ato de comunicação
A noção de comunicação não é passível de uma só definição, na medida em que, nas diversas disciplinas, desde a Física à Genética, da Informática à Literatura, sofre interpretações muito diversas. A comunicação é o intercâmbio de informação entre sujeitos ou objetos, ou seja, é um processo que envolve a troca de informações e utiliza os sistemas simbólicos como suporte para este fim.
Para a Semiótica, o ato de comunicar é a materialização do pensamento/sentimento em signos conhecidos pelas partes envolvidas. Estes símbolos são então transmitidos e descodificados/reinterpretados pelo recetor.
O ato de comunicação pode recorrer a diversos meios e linguagens, mas o seu objetivo é sempre transmitir uma mensagem. Resumidamente, podemos afirmar que no ato de comunicar há uma informação (mensagem) a transmitir de um emissor a um ou vários recetores através de um código e que há um certo número de elementos implicados neste processo. Roman Jakobson distingue seis fatores linguísticos no processo de comunicação, definidos em correspondência com as funções da linguagem:
1. O emissor ou destinador é o que emite ou envia a mensagem. É ele que a codifica, ou seja, formula a sua mensagem num código. A função da linguagem que lhe está associada é a função emotiva.
2. O recetor ou destinatário é o que recebe a mensagem. Tem por função descodificar a mensagem, ou seja, que o próprio comportamento do destinatário tenha sido afetado por ela. Receber a mensagem não implica compreendê-la, embora isso, muitas vezes, fosse desejável. Quando a comunicação está centrada no recetor, procurando agir sobre a sua vontade, dizemos que a função da linguagem é a apelativa.
3. A mensagem é o objeto da comunicação e é constituída pelo conteúdo das informações transmitidas. A função da linguagem que lhe está associada é a função poética.
4. O canal de comunicação é o meio ou via de circulação por onde passam as mensagens. O canal de comunicação é constituído pelos meios materiais e técnicos que asseguram que a mensagem transite. O canal de comunicação pode fornecer uma classificação geral das mensagens (numa associação aos cinco sentidos do homem). A verificação das boas condições de transmissão da mensagem está associada à função fática da linguagem.
5. O código é um conjunto de signos e regras que permitem a construção da mensagem. Diz-se codificar ao trabalho do emissor em organizar a mensagem com esse código; e descodificar à identificação do código pelo destinatário. Se a mensagem não for compreendida pelo recetor pode suceder que ele desconheça o código ou que não entenda todos os signos emitidos. Pode também acontecer que tenham níveis diferentes de cultura, ou que haja outros fatores humanos a interferir na descodificação. A função da linguagem que lhe está associada é a função metalinguística.
6. O referente é constituído pelos objetos reais aos quais a mensagem diz respeito. O referente pode também incluir o contexto e a situação para os quais a mensagem remete. O contexto é o campo de significação onde se encontra a mensagem. A função da linguagem que lhe está associada é a função informativa.
Para a Semiótica, o ato de comunicar é a materialização do pensamento/sentimento em signos conhecidos pelas partes envolvidas. Estes símbolos são então transmitidos e descodificados/reinterpretados pelo recetor.
O ato de comunicação pode recorrer a diversos meios e linguagens, mas o seu objetivo é sempre transmitir uma mensagem. Resumidamente, podemos afirmar que no ato de comunicar há uma informação (mensagem) a transmitir de um emissor a um ou vários recetores através de um código e que há um certo número de elementos implicados neste processo. Roman Jakobson distingue seis fatores linguísticos no processo de comunicação, definidos em correspondência com as funções da linguagem:
1. O emissor ou destinador é o que emite ou envia a mensagem. É ele que a codifica, ou seja, formula a sua mensagem num código. A função da linguagem que lhe está associada é a função emotiva.
2. O recetor ou destinatário é o que recebe a mensagem. Tem por função descodificar a mensagem, ou seja, que o próprio comportamento do destinatário tenha sido afetado por ela. Receber a mensagem não implica compreendê-la, embora isso, muitas vezes, fosse desejável. Quando a comunicação está centrada no recetor, procurando agir sobre a sua vontade, dizemos que a função da linguagem é a apelativa.
3. A mensagem é o objeto da comunicação e é constituída pelo conteúdo das informações transmitidas. A função da linguagem que lhe está associada é a função poética.
4. O canal de comunicação é o meio ou via de circulação por onde passam as mensagens. O canal de comunicação é constituído pelos meios materiais e técnicos que asseguram que a mensagem transite. O canal de comunicação pode fornecer uma classificação geral das mensagens (numa associação aos cinco sentidos do homem). A verificação das boas condições de transmissão da mensagem está associada à função fática da linguagem.
5. O código é um conjunto de signos e regras que permitem a construção da mensagem. Diz-se codificar ao trabalho do emissor em organizar a mensagem com esse código; e descodificar à identificação do código pelo destinatário. Se a mensagem não for compreendida pelo recetor pode suceder que ele desconheça o código ou que não entenda todos os signos emitidos. Pode também acontecer que tenham níveis diferentes de cultura, ou que haja outros fatores humanos a interferir na descodificação. A função da linguagem que lhe está associada é a função metalinguística.
6. O referente é constituído pelos objetos reais aos quais a mensagem diz respeito. O referente pode também incluir o contexto e a situação para os quais a mensagem remete. O contexto é o campo de significação onde se encontra a mensagem. A função da linguagem que lhe está associada é a função informativa.
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Como referenciar
Porto Editora – ato de comunicação na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-05-12 02:46:27]. Disponível em
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