Bélgica
Geografia
País da Europa Ocidental. Situado no noroeste da Europa, abrange uma área de 30 528 km2. A Bélgica encontra-se limitada pela Holanda, a norte e a nordeste, pela Alemanha e pelo Luxemburgo, a leste, pela França, a sul e a oeste, e pelo mar do Norte, a noroeste. As cidades mais importantes são Bruxelas, a capital, com 1,019,022 habitantes (2024), Antuérpia 459,805 habitantes (2024), Gante 262,219 habitantes (2024), Charleroi 201,816 habitantes (2024) e Liège 197,355 habitantes (2024).
Clima
O clima é temperado marítimo, caracterizado pela predominância de ventos húmidos que sopram de oeste. No interior do país, o clima apresenta maiores amplitudes térmicas anuais e, por efeito do relevo, a precipitação é mais elevada.
Economia
A Bélgica tem uma economia desenvolvida, que se baseia nos serviços, na indústria e no comércio, possuindo um dos rendimentos per capita mais elevados da União Europeia (UE). O setor industrial encontra-se bem implantado e é dominado pela produção de aço, de produtos químicos, de materiais de construção, de produtos alimentares, de bebidas, de tabaco, de papel e de têxteis. Quanto a recursos naturais, o país possui minas de ferro, chumbo, zinco e cobre, bem como gás natural na plataforma do mar do Norte. A agricultura representa 2% do Produto Interno Bruto (PIB) e as culturas dominantes são a beterraba, a batata, o trigo, a cevada, a aveia, o tomate, o milho e a cenoura. O país depende fortemente do comércio internacional, especialmente com a Alemanha, a Holanda, a França e o Reino Unido. Em valor, as suas principais importações são a maquinaria, os produtos químicos, os bens alimentares e os diamantes em bruto.
Indicador ambiental: o valor das emissões de dióxido de carbono, per capita (toneladas métricas,1999), é de 10,2.
População
A Bélgica possui uma população de 10 379 067 habitantes (est. 2006), o que corresponde a uma densidade de 339,71 hab./km2. As taxas de natalidade e de mortalidade são respetivamente de 10,38%o e 10,27%o. A esperança média de vida atinge 78,77 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,937 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) é de 0,931 (2001). Os flamengos representam cerca de 58% da população e os valões 31%; a comunidade de Italianos corresponde a 2,4% e a de Marroquinos, a 1,4%. A religião maioritária é a católica. As línguas oficiais são o francês e o neerlandês (flamengo), embora também seja falado o alemão.
História
Entre os séculos X e XIV, existiram no território belga alguns principados seculares e eclesiásticos. No século XV, as casas da Borgonha e de Habsburgo uniram-se pelo casamento. Seguiu-se o domínio espanhol nos Países Baixos, depois de várias uniões dinásticas. Em 1579, as províncias espanholas do Sul formaram a União de Arras e adotaram a religião católica romana. As províncias protestantes do Norte formaram a União dos Países Baixos e permaneceram sob o domínio espanhol até ao início do século XVIII, quando Filipe V, neto de Luís XIV da França, ascendeu ao trono espanhol. Na Guerra da Sucessão de Espanha, entre 1701 e 1714, os territórios espanhóis nos Países Baixos, incluindo a Bélgica, foram cedidos aos Habsburgos austríacos.
Depois das guerras napoleónicas e de uma breve anexação por parte da França, a Bélgica foi reunida aos Países Baixos, formando um único país dominado pela Casa de Orange. Em 1830, os belgas revoltaram-se contra o domínio holandês e, um ano depois, a Bélgica conquistou a independência. O príncipe Leopoldo subiu ao trono e tornou-se como o rei Leopoldo I. Durante o reinado de Leopoldo II, entre 1865 e 1909, o país foi atingido pela rivalidade entre a França e a Alemanha, mas manteve-se neutro durante a Guerra Franco-Alemã, entre 1870 e 1871. O reinado de Alberto I, entre 1909 e 1934, ficou caracterizado pela agitação social que resultou numa greve geral em 1913.
Quando a Primeira Guerra Mundial começou, as tropas alemãs ocuparam Liège, Namur e Bruxelas. O Tratado de Versalhes aboliu o estatuto de neutralidade da Bélgica e, em 1920, o país assinou um tratado de defesa com a França. Dez anos mais tarde, o Parlamento belga transformou o país em duas regiões linguísticas com administrações diferentes. Em 1934, Leopoldo III tornou-se rei e tentou reafirmar a neutralidade da Bélgica, mas não foi bem sucedido. Em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, as tropas alemãs ocuparam o país. Surgiu imediatamente um movimento de resistência que atuou durante os quatro anos da ocupação nazi. Depois da guerra, em 1950, Leopoldo abdicou do trono a favor do filho Balduíno I. A partir da década de 1960, os antagonismos entre as duas regiões linguísticas aumentaram e terminaram, em 1970, com o estabelecimento da autonomia cultural de ambas as regiões. Em 1993 a Bélgica tornou-se num estado federal, composto por três regiões autónomas, Flandres, Wallonia e Bruxelas. Nesse ano, o rei Balduíno morreu e sucedeu-lhe o irmão Alberto II.
