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Bartolomeu de las Casas
Bartolomeu de las Casas nasceu talvez em Sevilha, em agosto de 1474, para uns autores, e para outros cerca de 1484-85, numa modesta família de comerciantes.
Talvez tenha combatido na Guerra de Granada (1492).
Em 1502, foi pela primeira vez à América, na frota do comendador Nicolau de Ovando.
Manifestou interesse humanístico despontado depois de doutrinar índios que trabalhavam numa propriedade que administrava em Cuba. Participou, aliás, na ocupação desta ilha. Porém, logo decide combater as atrocidades perpetradas contra os nativos, tendo-se deslocado, em 1515, até Espanha para as denunciar. É encarregado de estudar o problema e volta à América.
Opta pela vida eclesiástica, tornando-se o primeiro sacerdote ordenado nas Américas, o que acontece em 1516.
Em 1517, obtém de Carlos V autorização para fundar uma comunidade hispano-indígena, a partir da qual, segundo acreditava, se formaria uma civilização mais fraternal - a Colónia de Cumaná, na atual Venezuela; fracassou nesta intenção devido à falta de colonos, à oposição dos espanhóis e ataques dos índios.
Em 1523, entra na Ordem dos Pregadores ou Dominicanos; escreve a História Apologética, preâmbulo de outra obra mais famosa, a História das Índias.
Bartolomeu de las Casas denunciou pessoas e instituições ao Conselho das Índias; viajou até à atual Costa Rica, onde fundou uma comunidade indígena, segundo as normas de evangelização que defendeu em De unico vocationis modo (1537).
Em 1540, regressa a Espanha e escreve Brevissima relación de la destrucción de las Indias (1542), onde afirma que foi a ambição que motivou as crueldades dos conquistadores constituindo o ponto de partida para a construção da lenda negra em torno da colonização espanhola naquelas terras. Na sequência, Carlos V promulga leis em que os índios recuperam a liberdade, depois de uma geração de servidão nas propriedades espanholas. Foi nomeado Bispo de Chiapas, na Capitania-Geral da Guatemala, e proibiu, nos Avisos e Regras para Confessores de Espanhóis, que os sacerdotes absolvessem proprietários de terra espanhóis. Face aos numerosos protestos, é obrigado a regressar a Espanha em 1547.
Depois, mantém uma acesa polémica com Juan Ginés de Sepúlveda, defensor da escravidão dos índios da América.
Em 1562, conclui a redação da História das Índias, na qual previa a destruição da própria Espanha, como castigo pelas atrocidades que os colonizadores europeus praticavam contra os povos dominados.
Sempre movido por uma compaixão autêntica pelos índios, converteu-se num verdadeiro pai para eles, tentando tudo para remediar a sua situação. Contudo, para muitos homens do seu tempo e segundo a mentalidade da época, Bartolomeu de las Casas exagerou na defesa dos nativos e nos seus sentimentos humanitários.
Faleceu em Madrid, no convento de N. Sra. de Atocha, a 17 de setembro de 1566.
Talvez tenha combatido na Guerra de Granada (1492).
Em 1502, foi pela primeira vez à América, na frota do comendador Nicolau de Ovando.
Manifestou interesse humanístico despontado depois de doutrinar índios que trabalhavam numa propriedade que administrava em Cuba. Participou, aliás, na ocupação desta ilha. Porém, logo decide combater as atrocidades perpetradas contra os nativos, tendo-se deslocado, em 1515, até Espanha para as denunciar. É encarregado de estudar o problema e volta à América.
Opta pela vida eclesiástica, tornando-se o primeiro sacerdote ordenado nas Américas, o que acontece em 1516.
Em 1517, obtém de Carlos V autorização para fundar uma comunidade hispano-indígena, a partir da qual, segundo acreditava, se formaria uma civilização mais fraternal - a Colónia de Cumaná, na atual Venezuela; fracassou nesta intenção devido à falta de colonos, à oposição dos espanhóis e ataques dos índios.
Em 1523, entra na Ordem dos Pregadores ou Dominicanos; escreve a História Apologética, preâmbulo de outra obra mais famosa, a História das Índias.
Bartolomeu de las Casas denunciou pessoas e instituições ao Conselho das Índias; viajou até à atual Costa Rica, onde fundou uma comunidade indígena, segundo as normas de evangelização que defendeu em De unico vocationis modo (1537).
Em 1540, regressa a Espanha e escreve Brevissima relación de la destrucción de las Indias (1542), onde afirma que foi a ambição que motivou as crueldades dos conquistadores constituindo o ponto de partida para a construção da lenda negra em torno da colonização espanhola naquelas terras. Na sequência, Carlos V promulga leis em que os índios recuperam a liberdade, depois de uma geração de servidão nas propriedades espanholas. Foi nomeado Bispo de Chiapas, na Capitania-Geral da Guatemala, e proibiu, nos Avisos e Regras para Confessores de Espanhóis, que os sacerdotes absolvessem proprietários de terra espanhóis. Face aos numerosos protestos, é obrigado a regressar a Espanha em 1547.
Depois, mantém uma acesa polémica com Juan Ginés de Sepúlveda, defensor da escravidão dos índios da América.
Em 1562, conclui a redação da História das Índias, na qual previa a destruição da própria Espanha, como castigo pelas atrocidades que os colonizadores europeus praticavam contra os povos dominados.
Sempre movido por uma compaixão autêntica pelos índios, converteu-se num verdadeiro pai para eles, tentando tudo para remediar a sua situação. Contudo, para muitos homens do seu tempo e segundo a mentalidade da época, Bartolomeu de las Casas exagerou na defesa dos nativos e nos seus sentimentos humanitários.
Faleceu em Madrid, no convento de N. Sra. de Atocha, a 17 de setembro de 1566.
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Como referenciar
Porto Editora – Bartolomeu de las Casas na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-11-09 13:17:58]. Disponível em
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