2 min
Bactriana
Bactriana é o nome dado ao antigo país que se encontrava entre as montanhas Kush (Paropamisus) e o rio Amu Darya (Oxus), sendo a sua capital, Bactria, também denominada Bactra-Zariaspa.
No período islâmico, a área era conhecida como Turquestão, após os turquestanos se terem estabelecido ali no século I d. C.
A Bactria inicia a sua história com os aqueménidas. Surge juntamente com Sogdiana, Parthia e Aria na lista das satrapias Aqueménidas e Heródoto faz menção aos soldados báctrios que lutaram no exército de Dario e ao tributo pago pela 12.ª satrapia. Provavelmente, a Báctria foi inicialmente subjugada por Ciro e permaneceu como província aqueménida por dois séculos. Quando Alexandre, o Grande, derrotou Dario III, a satrapia báctria, Bessus, tentou resistir-lhe, mas a Báctria foi rapidamente dominada. Juntamente com as outras satrapias asiáticas, a Báctria passou a estar sob o domínio de Selêuco Nicator até à morte de Alexandre.
Ambos, Alexandre e os seus sucessores, estabeleceram colónias gregas ou cidades nos seus territórios e as grandes fortificações de Alexandria-Báctria (Balkh?) e Alexandria de Oxus (Termez?) têm data desta época. Na segunda metade do século III a. C., Diódoto, o sátrapa selêucida da Báctria, ou o seu filho com o mesmo nome, livrou-se do jugo imperial e fundou um reino independente. Antíoco III, o Grande derrotou o seu sucessor, o usurpador Eutidemo. Todavia, continuou a reconhecer a sua independência, contanto que ele impedisse as incursões dos indisciplinados nómadas do norte.
Demétrio I, filho de Eutidemo, expandiu o poder grego em várias direções e, nas décadas seguintes, Antímaco e Demétrio II avançaram para Kush e daqui para o Noroeste de Índia, onde estabeleceram uma «sucursal» indo-grega do reino.
A extensão dos domínios gregos foi de alguma forma impedida pelas vigorosas campanhas de Mitridates I, que cerca de 160 a. C., durante o reinado de Eucratídes, chegou a invadir a Báctria.
As tribos Yüeh-chih eram possivelmente de origem iraniana e certamente incluíam os turquestanos, que mais tarde viriam a dar o seu nome à Báctria. No primeiro século d. C. estenderam o seu poder ao Noroeste da Índia. Este movimento é associado a um grupo conhecido como kushans, que atingiram o auge do seu poder sob o imperador Kanisha. Na segunda metade do século IV, ocorreram novas invasões, ficando os kushans sob a tutela dos kidara e, logo de seguida, sob os heftalitas. Crê-se que estes dois povos não são de origem iraniana, mas talvez mongóis. O heftalitas fixaram-se na Báctria e durante dois séculos guerrearam com os sassânidas. Em 565 os turcos derrotaram-nos e governaram na Báctria até meados do século VII, altura em que os exércitos árabes levaram o Islão para o Turquestão.
No período islâmico, a área era conhecida como Turquestão, após os turquestanos se terem estabelecido ali no século I d. C.
A Bactria inicia a sua história com os aqueménidas. Surge juntamente com Sogdiana, Parthia e Aria na lista das satrapias Aqueménidas e Heródoto faz menção aos soldados báctrios que lutaram no exército de Dario e ao tributo pago pela 12.ª satrapia. Provavelmente, a Báctria foi inicialmente subjugada por Ciro e permaneceu como província aqueménida por dois séculos. Quando Alexandre, o Grande, derrotou Dario III, a satrapia báctria, Bessus, tentou resistir-lhe, mas a Báctria foi rapidamente dominada. Juntamente com as outras satrapias asiáticas, a Báctria passou a estar sob o domínio de Selêuco Nicator até à morte de Alexandre.
Ambos, Alexandre e os seus sucessores, estabeleceram colónias gregas ou cidades nos seus territórios e as grandes fortificações de Alexandria-Báctria (Balkh?) e Alexandria de Oxus (Termez?) têm data desta época. Na segunda metade do século III a. C., Diódoto, o sátrapa selêucida da Báctria, ou o seu filho com o mesmo nome, livrou-se do jugo imperial e fundou um reino independente. Antíoco III, o Grande derrotou o seu sucessor, o usurpador Eutidemo. Todavia, continuou a reconhecer a sua independência, contanto que ele impedisse as incursões dos indisciplinados nómadas do norte.
Demétrio I, filho de Eutidemo, expandiu o poder grego em várias direções e, nas décadas seguintes, Antímaco e Demétrio II avançaram para Kush e daqui para o Noroeste de Índia, onde estabeleceram uma «sucursal» indo-grega do reino.
A extensão dos domínios gregos foi de alguma forma impedida pelas vigorosas campanhas de Mitridates I, que cerca de 160 a. C., durante o reinado de Eucratídes, chegou a invadir a Báctria.
As tribos Yüeh-chih eram possivelmente de origem iraniana e certamente incluíam os turquestanos, que mais tarde viriam a dar o seu nome à Báctria. No primeiro século d. C. estenderam o seu poder ao Noroeste da Índia. Este movimento é associado a um grupo conhecido como kushans, que atingiram o auge do seu poder sob o imperador Kanisha. Na segunda metade do século IV, ocorreram novas invasões, ficando os kushans sob a tutela dos kidara e, logo de seguida, sob os heftalitas. Crê-se que estes dois povos não são de origem iraniana, mas talvez mongóis. O heftalitas fixaram-se na Báctria e durante dois séculos guerrearam com os sassânidas. Em 565 os turcos derrotaram-nos e governaram na Báctria até meados do século VII, altura em que os exércitos árabes levaram o Islão para o Turquestão.
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – Bactriana na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-24 00:29:30]. Disponível em
Outros artigos
-
AlexandriaCidade do Egito, fundada em 332 a. C. por Alexandre Magno. Localiza-se 22 quilómetros a oeste do del...
-
HeródotoO historiador grego Heródoto nasceu em Halicarnasso, na Ásia Menor, por volta de 484 a. C., e morreu...
-
Capitania de BissauEm 1456, Diogo Gomes descobre a ilha e cidade de Bissau. Contudo, foi só no século XVI que os portug
-
Capitania Geral de MoçambiqueSegundo a historiografia dos Descobrimentos, terá sido Pero da Covilhã o primeiro navegador portuguê
-
Burdigala (Bordéus)Antiga cidade da Gália e metrópole económica da Aquitânia II a partir da segunda metade do século IV
-
CanaãAntiga região entre o mar Mediterrâneo e o mar Morto, designada na Bíblia como a Terra Prometida dos
-
Egito Copta-BizantinoDepois do reinado de Teodósio (379-395), o Egito, que esteve na órbita romana desde o século I a. C.
-
Reino de CastelaReino medieval espanhol resultante da emancipação crescente de um condado vassalo do reino de Leão,
-
Gruta do Lugar do CantoA gruta do Lugar do Canto pertence administrativamente à freguesia de Valverde, no concelho de Alcan
-
Biblos (Fenícia)Mencionada já nos textos egípcios e nas cartas de El-Amarna, Biblos adquire o seu nome por influênci
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – Bactriana na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-24 00:29:30]. Disponível em