saída da cadeia de Tom Joad (Henry Fonda), ao fim de quatro anos preso por homicídio, filho mais velho de uma família de agricultores. No caminho para casa encontra um ex-pregador, Casey (John Carradine), que perdera a vocação e um pouco do juízo. Os dois dirigem-se à quinta dos Joad, mas a mesma encontra-se abandonada na sequência da catástrofe agrícola e económica que se abatera sobre e região. A família encontra-se reunida na casa de um tio onde se prepara para emigrar para a Califórnia, procurando os empregos que um folheto publicitara. Na manhã seguinte, a família inteira (12 pessoas) parte para o oeste numa carrinha sobrecarregada com os seus pertences. Embora os mais novos encarem a viagem como uma aventura, os mais velhos enfrentam-na como uma tortura e não resistem à mudança forçada.
Já na Califórnia, os Joad deambulam de um acampamento para outro, trabalhando por salários miseráveis e compreendendo que, afinal, aquela não era a "Terra Prometida".
Depois de se envolver na luta dos trabalhadores oprimidos contra os proprietários, Casey acaba por ser morto pelas autoridades. Em resposta, Tom mata o assassino de Casey, mas fica ferido na cara. Com Tom procurado pela polícia, os Joad partem novamente e encontram, por fim, boas condições de vida e trabalho num campo gerido pelo Governo a salvo dos exploradores privados. Pela primeira vez na sua jornada, eram tratados decentemente. Mas os problemas ainda não tinham acabado, já que investigadores que procuravam um jovem com uma cicatriz na face andavam por perto. Assim, Tom decide abandonar a família para não lhes causar problemas, avisando apenas Ma (Jane Darwell) da sua partida - uma das mais belas cenas do filme com um discurso antológico de Henry Fonda.
Com realização magistral de John Ford, o filme é recheado de sequências emocionantes e veicula uma mensagem poderosa. Fisicamente posta à prova, mas nunca vencida no espírito, a família Joad corporiza a esperança no futuro e a fé no povo americano, residindo aí a maior grandeza deste clássico.
O produtor Darryl F. Zanuck envolveu-se pessoalmente neste projeto, dando um contributo fundamental para o resultado final, nomeadamente a nível do argumento.
As interpretações são notáveis, alinhando o trabalho dos atores com a dignidade das personagens. Neste campo, destaca-se Henry Fonda, no que será possivelmente o melhor papel da sua carreira, apesar de ter perdido o Óscar de Melhor Ator desse ano para o seu amigo James Stewart. Stewart tinha dito antes da cerimónia que achava que Fonda devia ganhar o Óscar.
O filme acabou, contudo, por vencer dois Óscares: Melhor Realizador e Melhor Atriz Secundária (Jane Darwell). Obteve ainda cinco outras nomeações: Melhor Filme, Ator Principal, Argumento, Montagem e Som.
O filme inicia-se com a saída da cadeia de Tom Joad (Henry Fonda), ao fim de quatro anos preso por homicídio, filho mais velho de uma família de agricultores. No caminho para casa encontra um ex-pregador, Casey (John Carradine), que perdera a vocação e um pouco do juízo. Os dois dirigem-se à quinta dos Joad, mas a mesma encontra-se abandonada na sequência da catástrofe agrícola e económica que se abatera sobre e região. A família encontra-se reunida na casa de um tio onde se prepara para emigrar para a Califórnia, procurando os empregos que um folheto publicitara. Na manhã seguinte, a família inteira (12 pessoas) parte para o oeste numa carrinha sobrecarregada com os seus pertences. Embora os mais novos encarem a viagem como uma aventura, os mais velhos enfrentam-na como uma tortura e não resistem à mudança forçada.
Já na Califórnia, os Joad deambulam de um acampamento para outro, trabalhando por salários miseráveis e compreendendo que, afinal, aquela não era a "Terra Prometida".
Depois de se envolver na luta dos trabalhadores oprimidos contra os proprietários, Casey acaba por ser morto pelas autoridades. Em resposta, Tom mata o assassino de Casey, mas fica ferido na cara. Com Tom procurado pela polícia, os Joad partem novamente e encontram, por fim, boas condições de vida e trabalho num campo gerido pelo Governo a salvo dos exploradores privados. Pela primeira vez na sua jornada, eram tratados decentemente. Mas os problemas ainda não tinham acabado, já que investigadores que procuravam um jovem com uma cicatriz na face andavam por perto. Assim, Tom decide abandonar a família para não lhes causar problemas, avisando apenas Ma (Jane Darwell) da sua partida - uma das mais belas cenas do filme com um discurso antológico de Henry Fonda.
Com realização magistral de John Ford, o filme é recheado de sequências emocionantes e veicula uma mensagem poderosa. Fisicamente posta à prova, mas nunca vencida no espírito, a família Joad corporiza a esperança no futuro e a fé no povo americano, residindo aí a maior grandeza deste clássico.
O produtor Darryl F. Zanuck envolveu-se pessoalmente neste projeto, dando um contributo fundamental para o resultado final, nomeadamente a nível do argumento.
As interpretações são notáveis, alinhando o trabalho dos atores com a dignidade das personagens. Neste campo, destaca-se Henry Fonda, no que será possivelmente o melhor papel da sua carreira, apesar de ter perdido o Óscar de Melhor Ator desse ano para o seu amigo James Stewart. Stewart tinha dito antes da cerimónia que achava que Fonda devia ganhar o Óscar.
O filme acabou, contudo, por vencer dois Óscares: Melhor Realizador e Melhor Atriz Secundária (Jane Darwell). Obteve ainda cinco outras nomeações: Melhor Filme, Ator Principal, Argumento, Montagem e Som.
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Como referenciar
Porto Editora – As Vinhas da Ira na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-15 02:48:37]. Disponível em
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