Beatriz, rainha da Holanda
Monarca holandesa, filha da rainha Juliana (1909), que reinou entre 1948 e 1980 (abdicou neste ano), e do príncipe-consorte Bernardo (1911), príncipe de Lippe-Bisterfeld e príncipe dos países Baixos, Beatriz nasceu em 31 de janeiro de 1938. Pertence à casa principesca de Nassau-Orange, família com quase 500 anos de história e que nos últimos duzentos anos viu elementos nobiliárquicos alemães entrarem na dinastia.
A rainha Beatriz casou-se em 10 de março de 1966 com Claus von Armsberg (1926), príncipe da Holanda. Deste matrimónio nasceram três filhos, dos quais o mais velho, Willem Alexander (Guilheme Alexandre), príncipe de Orange (1967), será o herdeiro do trono real da Holanda, com o nome de Guilherme IV. Os outros dois são João Friso (1968) e Constantino (1969). De notar que os holandeses não viram com bons olhos o casamento de Beatriz com aquele nobre alemão, dadas as feridas morais da Segunda Guerra Mundial. Todavia, adepto das ideias liberais e falando neerlandês sem sotaque alemão, ecologista e protetor das artes, Claus rapidamente conquistou os holandeses.
Beatriz foi coroada em 30 de abril de 1980, sendo a terceira mulher consecutiva a ocupar o trono da Holanda no século XX, sucedendo a Guilhermina (1890-1948), sua avó (que reconquistou a popularidade da monarquia no país, graças à resistência anti-nazi a partir de Inglaterra) e a Juliana (1948-1980), sua mãe. Portanto, o século XX foi um século exclusivamente de rainhas na Holanda. Curiosamente, durante o exílio da rainha Guilhermina no Reino Unido na Segunda Guerra Mundial, Juliana e suas filhas, Beatriz e Irene, foram enviadas para o Canadá, até 1945.
Beatriz foi uma grande entusiasta dos desportos de ar livre e uma exímia escultora na sua juventude. Em 1956, passou a integrar o Conselho de Estado, inscrevendo-se nesse ano na Universidade de Leiden, onde se licenciou em Direito.
Apesar de Beatriz estar no trono de uma monarquia constitucional e simbólica, mantendo uma tradição secular, tendo um papel meramente representativo e sem qualquer responsabilidade política, à partida, não deixa de ser a rainha quem dá a última palavra no que concerne à formação de novos governos, bem como mantém conversas discretas com ministros e assina as novas leis da nação.
Beatriz é uma figura simpática e afável, que tem mantido uma aura de simpatia nacional muito elevada, o que faz com que a maioria dos holandeses não contestem a a monarquia e se considerem satisfeitos com a rainha e respetiva família. Para além das obras de beneficiência, Beatriz desempenha também atividades políticas e tem poderes constitucionais semelhantes ao do cargo de Presidente da República em Portugal, por exemplo.
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