Benito Mussolini
Político italiano, nascido em 1883, Mussolini começou por se assumir como militante socialista para, depois da Primeira Guerra Mundial, se converter a teses de extrema-direita e criar o Partido Fascista Italiano (1921), portador de uma ideologia autoritária e anti-parlamentar. O seu discurso, em que predominava o elogio da violência como forma de atuação decisiva e privilegiada na política, teve tradução concreta na atividade da sua milícia própria (os fasci di combattimento, que dão aliás origem ao nome do partido). É efetivamente no seguimento de uma política agressiva e à margem dos princípios e métodos parlamentares que alcança o poder, depois de uma Marcha sobre Roma (1922) que leva o rei a encarregá-lo de formar governo.
Dirige o país durante algum tempo em difícil convivência com o Parlamento, mas assume plenos poderes logo em 1922 e proclama a ditadura três anos mais tarde. O regime que a partir desse momento implanta e fortalece é uma ditadura de partido único, apoiada em fortes milícias próprias, onde o poder parlamentar é substituído por um Conselho Fascista com atribuições meramente consultivas, os sindicatos são dominados por um regime corporativo e os partidos políticos são proibidos. A sua popularidade, granjeada por meio de um discurso populista e demagógico e a imposição da "ordem nas ruas", dá-lhe uma certa estabilidade, apesar das dificuldades económicas e sociais que o país experimenta.
Na política externa, após uma campanha de conquista contra a Abissínia, pela qual tenta reconstituir um império africano, alinha com a Alemanha hitleriana e o Japão imperial, apesar de saber que a Itália não se encontra em condições de suportar novo conflito; vê-se arrastado, como parceiro menor, para a Guerra Mundial (a segunda do nosso século) que estala em 1939 e que irá pôr a ferro e fogo a Europa, a África e a Ásia, terminando com a derrota. Quando esta se aproxima, em plena contraofensiva aliada, os militares lançam um golpe de estado que depõe Mussolini, que é encarcerado e algum tempo depois libertado por paraquedistas alemães. Enquanto os militares colocam a Itália ao lado dos aliados e os alemães ocupam larga extensão da península italiana, Mussolini tenta manter no norte da Itália uma República Social (a República de Saló, do nome do local onde se instalou), que se aguenta algum tempo artificialmente, de acordo com as exigências da política de guerra da Alemanha. Mussolini não tem aí qualquer poder efetivo, acabando por se ver forçado a tentar a fuga, em condições desesperadas, perante o avanço dos aliados e dos movimentos de resistência. Serão precisamente resistentes italianos que, em maio de 1945, pouco antes do suicídio do seu aliado Adolf Hitler, o irão capturar e fuzilar sumariamente, vindo o seu cadáver a ser exposto publicamente e a ser alvo da ira popular.
Dirige o país durante algum tempo em difícil convivência com o Parlamento, mas assume plenos poderes logo em 1922 e proclama a ditadura três anos mais tarde. O regime que a partir desse momento implanta e fortalece é uma ditadura de partido único, apoiada em fortes milícias próprias, onde o poder parlamentar é substituído por um Conselho Fascista com atribuições meramente consultivas, os sindicatos são dominados por um regime corporativo e os partidos políticos são proibidos. A sua popularidade, granjeada por meio de um discurso populista e demagógico e a imposição da "ordem nas ruas", dá-lhe uma certa estabilidade, apesar das dificuldades económicas e sociais que o país experimenta.
Na política externa, após uma campanha de conquista contra a Abissínia, pela qual tenta reconstituir um império africano, alinha com a Alemanha hitleriana e o Japão imperial, apesar de saber que a Itália não se encontra em condições de suportar novo conflito; vê-se arrastado, como parceiro menor, para a Guerra Mundial (a segunda do nosso século) que estala em 1939 e que irá pôr a ferro e fogo a Europa, a África e a Ásia, terminando com a derrota. Quando esta se aproxima, em plena contraofensiva aliada, os militares lançam um golpe de estado que depõe Mussolini, que é encarcerado e algum tempo depois libertado por paraquedistas alemães. Enquanto os militares colocam a Itália ao lado dos aliados e os alemães ocupam larga extensão da península italiana, Mussolini tenta manter no norte da Itália uma República Social (a República de Saló, do nome do local onde se instalou), que se aguenta algum tempo artificialmente, de acordo com as exigências da política de guerra da Alemanha. Mussolini não tem aí qualquer poder efetivo, acabando por se ver forçado a tentar a fuga, em condições desesperadas, perante o avanço dos aliados e dos movimentos de resistência. Serão precisamente resistentes italianos que, em maio de 1945, pouco antes do suicídio do seu aliado Adolf Hitler, o irão capturar e fuzilar sumariamente, vindo o seu cadáver a ser exposto publicamente e a ser alvo da ira popular.
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Como referenciar
Porto Editora – Benito Mussolini na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-23 15:42:56]. Disponível em
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