Ateneu Comercial do Porto
A história deste clube, que começou por ser uma sociedade recreativa (Sociedade Nova Euterpe, fundada em 29 de agosto de 1869) para se tornar num clube burguês, está intimamente ligada à própria história da cidade do Porto, identificando-se especialmente com as suas atividades culturais e cívicas.
Ainda hoje os ideais desta associação mantêm uma "cultura da pluralidade", recebendo e promovendo atividades culturais e artísticas num clube privado aberto à cidade. Esta tendência de disponibilizar ao exterior o usufruto de alguns dos seus espaços remonta às suas origens, no século XIX. Contrariamente às restantes sociedades burguesas, o Ateneu abria as suas portas a estudantes, jornalistas e intelectuais, que frequentavam a sua sala de leitura. Este lugar, criado pelos comerciantes e caixeiros-viajantes, estava recetivo às diferentes elites, convivendo pacificamente com o cruzamento da modernidade e da tradição, e não assumia uma atitude snob, bastante comum a muitos destes clubes privados. Os hábitos e costumes dos clubes burgueses do século XIX foram-se perdendo, mas esta associação portuense aposta na promoção de um variado conjunto de atividades culturais.
Depois de 1834, a tradição dos bailes e dos saraus da aristocracia foi retomada pelas elites burguesas liberais, como forma de se afirmarem na sociedade. A Sociedade Nova Euterpe, que esteve na origem do Ateneu Comercial do Porto, surgiu, em 1869, pela fusão de alguns clubes recreativos frequentados por caixeiros-viajantes (Terpsicore Comercial Euterpe, Callanira e Clube Recreativo Portuense).
Com o intuito de promover o progresso moral e material dos seus associados, o Ateneu do Porto teve em B. Alves Costa o seu principal fundador, seguido depois por Alves de Azevedo, Xavier da Mota e Agostinho Leão.
A primeira sede desta sociedade, na Rua da Porta do Sol, foi mais tarde substituída, a 31 de maio de 1885, por um edifício mais apropriado, situado na Rua de Passos Manuel, no centro da Baixa portuense.
Em 1884, um ano antes da inauguração solene da nova sede, a instituição era então presidida por Manuel Emílio Dantas. Entretanto, devido a uma alteração dos estatutos, acordada a 23 de março, deixou de se chamar Sociedade Nova Euterpe e passou a designar-se por Ateneu Comercial do Porto.
Detém na sua biblioteca mais de 80 mil volumes e possui um museu privativo.
Ainda hoje os ideais desta associação mantêm uma "cultura da pluralidade", recebendo e promovendo atividades culturais e artísticas num clube privado aberto à cidade. Esta tendência de disponibilizar ao exterior o usufruto de alguns dos seus espaços remonta às suas origens, no século XIX. Contrariamente às restantes sociedades burguesas, o Ateneu abria as suas portas a estudantes, jornalistas e intelectuais, que frequentavam a sua sala de leitura. Este lugar, criado pelos comerciantes e caixeiros-viajantes, estava recetivo às diferentes elites, convivendo pacificamente com o cruzamento da modernidade e da tradição, e não assumia uma atitude snob, bastante comum a muitos destes clubes privados. Os hábitos e costumes dos clubes burgueses do século XIX foram-se perdendo, mas esta associação portuense aposta na promoção de um variado conjunto de atividades culturais.
Depois de 1834, a tradição dos bailes e dos saraus da aristocracia foi retomada pelas elites burguesas liberais, como forma de se afirmarem na sociedade. A Sociedade Nova Euterpe, que esteve na origem do Ateneu Comercial do Porto, surgiu, em 1869, pela fusão de alguns clubes recreativos frequentados por caixeiros-viajantes (Terpsicore Comercial Euterpe, Callanira e Clube Recreativo Portuense).
Com o intuito de promover o progresso moral e material dos seus associados, o Ateneu do Porto teve em B. Alves Costa o seu principal fundador, seguido depois por Alves de Azevedo, Xavier da Mota e Agostinho Leão.
Em 1884, um ano antes da inauguração solene da nova sede, a instituição era então presidida por Manuel Emílio Dantas. Entretanto, devido a uma alteração dos estatutos, acordada a 23 de março, deixou de se chamar Sociedade Nova Euterpe e passou a designar-se por Ateneu Comercial do Porto.
Detém na sua biblioteca mais de 80 mil volumes e possui um museu privativo.
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Como referenciar
Porto Editora – Ateneu Comercial do Porto na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-05-21 03:34:30]. Disponível em
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