Bernardo Bertolucci
Realizador italiano, nasceu a 16 de março de 1940 em Parma, na Itália.
O seu pai, poeta e professor de História da Arte, influenciou-o positivamente, integrando-o desde cedo num ambiente intelectual.
Ainda adolescente, apaixonou-se pelo cinema, começando por fazer filmes caseiros com uma câmara de 16 mm.
Enquanto estudante de Literatura Moderna na Universidade de Roma, o pai apresenta-o a Pier Paolo Pasolini que, impressionado com o talento de Bertolucci, o convida para seu assistente de realização no filme Accatone (1961).
No ano seguinte, aproveita um argumento de Pasolini para filmar a sua primeira longa-metragem: La Commare Secca (1962), um policial. O filme passou despercebido, mas a sua obra seguinte, Prima della revoluzione (Antes da Revolução, 1964), inspirada em trechos de Stendhal, mereceu reconhecimento no Festival de Cannes.
Após seis anos em que trabalhou como argumentista e documentarista, resolveu adaptar um conto de Jorge Luis Borges: La Strategia del Ragno (A Estratégia da Aranha, 1970) relata a viagem feita por um homem à pequena cidade onde o seu pai, um anti-fascista, fora assassinado trinta anos antes. O filme teve grande divulgação interna e impeliu-o para um projeto mais ambicioso: Il Conformista (O Conformista, 1970), baseado na obra homónima de Alberto Moravia. O êxito internacional do filme e a sua exibição em certames como o Festival de Berlim e de Veneza aumentaram o prestígio do realizador. Seguiu-se uma obra particularmente escandalosa: Ultimo Tango a Parigi (O Último Tango em Paris, 1972), uma história de paixão sado-masoquista entre um arquiteto americano de meia-idade (Marlon Brando) e uma jovem parisiense (Maria Schneider) que causou polémica um pouco por todo o mundo, muito devido às suas cenas de sexo explícito, ainda para mais envolvendo um ator de formação clássica como Brando.
Aliás, em Portugal, o filme foi proibido pela ditadura, só sendo exibido após a Revolução dos Cravos. Bertolucci ganhou a aposta, arrecadando uma nomeação para o Óscar de Melhor Realizador. Contudo, os seus projetos seguintes não foram tão bem sucedidos: o épico 1900 (1976), apesar de contar com um elenco de luxo composto por nomes como Robert De Niro, Gérard Dépardieu, Donald Sutherland, Burt Lancaster, Sterling Hayden e Dominique Sanda, teve medíocres resultados comerciais, em parte devido à sua longa duração (311 minutos).
Bertolucci tentou chocar novamente, filmando o tema do incesto entre mãe e filho em La Luna (1979), mas a temática da película não agradou ao público. La Tragedia di un Uomo Ridicolo (A Tragédia de um Homem Ridículo, 1981) foi talvez o pior título da sua filmografia pela sua inconsistência narrativa e constituiu o seu maior revés comercial. Retirou-se durante seis anos para preparar condignamente um projeto ambicioso: a biografia de Pu Yi, o último imperador da China. Apostando num elenco composto por atores praticamente desconhecidos do grande público (a exceção era Peter O'Toole), The Last Emperor (O Último Imperador, 1987) foi um sucesso a nível mundial e foi premiado com 9 Óscares, entre os quais os de Melhor Filme e Melhor Realizador. Voltou ao cinema de carácter mais intimista em The Sheltering Sky (Um Chá no Deserto, 1990), Little Budha (O Pequeno Buda, 1993), Stealing Beauty (Beleza Roubada, 1996) e Besieged (Assédio, 1998), mas estes filmes, apesar de elogiados pela crítica, foram fracassos de bilheteira.
O seu pai, poeta e professor de História da Arte, influenciou-o positivamente, integrando-o desde cedo num ambiente intelectual.
Ainda adolescente, apaixonou-se pelo cinema, começando por fazer filmes caseiros com uma câmara de 16 mm.
Enquanto estudante de Literatura Moderna na Universidade de Roma, o pai apresenta-o a Pier Paolo Pasolini que, impressionado com o talento de Bertolucci, o convida para seu assistente de realização no filme Accatone (1961).
No ano seguinte, aproveita um argumento de Pasolini para filmar a sua primeira longa-metragem: La Commare Secca (1962), um policial. O filme passou despercebido, mas a sua obra seguinte, Prima della revoluzione (Antes da Revolução, 1964), inspirada em trechos de Stendhal, mereceu reconhecimento no Festival de Cannes.
Após seis anos em que trabalhou como argumentista e documentarista, resolveu adaptar um conto de Jorge Luis Borges: La Strategia del Ragno (A Estratégia da Aranha, 1970) relata a viagem feita por um homem à pequena cidade onde o seu pai, um anti-fascista, fora assassinado trinta anos antes. O filme teve grande divulgação interna e impeliu-o para um projeto mais ambicioso: Il Conformista (O Conformista, 1970), baseado na obra homónima de Alberto Moravia. O êxito internacional do filme e a sua exibição em certames como o Festival de Berlim e de Veneza aumentaram o prestígio do realizador. Seguiu-se uma obra particularmente escandalosa: Ultimo Tango a Parigi (O Último Tango em Paris, 1972), uma história de paixão sado-masoquista entre um arquiteto americano de meia-idade (Marlon Brando) e uma jovem parisiense (Maria Schneider) que causou polémica um pouco por todo o mundo, muito devido às suas cenas de sexo explícito, ainda para mais envolvendo um ator de formação clássica como Brando.
Aliás, em Portugal, o filme foi proibido pela ditadura, só sendo exibido após a Revolução dos Cravos. Bertolucci ganhou a aposta, arrecadando uma nomeação para o Óscar de Melhor Realizador. Contudo, os seus projetos seguintes não foram tão bem sucedidos: o épico 1900 (1976), apesar de contar com um elenco de luxo composto por nomes como Robert De Niro, Gérard Dépardieu, Donald Sutherland, Burt Lancaster, Sterling Hayden e Dominique Sanda, teve medíocres resultados comerciais, em parte devido à sua longa duração (311 minutos).
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Porto Editora – Bernardo Bertolucci na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-05-21 03:29:32]. Disponível em
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