País da Europa Ocidental. Situado no noroeste da Europa, abrange uma área de 30 528 km2. A Bélgica encontra-se limitada pela Holanda, a norte e a nordeste, pela Alemanha e pelo Luxemburgo, a leste, pela França, a sul e a oeste, e pelo mar do Norte, a noroeste. As cidades mais importantes são Bruxelas, a capital, com 1,019,022 habitantes (2024), Antuérpia 459,805 habitantes (2024), Gante 262,219 habitantes (2024), Charleroi 201,816 habitantes (2024) e Liège 197,355 habitantes (2024).
Clima
O clima é temperado marítimo, caracterizado pela predominância de ventos húmidos que sopram de oeste. No interior do país, o clima apresenta maiores amplitudes térmicas anuais e, por efeito do relevo, a precipitação é mais elevada.
A Bélgica tem uma economia desenvolvida, que se baseia nos serviços, na indústria e no comércio, possuindo um dos rendimentos per capita mais elevados da União Europeia (UE). O setor industrial encontra-se bem implantado e é dominado pela produção de aço, de produtos químicos, de materiais de construção, de produtos alimentares, de bebidas, de tabaco, de papel e de têxteis. Quanto a recursos naturais, o país possui minas de ferro, chumbo, zinco e cobre, bem como gás natural na plataforma do mar do Norte. A agricultura representa 2% do Produto Interno Bruto (PIB) e as culturas dominantes são a beterraba, a batata, o trigo, a cevada, a aveia, o tomate, o milho e a cenoura. O país depende fortemente do comércio internacional, especialmente com a Alemanha, a Holanda, a França e o Reino Unido. Em valor, as suas principais importações são a maquinaria, os produtos químicos, os bens alimentares e os diamantes em bruto.
Indicador ambiental: o valor das emissões de dióxido de carbono, per capita (toneladas métricas,1999), é de 10,2.
População
A Bélgica possui uma população de 10 379 067 habitantes (est. 2006), o que corresponde a uma densidade de 339,71 hab./km2. As taxas de natalidade e de mortalidade são respetivamente de 10,38%o e 10,27%o. A esperança média de vida atinge 78,77 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,937 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) é de 0,931 (2001). Os flamengos representam cerca de 58% da população e os valões 31%; a comunidade de Italianos corresponde a 2,4% e a de Marroquinos, a 1,4%. A religião maioritária é a católica. As línguas oficiais são o francês e o neerlandês (flamengo), embora também seja falado o alemão.
História
Entre os séculos X e XIV, existiram no território belga alguns principados seculares e eclesiásticos. No século XV, as casas da Borgonha e de Habsburgo uniram-se pelo casamento. Seguiu-se o domínio espanhol nos Países Baixos, depois de várias uniões dinásticas. Em 1579, as províncias espanholas do Sul formaram a União de Arras e adotaram a religião católica romana. As províncias protestantes do Norte formaram a União dos Países Baixos e permaneceram sob o domínio espanhol até ao início do século XVIII, quando Filipe V, neto de Luís XIV da França, ascendeu ao trono espanhol. Na Guerra da Sucessão de Espanha, entre 1701 e 1714, os territórios espanhóis nos Países Baixos, incluindo a Bélgica, foram cedidos aos Habsburgos austríacos.
Depois das guerras napoleónicas e de uma breve anexação por parte da França, a Bélgica foi reunida aos Países Baixos, formando um único país dominado pela Casa de Orange. Em 1830, os belgas revoltaram-se contra o domínio holandês e, um ano depois, a Bélgica conquistou a independência. O príncipe Leopoldo subiu ao trono e tornou-se como o rei Leopoldo I. Durante o reinado de Leopoldo II, entre 1865 e 1909, o país foi atingido pela rivalidade entre a França e a Alemanha, mas manteve-se neutro durante a Guerra Franco-Alemã, entre 1870 e 1871. O reinado de Alberto I, entre 1909 e 1934, ficou caracterizado pela agitação social que resultou numa greve geral em 1913.
Quando a Primeira Guerra Mundial começou, as tropas alemãs ocuparam Liège, Namur e Bruxelas. O Tratado de Versalhes aboliu o estatuto de neutralidade da Bélgica e, em 1920, o país assinou um tratado de defesa com a França. Dez anos mais tarde, o Parlamento belga transformou o país em duas regiões linguísticas com administrações diferentes. Em 1934, Leopoldo III tornou-se rei e tentou reafirmar a neutralidade da Bélgica, mas não foi bem sucedido. Em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, as tropas alemãs ocuparam o país. Surgiu imediatamente um movimento de resistência que atuou durante os quatro anos da ocupação nazi. Depois da guerra, em 1950, Leopoldo abdicou do trono a favor do filho Balduíno I. A partir da década de 1960, os antagonismos entre as duas regiões linguísticas aumentaram e terminaram, em 1970, com o estabelecimento da autonomia cultural de ambas as regiões. Em 1993 a Bélgica tornou-se num estado federal, composto por três regiões autónomas, Flandres, Wallonia e Bruxelas. Nesse ano, o rei Balduíno morreu e sucedeu-lhe o irmão Alberto II.
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Como referenciar
Porto Editora – Bélgica na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-22 04:56:16]. Disponível em
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